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Suicidal Tendencies: ingressos, datas e locais dos shows

Suicidal Tendencies faz história com show épico no Rio de Janeiro

Bruno Oliveira

O Suicidal Tendencies veio ao Brasil para uma agenda de cinco shows em sua turnê mais recente chamada de Nós Somos Família. A banda passou pelo Rio de Janeiro, na Sacadura 154; São Paulo, no Esquenta Rockfun Fest; Curitiba, no Tork n’ Roll; Florianopolis, no John Bull; e finalizando em Belo Horizonte, na Mister Rock.

Nova formação

A nova formação conta com velhos conhecidos e novos integrantes que fazem uma mistura de gerações o que deixa o som pesado e bastante vigoroso. No vocal temos o clássico Mike “Cyco Miko” Muir, nas guitarras a dupla Dean Pleasants, e Ben Weinman, no baixo Tye Trujillo, filho de Robert Trujillo, hoje baixista do Metallica e que fez parte do Suicidal Tendencies por um tempo. Vale lembrar que o moleque vai fazer 20 anos, já toca e tem presença de palco como ninguém. Para finalizar, temos Jay Weinberg, ex-Slipknot, que vem ‘metendo pau’ em seu instrumento e tocando como ninguém.

Tive a honra de assistir o show em minha cidade, no Rio de Janeiro, e nessa grande festa de hardcore, crossover e punk, houve três bandas convidadas para iniciar a festa: Pavio, Eskrota e D.F.C. Todas conseguiram manter o nível e aqueceram muito bem o público para a atração principal da noite.

Pavio, Eskrota e D.F.C

Pavio começou com um som pesado e furioso sem esquecer de sua mensagem contras racistas e fascistas. Só por isso a vontade de pular e entoar seus refrãos já enchiam os pulmões ao máximo. Um ótimo show para começar.

Em seguida, veio a Eskrota, que não conhecia e saí de lá fã. Mais um som poderoso que te faz ‘bangear’ até sentir uma certa dor na nuca. Nesse momento as rodas começaram a abrir e ainda tivemos direito a um momento só com mulheres dentro do mosh pit. Épico e histórico.

O D.F.C. subiu ao palco logo depois e tive a impressão de que tocaram umas 30 músicas em menos de uma hora. Todas que te incitavam a mexer o corpo o suficiente para querer extravasar em uma boa roda punk. Um ótimo prelúdio para o que veria a seguir.

Suicidal Tendencies

Passado poucos minutos das 23h, quando o ST subiu ao palco. Nesse momento preciso fazer uma pausa para entenderem o meu estado de espírito. Nunca fui um grande fã da banda, mas ela sempre esteve muito presente em todos os anos em que escuto um bom rock. Mesmo não sendo assíduo, conheço boa parte de sua discografia e suas principais músicas. Fim do parênteses e voltando para o início do show.

A aura de caos se instaurou na casa e eu já sentia toda essa energia fluindo no meu corpo. A banda entra fazendo muito barulho, sinalizadores são acendidos pelo público e uma grande roda se forma. Isso é só o início com You Can’t Bring Me Down – que já quase botou a casa abaixo.

Send Me Your Money e War Inside My Head

O show seguiu com muitos clássicos e entre eles (e em ordem) teve Lost Again, I Shot the Devil, Send Me Your Money e War Inside My Head. Essas duas últimas foram entoadas em alto e bom som por todos e não existia mais lugar seguro na casa. Se você não queria estar no meio da muvuca com a galera rodando era melhor ir lá pra trás. A grade que separava a mesa de som do público quase veio a baixo, mas os deuses do rock sabem o que fazem. Problemas pequenos foram contornados e o caos continuava a emanar daquela galera que curtia com ódio sem machucar ninguém.

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Nós Somos Família

O show seguiu com Memories of Tomorrow, Freedumb, Subliminal, Lovely, Possessed to Skate, a maravilhosa I Saw Your Mommy que fez geral cantar como uma só voz e a nova, mas já muito querida, Nós Somos Família. Para isso, vários convidados subiram ao palco para entoá-la, inclusive membros das bandas que se sucederam antes do ST na noite. O resultado foi extremamente maravilhoso e criou um momento histórico. Não só para a banda, mas com certeza, para todos os presentes ali também.

Um brinde ao caos

Já chegando ao fim dessa apresentação maluca continuamos com Cyco Vision, How Will I Laugh Tomorrow e se encerrou com Pledge Your Allegiance. Nessa última música é que mais uma coisa maluca acontece. Nosso amado vocalista Mike Muir resolve chamar uma galera da plateia para cima do palco a ponto da pista dar uma notável esvaziada. Era muita gente em cima do palco, a ponto de não ver mais os membros da banda que se quer pararam de tocar em meio a todo esse caos. Um final perfeito para resumir toda a loucura insana que foi estar nesse show. Não me sinto nem um pouco arrependido e saí de lá querendo mais.

Não tocar Institutionalized é um crime

Como uma única reclamação fica o fato de não terem tocado Institutionalized, minha música preferida deles e que me fez conhecer a banda. Um pecado mortal que considero um erro. Mesmo assim, saí de lá com a alma lavada. Meu primeiro show da banda e espero que não seja o último.

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