Scorpions comemora 50 anos de carreira em novo álbum ‘Rock Believer’
Cadu Costa
Cinquenta anos de carreira. Já é difícil chegar aos 50 anos de vida, imagine de uma consolidada vida profissional. Mas é isso que a banda alemã Scorpions está fazendo no novo álbum Rock Believer. Desde o lançamento de seu primeiro disco de sucesso, Lonesome Crow, em fevereiro de 1972, até a chegada deste, em fevereiro de 2022, muita coisa passou, mas canções como “Rock Like Hurricane”, “Wind Of Change” e “Still Loving You” serão eternas na história do rock.
Mas, entre sucessos, houve também períodos de ostracismos e trabalhos medianos. No entanto, Rock Believer parece se encontrar num meio termo interessante, pois a versão original do álbum do Scorpions soa melhor que a deluxe com mais cinco músicas. Assim que colocamos a primeira faixa, somos brindados com uma verdadeira aula de hard rock em sequência com as músicas “Gas In The Tank”, “Roots In My Boots” e “Knock’em Dead”.
A faixa-título, assim como “Shining Of Your Soul”, dão uma leve amenizada no peso. Mas tudo engata novamente a partir de “Seventh Sun”. E então, o som característico do Scorpions toma as 10 músicas seguintes, numa tentativa de retomada dos clássicos discos Blackout (1982) e Love at First Sting (1984).
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Velha forma
O vocalista Klaus Meine ainda tem uma voz totalmente “scorpiana” e produz grandes momentos. Já a “cozinha” com os guitarristas Rudolf Schenker e Matthias Jabs – grandes riffs são a tona do disco -, bem como o baixista Pawel Maciwoda, segura a onda da banda com bastante competência.
Mas um dos grandes destaques vai para a adição do ex-baterista do Motörhead, Mikkey Dee, após a saída do idiota fascista chamado James Kottak. Muita rapidez nas viradas de bateria como demonstra nas canções “Hot and Cold”, “When I Lay My Bones to Rest” e “Peacemaker”.
Versão Deluxe
“Call Of The Wild” e a poderosa balada “When You Know (Where You Come From)” encerram a parte 1 de “Rock Believer”. E até aí, podemos dizer ser o melhor disco do Scorpions em muito tempo. Hard rock, boas baladas, a receita de sucesso da banda desde os anos 70.
Se formos para a versão Deluxe, começam a acontecer alguns equívocos e apenas “Crossing Borders” parece manter o padrão. De qualquer modo, é o Scorpions, e mesmo com seus altos e baixos, Rock Believer é um álbum louvável do início ao fim. Soa como um grande lembrete para o que, quem e por que a banda ainda está por aí depois de todos esses anos.
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