Após três temporadas e um spin-of, ‘Beware the Jabberwock, My Son’ mostra que começa a parecer impossível que a série de Eric Kripke possa ainda surpreender o público. Mas eis que nem os fãs dos quadrinhos de Garth Ennis poderiam imaginar que em um mesmo episódio veríamos um Simon Pegg super poderoso assassinando pacientes de um hospital, enquanto protagonistas e antagonistas se juntam para enfrentar uma fazenda de animais voadores e cruéis.

E incrivelmente em meio à este espetáculo chamativo, a cruzada de vingança de Billy Butcher e seus garotos ainda consegue trazer um roteiro com espaço para grandes discussões.

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Beware the Jabberwock My Son

Com roteiro de Judalina Neira, esta grande maluquice consegue trazer uma dramática despedida entre Hughie e seu pai, apelando para analogias com alzheimer e outras doenças degenerativas. Ao final do arco, discussões morais que passeiam entre luto e eutanásia firmam a produção como uma grande máquina de polêmicas.

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Gen V

E por falar em temas espinhosos, temos finalmente a aparição de membros da queridinha Gen V. Ao passo que a série brinca com fogo em quase negar o roteiro de sua derivada.

A questão de um vírus capaz de matar os super heróis é algo bastante familiar aos leitores do material original. Durante esta hora semanal se viu com grande risco de ser jogado fora, e tornando inútil toda a história dos heróis dr Goldoskin. Mas, por sorte, foi apenas um suspense.

Figuras icônicas

Para coroar, o episódio que traz figuras icônicas como o Tek Knight (versão The Boys do Batman, apresentado em Gen V) e do grande Stan Edgar (Giancarlo Esposito), ainda encontra espaço para mais um arco.

Em seus últimos instantes, vemos Frenchie se entregando à polícia por conta da culpa em ter matado a família de seu novo interesse. Isso traz um ponto importante para as polêmicas externas. Por mais que o personagem já tivesse vindo trabalhado comi bissexual desde sua concepção, seu relacionamento com Colin causou um grande rebuliço de pessoas que passaram a acusar a série de “vendida para a cultura woke”. E por mais que seja uma discussão que vá muito mais a fundo, foi bastante recompensador ver a trama entre Frenchie e Colin ser algo bem trabalhado, com peso, consequência e uma excelente curva dramática.

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Imprevisível

Com a segunda metade da temporada oficialmente estreiada, o final do quarto e penúltimo ano se torna cada dia mais atrativo e imprevisível. E a mais cruel parte, é que cabe a nós apenas esperar.

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