‘SONG OF HORROR’ enaltece o survival horror

Leandro Stenlånd

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29 de dezembro de 2021

‘Song of Horror’ é o tipo de jogo que qualquer fã do gênero fica exaltado. Confesso que não é um gênero que me forcaria comprar um título que custa modestos R$ 128,00. É um tipo de jogo que animará qualquer pessoa que curte o estilo, e, considerando que é um game indie, o resultado é satisfatório. Precisa levar em consideração que este formato sempre terá alguém com expectativas um tanto quanto baixas. Ainda assim, o indie consegue surpreender tanto quanto a saga do Resident Evil, afinal este transmite a maldita sensação de desconforto constante. Essa é uma das razões pelas quais não gosto tanto do gênero. Parece que o jogador está durante todo o tempo dentro de um filme como Invocação do Mal.

Isso porque a câmera fixa é outro adendo que vai fazer com que o desconforto seja continuo. Essa imersão de que há o sentimento de que algo funesto está por vir a qualquer momento para te eliminar é empolgante. Originalmente lançado em 2019 para PC, Song of Horror chegou aos consoles em 2021.

O FORMATO E A NARRATIVA

O famoso escritor Sebastian P. Husher desapareceu junto com toda sua família. Preocupado, seu editor enviou um assistente em sua casa para procurá-lo, mas este nunca regressou… Esses desaparecimentos desencadearam uma série de eventos que, em breve, irão revelar algo terrível: um entidade sem nome e sombria conhecida apenas como A Presença parece ser a responsável por tudo isso.

Song of Horror

Você começa o jogo como Daniel, um alcoólatra em recuperação que está começando a mudar sua vida e conseguiu um emprego como cão de guarda para uma editora. Ele é enviado para recolher o rascunho mais recente de um livro na casa do autor desaparecido na noite de uma sexta-feira, que mais parece sexta-feira 13. No entanto, as coisas ficam complexas assim que ele chega. A casa está vazia, assustadora e Daniel encontra uma porta que parece fora do lugar. Entrando nele termina o prólogo, com Daniel preso em um local sobrenatural.

UMA ENTIDADE INCONTROLÁVEL

Song of Horror proporcionará ao jogador uma experiência de terror sempre com dinamismo. Afinal, a entidade antagonista e sobrenatural, conhecida apenas como A Presença, é controlada por uma Inteligência Artificial avançada, que se adapta a suas ações e decisões. Em outras palavras, é um título extremamente difícil. Não há como  experiência única a todos os jogadores e um jogo onde a tensão se acumula naturalmente em vez de surgir de sequências roteirizadas.

POLTERGEIST É FICHINHA DIANTE DESTE JOGO

Você sempre terá seu personagem assustado. As televisões piscam como no filme poltergeist usando a estática e vultos aparecerão com o canto do olho. Eles são uma reminiscência das Trevas Eternas e têm um efeito semelhante nos personagens. Qualquer coisa fora do comum irá assustá-los e sua frequência cardíaca aumentará. E isso você sentirá através do seu controlador. Quanto mais um personagem fica assustado, maior a chance de algo acontecer onde uma entidade se manifesta.

No capítulo um, ele vem em duas formas: a entidade tentará entrar por uma porta em uma sala e você terá que correr até a porta e segurá-la tocando nos botões; a outra o obriga a correr para um local e se esconder.

Enquanto se esconde, você precisa pressionar o controle, de forma ritmica, para diminuir sua frequência cardíaca. Se você falhar nesses minigames, o protagonista pode morrer e você precisará escolher um dos personagens restantes para continuar a aventura, encontrando seus itens já coletados onde seu personagem anterior faleceu.

Song of Horror

Daniel pode morrer, é claro, mas como protagonista, sua morte significa que você deve começar desde o início do episódio, independentemente de quantos personagens jogáveis ​​restem. Isso significa que ele deve ser usado como último recurso, uma decisão desconcertante, visto que ele é o protagonista.

DA JOGABILIDADE INTENSA

Quando se trata de jogabilidade, Song of Horror assume a perspectiva de terceira pessoa, completa com uma câmera fixa semelhante aos primeiros títulos de Resident Evil. Os controles de movimento nunca parecem certos em ambientes geralmente estreitos, mas nunca são ruins a ponto de causar a morte.

Como qualquer personagem que escolher, você tem a tarefa de explorar o ambiente e completar uma série de quebra-cabeças para seguir em frente. Encontrar os itens necessários para desbloquear portas é bom isoladamente, mas imediatamente se torna uma questão mais estressante quando você percebe que a Presença está sempre à espreita. Para ficar mais seguro, você pode colocar seu ouvido nas portas para ouvir a criatura. Se houver barulho e você cometer o erro de abrir a porta, seu personagem morrerá.

Infelizmente, o jogo não vive somente de bons predicados. Graficamente, o jogo é bom e certamente não decepciona, mas não há nada de impressionante também. Considerando que é um indie, fizeram até um bom trabalho neste quesito.

Song of Horror

Como outros jogos inspirados em Lovecraft dos últimos anos, os visuais simplesmente fazem o trabalho. Ao longo dos episódios, você viajará para vários locais misteriosos e góticos e, novamente, a atmosfera é realmente o ponto alto. Uma abadia e um hospital psiquiátrico abandonados, os próprios locais podem ser básicos do gênero, mas eles são bem executados e realmente contribuem para a atmosfera misteriosa que o jogo almeja. Esses locais são bem detalhados e, portanto, permitem ao jogador realmente mergulhar nos ambientes.

VEREDITO

Song of Horror encoraja você a jogar como elenco de apoio, o que é algo muito ruim, já que eles não têm personalidade ou função alguma na narrativa. São apenas para complementar as famosas ‘vidas’ extras. Imagine você morrer com Kratos e continuar jogando com o filho ou irmão, mas que a história não muda em nada considerando que o personagem é outro.

É claro como o dia que eles foram feitos para serem dispensáveis, já que a única caracterização real que recebem é um resumo no menu de seleção de personagens. Tão legal quanto a morte permanente poderia ter sido em um jogo como este, sua existência.

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Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
8.4
GRÁFICOS

Créditos Galáticos: 7

ÁUDIO

Créditos Galáticos: 10

HISTÓRIA

Créditos Galáticos: 9

JOGABILIDADE

Créditos Galáticos: 7

DIVERSÃO E IMERSÃO

Créditos Galáticos: 9

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