Sifu Review

Crédito: COPYRIGHT ©SLOCLAP - ALL RIGHTS RESERVED

‘Sifu’ é um abraço para os amantes da vingança

Guta Cundari

Quentin Tarantino sempre trouxe uma vibe única, principalmente quando se trata de uma boa história de vingança. Posso dizer com tranquilidade que um dos meus filmes favoritos dele é “Kill Bill”, com uma boa pitada de humor na edição, mas com ótimas cenas de luta no melhor estilo oriental. Se tem um game que me fez sentir uma vontade sem tamanho de assistir novamente esse clássico e até mesmo aprender a lutar foi o lançamento da Sloclap, ‘Sifu’ que apresenta todos esses elementos e da melhor maneira possível. E que mesmo com uma história clichê e lutas difíceis, é impossível não aceitar o desafio.

Em nossa jornada, jogaremos com o/a – já que temos a oportunidade de escolher o sexo do personagem – progenitor do mestre, Sifu que acaba assassinato por um grupo de lutadores sendo um deles seu ex-aluno. Graças ao nosso amuleto, não morremos para o grupo, mas a sede de vingança pela sua família é grande. Então, após anos de treinamento e pesquisas estamos prontos para buscar a morte de cada um. Novamente uma ótima lembrança a filmes de kung-fu e até mesmo do filme de Tarantino.

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Gameplay diferente dos padrões

O grande diferencial em Sifu é como enfrentaremos essa gameplay, já que tudo ocorre de maneira bem diferente dos padrões. Graças ao nosso amuleto nos tornamos “imortais”, então sempre conseguimos voltar caso ocorram mortes durante nossas lutas. Porém, como nada é de graça nessa vida, o preço pago são com anos de nossa vida. Então, por exemplo, iniciamos nossa campanha aos 20 anos, mas caso tenhamos morrido já duas vezes e nosso contador não tenha caído, retornaremos com 24 anos. Assim, toda estratégia é necessária durante nossa campanha, sempre se lembrando desse detalhe importante para o personagem. 

Nossa aparência com os ganhos de idade vão aparecendo aos poucos e com mudanças no corpo, mas acaba também sendo dessa forma que ganhamos “experiência”, já que no amuleto podemos adquirir habilidade e movimentações diferentes ao protagonista. Mas, mesmo assim, evite mortes. Sem contar que no mapa encontramos estátuas que funcionam como uma loja ao serem encontradas, em que podemos melhorar o personagem, seja com vida, movimentação e outras coisas. Porém, só pode ser usada uma vez ao encontrada, liberando apenas uma opção.

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Pontos de Habilidade

Teremos pontos para serem utilizados, que vamos ganhando ao caminhar da fase, já que passamos por cinco delas. Então, tanto das do amuleto quanto a das estátuas, iremos desbloquear e ao mesmo tempo e evoluir ainda mais. Dessa forma, ficará a sua escolha decidir que modo de jogo deseja usar para avançar e quais se encaixam melhor nele.

O mapa mantém um tamanho razoavelmente grande, em que alguns pontos teremos mais exploração para encontrar colecionáveis e outros com foco na luta com muitos inimigos no ambiente. E não apenas alguns inimigos, mas podemos encontrar algum chefes nesse trajeto. Por isso, já prepare seu psicológico e suas técnicas de luta estrategicamente.

Momentos de dificuldade extrema

A movimentação do jogo é super fluida, o que torna a experiência bem satisfatória, já que em algum momento podemos sentir o efeito Souls ao jogar, por conta da dificuldade extrema que alguns momentos a campanha pode apresentar. Para os que estão acostumados, podem talvez levar com tranquilidade e sem diferença, mas para aqueles que são novos no gênero talvez sintam uma certa ansiedade em algum momento e até mesmo perda de estímulo, escolhendo parar de jogar. Digo isso por experiência própria com alguns games semelhantes que já joguei, sentindo falta da opção de escolha. No caso de Sifu não acho que isso seja necessário, mas entendo que para atrair outros jogadores isso pode acabar sendo necessário. Mas caso você goste de um desafio, é só colocar na dificuldade hard e seguir a vida.

O gráfico e estilo de design escolhido para o game são assertivos, me fazendo lembrar muito as artes de lançamento de temporadas novas de “Apex Legends” e até mesmo “Jackie Chan Stuntmaster” de PS1, em relação aos estilos de quadro e movimentos da câmera. Mesmo que possa parecer até simples, seus detalhes em cartoon é o que torna ele único e diferente dos lançamentos que andam tendo por aí. Tudo contém detalhes, seja um ambiente do bar,  a garrafa quando quebra e até mesmo um pedaço de bambu que usamos para bater nos inimigos que vai se desgastando. 

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Sifu: Veredito

Meu único problema de fato com o game, sendo mais voltado para a relação com o público, é sua dificuldade excessiva que irá espantar alguns jogadores ou até mesmo fazê-los desistir durante a campanha, tornando a experiência frustrante. Por um momento  também senti isso, mesmo me divertindo, mas em algum momento tentar por muito tempo se tornou cansativo e precisava parar de jogar e de fato relaxar com outra coisa.

Sifu é aquele game que chega com uma proposta clichê que já experienciamos nos cinemas,  mas que pode ser mais divertida jogada do que assistida. E que pode espantar um pouco os jogadores casuais e animar aqueles que curtem um desafio, mas que pode ser uma ótima oportunidade para tirar os gamers da área de conforto e conhecerem algo diferenciado, com ótimo design e bons personagens.

Prós

  • Mecânica da luta
  • Trilha sonora
  • Dublagem

Contra

  • Bug na câmera
  • Efeito replay cansativo

Por fim, não deixe também de acompanhar o UltraCast, o podcast do Ultraverso:

SifuTrailer

Guta Cundari

Estudei cinema e vim parar no jornalismo. Editando podcast ali, falando de joguinhos aqui e viajando na escrita de roteiros em vários lugares. As Premiações pelo mundo todo que me aguardem e os noobs que sofram.
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