Ao Seu Lado
Crítica do filme
Desde que o clássico “Tubarão”, dirigido pelo Steven Spielberg, estreou em 1975, um novo gênero de terror foi adicionado às prateleiras: obras de tubarão. Até hoje eu tenho um medo terrível desses seres, ainda mais do famoso tubarão branco. Se alguém disser pra mim, “relaxa que ele é manso”, eu já estarei correndo a milhas de distância. Tenho trauma dessas produções. Tubarão: Mar de Sangue (Shark Bait) está muito longe do filme que citei acima, mas o meu medo faz com que ele não seja um fracasso total.
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Na trama, um grupo de jovens está curtindo a sua famosa férias de verão em algum lugar paradisíaco. Após uma noite insana de bebedeira e curtição, acharam que seria uma boa ideia roubar jets skis para brincarem um pouquinho. Ao rumarem para alto mar, acabam sofrendo um acidente. Agora, à deriva e longe da costa, tentam sobreviver embaixo de um sol escaldante. Enquanto isso, um tubarão branco é atraído pelo cheiro de sangue de um dos jovens que se machucou.
Vamos botar as cartas na mesa para que o texto seja mais tranquilo de ser entendido. Tubarão: Mar de Sangue é um filme ruim. Além de termos péssimos atores e uma direção capenga, ainda temos terríveis efeitos visuais do tubarão. Pronto, agora que estou liberto do que estava me incomodando, posso desenvolver melhor o sentimento que tive vendo essa pérola do terror B. Mesmo diante de tantos detalhes negativos, ainda assim é possível curtir o longa, seja rindo ou apenas aceitando a ruindade provinda dele.
Tubarão: Mar de Sangue possui até bons momentos de tensão. Posso dizer que fiquei nervoso em várias cenas, mas aí fico na dúvida se pelo roteiro e direção ou se pelo meu trauma com tubarões. Por falar no texto, ele cai num velho problema que já estou cansado de reclamar aqui. Acabamos não nos importando com ninguém. Todos os personagens são idiotas e, no fundo, você quer que o tubarão vença mesmo. Até mesmo a nossa protagonista, que é a mais consciente. Somente nos minutos finais passamos a torcer por ela.
As situações criadas no filme também são bem complicadas de se levar a sério. Um dos personagens resolve ir atrás de um barco que viu quando passaram com os jets skis. O problema é que ele vai fazer isso nadando e o barco nem está à vista deles. Um maratonista nato dando sopa para o tubarão. E quando o bicho joga o cara pro alto só por prazer? Eu ri e fiquei amedrontado ao mesmo tempo.
Droga, eu juro que ia usar o resto do tempo para falar bem dele. Não consegui.
Tubarão: Mar de Sangue é um prato cheio para curtição de um bom trash. Isso é ao que a produção se resume. Se conseguir discernir sobre isso a tempo, acredito que a diversão é garantida, mas não vá achando que é um filmaço, pois não é. Vale a pipoca com alguns risos e alguns momentos de tensão. Meu medo de tubarão continua intacto e ainda é um dos meus grandes pontos fracos no quesito terror.
A saber, Tubarão: Mar de Sangue estreou exclusivamente nos cinemas no dia 1º de dezembro.
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Manuel Cauchi
Título original do filme: Shark Bait
Direção: James Nunn
Roteiro: Nick Saltrese
Duração 87 minutos
País: Reino Unido
Gênero: terror, suspense
Ano: 2022
Classificação: 16 anos