Slipknot crítica do álbum The End, So Far (2022)

Foto: Divulgação

Slipknot mantém parte de sua fúria em ‘The End, So Far’

Cadu Costa

Quando surgiram em 1999, o Slipknot apontava um certo niilismo que tomava conta de boa parte da população mundial, sobretudo os jovens. Isso era evidente em músicas como “Surfacing” e “Wait and Bleed”.

Ainda causa arrepios ouvir seu disco de estreia e, principalmente, a primeira música “(SIC)”. Isso aliado ao incomum conjunto de nove pessoas mascaradas como se tivessem saído de um filme de terror os alçou ao estrelato imediato.

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O tempo passa…

Porém, o tempo passou e, apesar de muita coisa boa vindo depois daquele álbum homônimo, o sentimento da fúria do Slipknot parece ter amenizado. Ainda mais depois que todo a aura de quem era quem por trás das máscaras se dissipou.

Hoje, todos têm projeto paralelos, alguns até faleceram (casos do baixista Paul Grey e do baterista Joey Jordison) e a maioria já está na casa dos 50 anos. Só por isso, a fúria de seus anos iniciais deveria ter diminuído, não?

Slipknot experimental

Bom, sim e não e vamos explicar o porquê. Em seu novo álbum The End, So Far, o Slipknot apresenta o maior de seus trabalhos experimentais ao mesmo tempo que deixa o peso de suas canções dominar o momento.

Só para ilustrar, onde você poderia imaginar que um disco dos mascarados mais sinistros do Rock e Metal iria abrir com uma balada? Ok, não é uma balada, mas sim uma melodia sombria e bastante inquietante, mas ainda assim esperava por isso?

Mas para quem esperava a porradaria de sempre, chegam “The Dying Song” e “The Chapeltown Rag” para colocar tudo nos eixos. No entanto, tem algo aqui diferente. A transição de uma música à outra parece contar uma história e isso chama atenção desde o início.

Profundidade, desconforto e perigo

The End, So Far é, sem dúvida, o álbum mais experimental do Slipknot como podemos sentir em “Acidic” ou em “Medicine for the Dead”. Obviamente a essência do peso e da importância dos mascarados ainda aparece como nas músicas “Hive Mind” (uma das melhores) ou “H377”.

Por fim, talvez não seja tão instantâneo quanto sua estreia, tão vil quanto “Iowa” ou tão cativante quanto o “Vol. 3”, mas The End, So Far oferece profundidade, desconforto e perigo para aqueles dispostos a mergulhar na consciência coletiva do Slipknot.

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Ouça The End, So Far (2022), novo álbum do Slipknot

Cadu Costa

Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.
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