Sexo, Sangue e Realeza crítica da série da Netflix 2022

Foto: Netflix / Divulgação

‘Sexo, Sangue & Realeza’ compensa problemas com narrativa fora do comum

Wilson Spiler

A série documental Sexo, Sangue & Realeza (Blood, Sex & Royalty) é uma visão moderna da história de Henrique VIII (Max Parker), que foi rei da Inglaterra de 22 de abril de 1509 a 28 de janeiro de 1547, e Ana Bolena (Amy James-Kelly), a segunda esposa do monarca e rainha consorte do reino, de 1533 até a anulação de seu casamento, dois dias antes de sua execução em 1536.

O casamento dos dois foi polêmico sob o ponto de vista político e religioso e resultou na renúncia à autoridade papal na Igreja da Inglaterra, que se tornou independente de Roma. Ana Bolena é considerada por muitos historiadores como a mais controversa rainha consorte da Inglaterra.

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História digna de cinema

De fato, a história do casal é realmente curiosa e a polêmica rainha é uma grande fonte inspirada para obras audiovisuais. A ideia da Netflix de fazer uma espécie de docudrama, misturando entrevistas com historiadores e com os próprios personagens da série, com direito, inclusive, a quebras da quarta parede, é deveras interessante.

Além disso, é elogiável a iniciativa do serviço de streaming de tentar dialogar com um espectador mais novo, trazendo uma visão mais moderna desse fato histórico, que, se feito de maneira tradicional, talvez não prendesse a atenção do público-alvo. Utilizar uma trilha sonora que conversa com os mais jovens como recurso também pode funcionar.

Título equivocado

No entanto, para uma série intitulada como Sexo, Sangue & Realeza, há muito pouco sexo e sangue, focado bem mais na realeza, o que pode frustrar quem buscava por cenas quentes e brutais. Amy James-Kelly faz uma boa Ana Bolena, que é interpretada sob uma perspectiva mais feminista. Max Parker, no entanto, deixa a desejar com Henrique VIII, não tendo a imposição que o personagem exige.

Versões modernas de fatos históricos ou livros clássicos não são exatamente novidades entre as produções audiovisuais, mas certamente uma releitura em forma de documentário, entrevistando os próprios personagens da obra, é um estilo pouco visto. Embora a trama e a direção sejam quase novelescas, só o fato de tentar fazer algo diferente já vale a assistida, mesmo que a expectativa do título não se cumpra.

Onde assistir à série Sexo, Sangue & Realeza?

A saber, o primeiro episódio da série Sexo, Sangue & Realeza estreou em 23 de novembro de 2022 no catálogo da Netflix.

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Trailer da série Sexo, Sangue & Realeza, da Netflix

https://www.youtube.com/watch?v=N8co2uPx-FE

Sexo, Sangue & Realeza: elenco da série da Netflix

Amy James-Kelly

Max Parker

Adam Astill

Lois Brabin-Platt

Ficha técnica da série Sexo, Sangue & Realeza (Netflix)

Título original da série: Blood, Sex & Royalty

Temporada: 1

Episódios: 3

Duração: de 43 a 47 minutos

Direção: James Bryce

Roteiro: Francesca Forristal, Jillian Mannion, Yero Timi-Biu

País: Reino Unido

Gênero: documentário, drama, biografia

Ano: 2022

Classificação: 16 anos

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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