EXCLUSIVO: Rosa de Saron fala sobre novo álbum e turnê de ‘Baile de Máscaras’
Anderson Claudino
No último domingo (29), a banda Rosa de Saron apresentou o show da turnê de seu último álbum, Baile de Máscaras, lançado no fim de 2021, no Rio de Janeiro. A apresentação no CCSP Cardeal Orani Tempesta, em Irajá, na Zona Norte da capital, reuniu um grande número de pessoas, que vibraram com as mais recentes canções e, claro, com os sucessos dos 30 anos de estrada do grupo.
Formada por Bruno Faglioni (voz), Eduardo Faro (guitarra), Rogério Feltrin (baixo) e Grevão (bateria), o Rosa de Saron contagiou o público presente e, o ULTRAVERSO aproveitou para conversar com o quarteto sobre o lançamento de Baile de Máscaras e sua nova turnê. Confira o bate-papo:
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ULTRAVERSO: Como é estar de volta em turnê, depois de um longo tempo sem poder fazer shows presenciais?
Rogério Feltrin: Cara, eu acho que é incrível, a gente estava ansioso. Fizemos algumas lives durante a pandemia, mas, honestamente, não tem comparação. Essa energia do ao vivo eu acho que é insubstituível. Então, a gente tá super feliz, empolgado, entusiasmado e dando pique pra fazer essa turnê rodar o país.
A gente não conseguiu na turnê passada em função da pandemia, mas agora está confiante que isso está passando realmente, que a gente vai conviver com isso de uma forma que dê pra fazer os ao vivo.
Que bom! O álbum está muito bonito, parabéns.
Banda: Obrigado.
Podemos dizer que o baile das máscaras refere-se de alguma forma a pandemia num sentido geral? E fala sobre a indiferença das pessoas e sobre estarem alheias as dores dos que o cercam, sendo que todos somos possíveis vítimas e responsáveis do que acontece a nossa volta?
Rogério Feltrin: Sim, o Baile das Máscaras, todo o álbum, saiu da reflexão da pandemia. Nesse sentido, a pandemia foi muito produtiva, porque acompanhamos as angústias, as dores, as perdas. Tudo que foi vivido nesse momento foi, de alguma forma, inspirador e a gente sentiu de alguma forma contribuindo com aquilo que é nossa missão, que é levar às pessoas a fé, a esperança e a confiança da presença de Deus em tudo que transforma aquilo que é ruim em coisas boas.
Então, o álbum é o total o reflexo desse momento. Ele é um retrato na verdade. Aí a gente costuma brincar que ele é um documento da família sobre a pandemia.
Falando sobre a música ‘Láureas’, escrita pelo Grevão.
Grevão: Em conjunto com o Bruno. O Bruno que é o poeta.
Você se inspirou em algum momento específico? Esta música vai diretamente contra o que se prega hoje nas redes sociais. Por exemplo, a questão de que você tem que ser autossuficiente, a individualidade. E esta música fala de buscar, reconhecer e agradecer sempre as pessoas que participaram e participam da sua vida.
Grevão: Não tenha dúvida. Eu acho que a ideia de Láureas realmente veio num momento que meu pai foi internado. E eu comecei a perceber o quanto eu sou dependente dele, mesmo sendo um adulto independente. Graças ao meus pais, aos meus avós, enfim, a todos os outros, às vezes até a um amigo, a um vizinho seu. Então, “Láureas” é sobre reconhecer que você não tá sozinho.
Como o Rosa se sente recebendo sete indicações ao troféu Louvemos o Senhor, que é a maior premiação de música católica?
Rogério Feltrin: Pra gente é uma alegria. Como eu estava explicando, a função do trabalho não é ganhar prêmio. A gente faz o trabalho em cima daquilo que acredita. Levar a mensagem é importante pra gente. É isso que você comentou das pessoas reconhecerem e se emocionarem com a música. Os depoimentos.
Esse é o grande prêmio da gente. O prêmio que a Século 21 promove é importante pro mercado, no sentido de incentivar e motivar as pessoas, e até divulgar. Então, quando você recebe uma indicação, uma premiação, isso é muito importante porque dignifica e divulga a música católica. Além, claro, de ser uma grande celebração da música cristã.
Que mensagem que vocês deixariam para os fãs do Rosa?
Bruno: Primeiramente, agradecer por serem inspiração pra nossa caminhada. Por serem companheiros, amigos que estão sempre com a gente. Não somente inspirando as nossas canções, mas nos dando força pra continuar. E dizer – parece que é repetitivo -, mas eu acredito que não foram por acaso que Deus colocou essas palavras na trajetória do Rosa.
Nós ainda estamos juntos aqui. Num mundo tão difícil de fazer elos, de estabelecer relações que perduram por décadas. Nós ainda estamos juntos aqui. Nós estamos juntos nas histórias de vocês. E que vocês possam se sentir abraçados e representados sempre por nós em todos os lugares que a gente for. Porque o que a gente leva na verdade é todo o amor que vocês nos dão.
Que possamos nos encontrar muitas vezes mais. Toda força pra vocês que estão passando nesse momento alguma dificuldade, contem com as nossas músicas e a gente conta com a oração de vocês. É isso aí.
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