Sessão Nostalgia #4: Machine Man
Stenlånd Leandro
E então chegou a hora de nossa Sessão Nostalgia chegar a um ponto crítico e ir além de todas as fronteiras,ah? Alguém se lembra deste refrão em Japonês ‘‘Are wa (are wa) are wa (are wa), Are wa boku-ra no mashinman Mashinman”?
Simmmmmmmm, hoje é a vez de Machine man. Simmmmmmmmm Machine Man!!!
A história neste caso é exata e os gêneros Tokusatsu, assim como Sentai não morreram ainda. Nos dias de hoje muitos Kamen Riders, Sentais (que logo se tornam Power Rangers), Ultramans e sim, movies de sentais que mesclam tudo. Recentemente houve a fusão de um sentai-movie onde Kamen Riders enfrentavam sentais e vice versa, assim como o mais recente de Todos fizeram com que o herói Gyaban ressurgisse das cinzas e ajudasse os heróis das 5 cores distintas em uma missão perigosa.
Os fãs de Tokusatsu costumam agrupar seus heróis em gêneros. Dessa forma, temos quatro gêneros bem populares entre os amantes de séries japonesas aqui no Brasil: os Metal Heroes, os Super Sentais, os Kamen Riders e os Ultras.
Seiun Kamen Machineman é/foi uma série do gênero Tokusatsu exibida no Japão entre janeiro e setembro de 1984 pela NTV (Nippon TV).
No fim dos anos oitenta, vendo o sucesso de Jaspion e cia na Manchete, a Bandeirantes resolveu investir no filão e negociou algumas séries do gênero. A princípio, os tokus eram exibidos no horário nobre do canal (alternando entre si), mas depois passaram a fazer parte da Tv Criança. Machine man em específico foi ao ar pelas seguintes emissoras: Bandeirantes , Record e NGT.
Apesar do boom dos Tokusatsus na época, essas séries passaram despercebidas pelo público e não fizeram o sucesso esperado. Machine Man só voltaria à tv em meados de 1993 na Record, quando a mesma passou a exibir diversos outros Tokusatus e afins. Nessa época, a série passou por diversos programas infantis da emissora, tendo sido exibido até em horário nobre, às 20h, como tapa buracos. Foi essa exibição da Record que popularizou um pouco mais o herói por essas bandas. Na mesma época, ainda foi reprisado pela Tv Guaíba do sul do país e, desde então, o herói desapareceu da telinha.
Aparentemente, a origem de Machine Man veio por uma demanda de séries com apelo mais infantil que o habitual na época, uma vez que as produções estavam adquirindo um caráter menos infantiloide nos roteiros. A Toei Company solicitou à Shotaro a criação de um programa mais “light” pra fazer companhia ao policial do espaço que estrearia naquele ano de 1984 (Shaider).
A pergunta que não quer calar é: O que tem de “homem máquina? Nem Metalder era tão humano quanto o famoso Machine Man é, afinal, não havia nada de maquina nele, só um capacete desengonçado, uma bolinha de baisebol que falava mais que a bruxa do pica pau dizendo “E ‘lá vamos nós” entre outros.
Ao erguer e apertar um aparelho desengonçado que mais parecia um rádio AM/FM tamanho família (e que incrivelmente se transformava em um revolver), Ken Takase grita “Machine Man” e tem início a transformação: de sua nave, a Space Colony, o veículo Dolphin é teletransportado e se materializava no corpo do rapaz. Desconfortavelmente deitado dentro do veículo, Machine Man passeia pelos céus de Tokyo ao som da música de abertura, enquanto o vilão fica fazendo caretas para a vítima pra dar tempo do herói chegar.
Já na Terra, o herói conhece a fotógrafa Gunko (interpretada por Kyomi Tsukada, que no ano seguinte viveria Anri, a assistente androide de Jaspion – praticamente a atriz estava se especializando no papel de ajudante inútil) que passa a ser a aquela criatura que sempre acaba se metendo em encrencas, sendo salva pelo herói durante todo o tempo.
Em meados da série, Machine Man consegue desmantelar a Tentáculo, naquele que os fãs consideram o “auge” da série: o duelo de Machine Man contra o ciborgue braço-direito do Professor K, Monsu.
Enfim, foi uma época linda, cheia de emoções e com certeza Machine Man nos ajudou a termos uma infância muito melhor!!! Are Wa Machine Man!!!