
‘Salt and Sanctuary’ foi feito para fãs de Dark Souls e Castlevania: Symphony of the Night
Felipe de Andrade
A saber, Salt and Sanctuary, do estúdio Ska (que também lançou os títulos The Dishwasher e Charlie Murder), foi lançado para PS4, PS Vita e PC e é mais um game grandemente inspirado na famosa franquia Dark Souls, incluindo a sua dificuldade, escassez de itens, etc. Ele possui uma jogabilidade intensa em 2d, lembrando muito um certo Castlevania do saudoso PSOne. Inclusive, ocorre de os inimigos derrotados reaparecerem quando mudamos de sala e depois retornamos, ficando aí uma dica para quem precisar acumular Sal para passar de nível. O estilo MetroidVania cai como uma luva, pois garante ação na medida certa, aumenta a dificuldade de se esquivar, já que só existem duas direções possíveis. Os mapas são interligados, enormes e também há a administração de itens e sets dignas de um grande RPG AAA.
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Criando o personagem
Começamos com a criação do nosso personagem, escolhendo nome, sexo, aparência e local de origem, o que pode alterar a aparência do personagem. Também escolhemos a classe que é o que altera um pouco a jogabilidade, mudando os sets de equipamentos e de armas de acordo com gosto de quem está no comando do aventureiro. Dentre as opções, temos Cavaleiro, Mago, Ladrão, Caçador, etc.
A história se inicia com nosso personagem em um navio atacado por piratas que estão dizimando a tripulação. Quando conseguimos chegar ao convés, damos de cara com o primeiro monstro do jogo, que com apenas um golpe nos proporciona a primeira de muitas mortes que acontecerão durante a aventura.
Em seguida, acordamos numa ilha amaldiçoada, mais precisamente na Praia dos Calafrios, sem nenhum sinal do navio. Encontramos um outro náufrago que nos dá algumas dicas sobre a história do jogo, que tende a se desenrolar nos mesmos moldes de Dark Souls, através de NPCs, documentos e mensagens gravadas em itens no chão (neste caso são garrafas com bilhetes dentro). Mais adiante, encontramos o primeiro de muitos Santuários que dão nome ao título, que servem para subir o nível do personagem utilizando o Sal, onde muitos irão se perguntar a razão de também estar no título. Os inimigos ‘dropam‘ quando são abatidos, dando como opção poder destravar habilidades na Árvore de Técnicas e fazer uma oferenda caso tenha os itens especiais necessários para que apareça um comerciante no Santuário em que estamos atualmente, por exemplo.
A jogabilidade
Mais uma coisa que também vem de Souls são os desafios de enfrentar os chefões gigantes e mortais, que conseguem nos matar facilmente com poucos golpes. O primeiro deles é o Cavaleiro Encharcado que precisa apenas de três espadadas para vencer a luta. Depois de uma morte perdemos todo o Sal que estávamos carregando, podendo ser reconquistado derrotando quem nos matou ou achando o local em que morremos. Caso ocorra outra morte antes de o sal perdido ser recuperado, este se perde para sempre.
Com uma jogabilidade simples e direta, o game conta com os seguintes comandos: quadrado é o ataque rápido e o triângulo é o forte, X para pular, O é o botão de ação, R2 é esquiva, R1 utiliza itens selecionados, L2 defesa ou ataque secundário de acordo com a classe selecionada anteriormente e L1 faz o rodízio das armas, direcional esquerdo controlamos o movimento e o direito a câmera. Enquanto defendemos, é possível criar contra-golpes com o quadrado e, em seguida, apertando o círculo para executar os inimigos no melhor estilo Fatality.
Gráficos diferenciados
Seus gráficos trazem um diferencial da grande maioria dos games deste tipo, com os personagens e cenários desenhados à mão. Com milhares de quadros de animação, fica claro o zelo e o capricho que o estúdio teve ao criar o game. É possível encontrar mais de 600 itens diferentes, entre armas, magias e armaduras enquanto exploramos um reino amaldiçoado das cidades esquecidas, masmorras encharcadas de sangue, monumentos profanos, etc.
Por fim, a trilha sonora cumpre bem seu papel, tocando uma melodia tranquila em momentos de exploração e administração de itens sem a presença de nenhum inimigo por perto. Durante a ação, a coisa já muda de figura, quanto maior é o desafio, melhor e mais agitada é a música, especialmente durante as batalhas contra os chefões, quando a trilha é de muito rock!
VEREDITO
Contudo, se você é fã de Castlevania: Symphony of the Night e de Dark Souls, não deixe este título passar despercebido. Colocá-lo em sua biblioteca é obrigação!