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‘Sugar Baby – O Amor Tem Preço’ é nada vezes nada

Wilson Spiler

Quando eu achava que não veria algo pior por um bom tempo do que Páscoa Negra, eis que o Brasil entra na corrida pela disputa nada honrosa. Já há algum tempo em diversos streamings, o filme brasileiro Sugar Baby – O Amor Tem Preço é, certamente, uma das piores produções já feitas em solo tupiniquim.

Em Sugar Baby – O Amor Tem Preço, Malu (Aemi) é uma atriz lésbica e desempregada. Ela não sabe se deve desistir da profissão e trabalhar em outra área que ofereça a segurança do salário fixo ou se continua tentando realizar seu sonho. Até que, em um belo dia, a jovem é convidada por sua amiga para se tornar uma sugar baby e, assim, faturar uma boa grana para lhe dar a tranquilidade financeira e continuar investindo no que quer.

O que é sugar baby?

Sugar baby é uma expressão da língua inglesa para relacionamentos românticos que se refere à relação entre duas pessoas nas quais uma das partes é sustentada por dinheiro, presentes ou outros benefícios em troca da relação amorosa. Nesse tipo de relacionamento, sugar baby (independentemente do gênero) é quem recebe os agrados financeiros, enquanto que sua(seu) parceiro(a) é chamado(a) como sugar mommy ou sugar daddy, sendo mulher ou homem, respectivamente.

Embora possa ser atribuído a uma pré-prostituição, este tipo de relacionamento, em boa parte das vezes, pode ser visto como apenas uma fachada, não rolando sexo. Em várias ocasiões, são apenas pessoas mais velhas querendo apresentar para sociedade um relacionamento com um(a) companheiro (a) jovem e bonito(a). Há, inclusive, serviços de namoro online especializados em promover esse tipo de relacionamento. No Brasil, estima-se que existam cerca de 2,6 milhões de sugar babies.

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Sugar Baby e o preço do meu tempo

É difícil até escrever sobre o que se trata o filme. Afinal, ele é tão ruim que não consegue se sustentar por mais que uma hora. Ou seja, com cerca de 48 minutos, estamos falando de um média-metragem. A protagonista Malu, muitas vezes, nem é a principal, já que conta histórias que aconteceram com ela, mas também com as amigas. Casos de outras sugar babys e strippers. Tudo fora de contexto, parecendo apenas uma oportunidade para um desfile de corpos de belas jovens e uma desculpa para produzir um pornô soft. Aliás, nem para isso serve, visto que há apenas cenas de beijos e pegação, sem uma cena de nudez sequer e exalando falta de sensualidade.

Além disso, é um desserviço para a comunidade LGBTQIA+. Isso porque passa a impressão de que as relações lésbicas são recheadas de infidelidade. Ademais, as garotas passam o tempo todo apenas de olho na grana do sugar daddy ou da sugar mommy da vez.

Para piorar, Sugar Baby – O Amor Tem Preço ainda tem uma péssima captação de áudio, com direto a som ambiente vazando. Os diálogos e atuações também são risíveis, bem como o texto é completamente sem nexo. Fica difícil até saber qual é o propósito do filme e como conseguiram orçamento para aprovar uma desgraça dessas. O final deveria vir com um pedido de desculpas e um reembolso do serviço de streaming. Menos mal que a duração é pequena, tornando o sofrimento um pouquinho menor.

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Elenco do filme Sugar Baby – O Amor Tem Preço

Aemi
Carol Rocha
Bia Bernacchi
Stephani Serrat
Ana Suely Malta
Marcia Alves
Matheus Jardim
Monique Maiques
Rafael Gualandi
Renan Siqueira

Ficha Técnica

Título original do filme: Sugar Baby – O Amor Tem Preço
Direção: Alexandre Cobra, Jorge Nassaralla
Roteiro: Alexandre Cobra, Marcya Alves
Onde assistir ao filme ‘Sugar Baby – O Amor Tem Preço’: Amazon Prime Video, Apple TV+ e Vivo Play
País: Brasil
Gênero: comédia, drama
Duração: 48 minutos
Ano de produção: 2021
Classificação: 18 anos

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
NAN