‘Super Mario Bros.: O Filme’ é infantil, nostálgico e uma ótima pedida para se ver em família
Bruno Oliveira
Eu nunca fui um jogador ferrenho dos jogos do Super Mario Bros. Nunca tive um Nintendo para chamar de meu e só conseguia jogá-lo um pouco na casa dos amigos. Esse detalhe já foi mais que o suficiente para me deixar emocionado e nostálgico com tudo o que vi em tela aqui. Se eu fiquei, imagina aquela pessoa que cresceu jogando esse clássico todos os dias. Para mim, o resultado foi mais que satisfatório. Embora possua um tom bastante infantil, certamente irá divertir os marmanjos que são fãs dessa dupla de irmãos encanadores.
Leia mais:
- Piticas lança coleção de produtos e camisetas inspirada em Mandaloriano
- O que você precisa reparar no primeiro trailer de ‘Besouro Azul’
- ‘Dungeons & Dragons: Honra Entre Ladrões’ entrega a diversão esperada
Os irmãos Mario e Luigi começaram um novo negócio de encanadores, mas não anda dando muito certo. Após eles tentarem conter um grande problema de encanamento nas ruas do Brooklyn, são sugados por um cano e levados para um mundo desconhecido. Lá, eles são separados. Enquanto Luigi é capturado pelo temido Bowser, o rei dos Koopas, Mario cai no reino dos cogumelos. Ao chegar, rapidamente faz amizade com Toad e a Princesa Peach. Agora, eles juntarão forças para derrotar o temível vilão e salvar Luigi.
Infantil e nostálgico
A escolha pela animação em vez de um live-action foi muito bem acertada. Para quem não lembra (ou não sabe), existe uma adaptação com atores de Super Mario Bros. de 1993. Ela é tão ruim que quase é apagada da história e é melhor deixá-la para lá. Procure apenas por questões de curiosidade. Dito isso, essa versão animada permite o uso de referências visuais que são muito mais eficientes do que qualquer outro estilo. Referências pipocam o tempo todo na tela e isso também permite que as cenas de ação sejam muito mais ágeis e emocionantes.
As cenas de ação são um caso a parte que merece destaque. Elas são muito bem dirigidas e isso nos dá um prazer visual que chegou a me arrepiar em diversos momentos. A parte do Mario Kart, para mim, foi mais do que especial. Esse foi o jogo que mais joguei na vida dessa franquia e vê-lo na versão cinematográfica teve um apelo em mim que não estava esperando. E sim, meus olhos ficaram bem marejados nessa hora, a lágrima não escorreu por um triz.
Tenho que lembrar o público geral que, apesar dele ter todo esse tom nostálgico, ele é infantil. As crianças provavelmente vão amar. Entenda bem, quando digo infantil, não quero dizer que ele é ruim. Esse é apenas o tom que encontraram para agradar todas as faixas etárias e isso ele consegue com louvor. A diversão foi mais do que garantida, mas algo me chamou a atenção. Fiquei pensando que se tivesse visto ele em casa sozinho, que não teria tido o mesmo apelo comigo. Estar na sala de cinema ouvindo as pessoas se divertindo ajudou demais na imersão das piadas e melhorou demais o produto.
Princesa Peach não precisa de ajuda
Se nos jogos Mario tinha como missão sempre salvar a donzela em perigo, aqui ela se mostra completamente independente de qualquer um. Ela não precisa ser salva, ela é quem salva. Mudanças que refletem os novos tempos e, diga-se de passagem que essa é uma ótima decisão narrativa. A história não perde nada com isso e, para mim, ganhou até um escopo maior e mais interessante. Salvar o Luigi me pareceu muito mais atrativo.
Versão dublada
A versão que acabei vendo foi a dublada e acredito que seja a única cópia disponível em nossos cinemas. Como sempre, nossa dublagem está sempre excelente, porém, preciso comentar o elenco de vozes originais. Nela, temos nomes como Chris Pratt (Guardiões da Galáxia) como Mario; Anya Taylor-Joy (O Gambito da Rainha) como a Princesa Peach; Charlie Day (Quero Matar Meu Chefe) como Luigi; Jack Black (Escola do Rock) como Bowser; Keegan-Michael Key (O Predador) como Toad; e Seth Rogen (Os Fablemans) como Donkey Kong. Esse elenco é incrível e isso também me faz querer ver essa versão, ainda mais porque eu senti que em alguns momentos as piadas funcionariam melhor no seu idioma original.
Nossa versão perdeu a grande chance de fazer a nossa famosa piada nacional do “Que Mário?”. Uma chance de ouro jogada fora.
Infantil e nostálgico resume o que ele é em poucas palavras. Uma ótima pedida para se ver em família. Te garanto que essa experiência em conjunto será formidável. Ele ainda possui duas cenas pós-crédito. Uma é logo no fim dos créditos principais com uma piada do filme que acabamos de ver. A segunda é bem no fim dos créditos gerais quando vemos o prenúncio de um personagem querido pelos fãs e que de certa forma fez falta nesse filme que vos falo.
Aliás, vai comprar algo na Amazon? Então apoie o ULTRAVERSO comprando pelo nosso link: https://amzn.to/3mj4gJa.
Por fim, não deixe de acompanhar o UltraCast, o podcast do Ultraverso:
Trailer – ‘Super Mario Bros.: O Filme’
Ficha Técnica
Título original: The Super Mario Bros. Movie
Direção: Aaron Horvath e Michael Jalenic
Roteiro: Matthew Fogel
Elenco Dublagem Nacional: Raphael Rosatto, Manolo Rey, Carina Eiras, Marcio Dondi, Eduardo Drummond e Perdro Azevedo
Elenco Voz Original: Chris Pratt, Anya Taylor-Joy, Charlie Day, Jack Black, Keegan-Michael Key e Seth Rogen
Duração: 92min.
País: Estados Unidos, Japão
Gênero: animação, aventura e comédia
Data de Estreia: 06 de Abril de 2023
Onde Assistir: Somente nos Cinemas
Ano: 2023
Classificação: Livre