Ao Seu Lado
Crítica do filme
De 11 a 23 de fevereiro o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de São Paulo recebe a Mostra O Cinema de Nicolas Philibert. O evento exibirá 8 longas-metragens, que englobam o início da carreira do cineasta até o seu último filme, rodado em 2012.
A mostra traz para o público a obra de Nicolas Philibert, um dos mais expressivos documentaristas da atualidade, que resgata em seus registros a emoção da descoberta do real como nas origens do cinema. Ainda pouco conhecido no Brasil, o cineasta é um dos grandes nomes do filme documentário francês e mundial.
“Homenagear um cineasta ainda em vida, e em atividade, é sempre importante por proporcionar uma visão contemporânea sobre os acontecimentos”, observa o curador da mostra Fábio Savino.
Um dos destaques da programação está o filme “Ser e Ter” (2002), longa que levou o cineasta a alcançar o reconhecimento do público na França e em festivais internacionais. O documentário retrata uma escola rural na França onde os alunos, entre 4 e 11 anos, são todos educados pelo mesmo professor, Sr. Georges Lopez.
Outros destaques são “De Volta à Normandia” (2007) e “A Estação de Rádio” (2013), o segundo tendo estreado no festival de Berlim de 2013 e ainda inédito em São Paulo. Em 1975, Nicolas Philibert foi assistente de direção de René Allio em “Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão”, baseado num crime local descrito em livro pelo filósofo Michel Foucault. Filmado na Normandia, a alguns quilômetros de onde aconteceu o triplo assassinato, o traço mais especial do trabalho de Allio era o fato de que todos os personagens do filme foram interpretados por camponeses da região. Trinta anos depois, Philibert retorna à Normandia para reencontrar estes atores de ocasião, personagens da vida real. O resultado é o documentário “De volta à Normadia”. Já “A Estação de Rádio” mergulha no coração da Radio France, descobrindo o que habitualmente escapa aos olhares: os mistérios e as cenas de um meio cuja própria matéria que utiliza (o som) é invisível.
Sobre Nicolas Philibert
Nicolas Philibert nasceu em Nancy, em 1951. Após terminar a faculdade de Filosofia, ele decide ingressar no meio cinematográfico. Começa sua carreira como assistente de direção, especialmente de René Allio e Alain Tanner. Em 1978 ele co-realiza, com Gérard Mordillat seu primeiro longa-metragem documentário, “A voz de seu mestre”, no qual um grupo de grandes executivos (L’Oreal, IBM, Thomson, Elf, etc) falam sobre poder, hierarquia, sindicatos, desenhando aos poucos a imagem de um mundo dominado pela finança.
De 1985 a 1987 ele fez diversos filmes esportivos para a televisão. Em seguida se dedica a realização de documentários, todos distribuídos comercialmente: “A cidade Louvre” (1990), “O país dos surdos” (1992), “Um animal, os animais” (1995), “O mínimo das coisas” (1996), entre outros.
Com o apoio da Embaixada da França no Brasil e do Instituto Francês todos os filmes serão exibidos em 35mm com legendas eletrônicas. A mostra terá ingressos a preços populares e 10% dos ingressos serão disponibilizados gratuitamente ao público de baixa renda.
PROGRAMAÇÃO:
17h – O país dos surdos | 1992 | 95’ | 35mm | Livre
19h – A estação de Rádio | 2013 | 103’ | Digital | Livre
17h – Ser e ter | 2002 | 105’ | 35mm | Livre
19h – Nénette | 2010 | 70’| 35mm | Livre
17h – Um animal, os animais | 1994 | 57’ | 35mm | Livre
19h – A cidade Louvre | 1990 | 75’| 35mm | Livre
15h – O mínimo das coisas | 1996 | 100’ | Livre
17h – A estação de Rádio | 2013 | 103’ | Digital | Livre
19h – De volta à Normandia | 2007 | 113’ | 35mm | Livre
15h – A cidade Louvre | 1990 | 75’| 35mm | Livre
17h – Um animal, os animais | 1994 | 57’ | 35mm | Livre
17h – A estação de Rádio | 2013 | 103’ | Digital | Livre
19h – O mínimo das coisas | 1996 | 100’ | Livre
17h – Nénette | 2010 | 70’| 35mm | Livre
19h – De volta à Normandia | 2007 | 113’ | 35mm | Livre
17h – Ser e ter | 2002 | 105’ | 35mm | Livre
19h – O país dos surdos | 1992 | 95’ | 35mm | Livre
14h30 – De volta à Normandia | 2007 | 113’ | 35mm | Livre
17h – Um animal, os animais | 1994 | 57’ | 35mm | Livre
19h – Nénette | 2010 | 70’| 35mm | Livre
15h – O mínimo das coisas | 1996 | 100’ | Livre
17h – A cidade Louvre | 1990 | 75’| 35mm | Livre
19h – A estação de Rádio | 2013 | 103’ | Digital | Livre
17h – O país dos surdos | 1992 | 95’ | 35mm | Livre
19h – Ser e ter | 2002 | 105’ | 35mm | Livre
SINOPSES:
A que se assemelha um museu quando não há público? Na época da reforma do Grande Louvre, o museu revelou bastidores a uma equipe de cinema: penduram-se os quadros, reorganisam-se as salas, os guardas provam seus novos trajes. Pouco a pouco os personagens se multiplicam, cruzam-se para costurar o fio da narrativa. A vida secreta e engraçada de um dos maiores museus do mundo.
A que se assemelha o mundo para milhões de pessoas que, desde seu nascimento, vivem no silêncio? Com Jean-Claude, Claire, Florent, Abou, Marie-Hélène e alguns outros, Nicolas Philibert nos faz penetrar e descobrir esse país longínquo, reinado pelos sistemas de comunicação específicos, onde tudo passa pelo olhar e pelo toque.
A galeria de zoologia do Museu Nacional de História Natural esteve fechada ao público desde 1965. Verdadeira arca de Noé, esse museu abrigava exemplos de tudo o que, em nosso planeta, voa, rasteja, nada ou anda. Rodado ao longo de sua renovação, de 1991 a 1994, o filme narra a ressurreição desses estranhos hóspedes e de seu museu. Restaurações de pelagens e plumagens, uma verdadeira renascença.
Rodeados por comediantes e músicos, os pensionistas de La Borde preparam uma representação da Opereta, de Gombrowicz. Muito delicadamente, N. Philibert filma essa instituição “differente das outras”. Nesse lugar, nossa visão sobre a doença muda e o trabalho de cada um se torna tão familiar que aplaudimos com o público as cenas finais da representação.
Em 1975, Nicolas Philibert foi assistente de direção de René Allio em “Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão”, baseado num crime local descrito em livro pelo filósofo Michel Foucault. Filmado na Normandia, a alguns quilômetros de onde aconteceu o triplo assassinato, o traço mais especial do trabalho de Allio era o fato de que todos os personagens do filme foram interpretados por camponeses da região. Trinta anos depois, Philibert retorna à Normandia para reencontrar estes atores de ocasião, personagens da vida real.
Um mergulho no coração da Radio France, descobrindo o que habitualmente escapa aos olhares: os mistérios e as cenas de um meio cuja própria matéria que utiliza (o som) é invisível.
SERVIÇO:
CINEMA DE NICOLAS PHILIBERT
Quando: De 11 a 23 de fevereiro (dia 15 não haverá programação)
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (Rua Álvares Penteado, 112 – Centro / Próximo às estações Sé e São Bento do Metrô) – Acesso e facilidades para pessoas com deficiência física / ar-condicionado / Loja / Café Cafezal
Quanto: R$ 4 e R$ 2 (meia)
Classificação indicativa: livre
Capacidade: 70 lugares
Mais informações: (11) 3113-3651 / www.bb.com.br/cultura / www.twitter.com/ccbb_sp / www.facebook.com/ccbbsp
*Estacionamento conveniado: Estapar Estacionamentos – Rua da Consolação, 228 (Edifícos Zarvos). R$ 15,00 pelo período de 5 horas. Necessário carimbar o ticket na bilheteria do CCBB. Informações: (11) 3256-8935.
*Translado Gratuito: Uma van faz o translado gratuito entre o Edifício Zarvos e o CCBB. No trajeto de volta, tem parada no Metrô República.
Embarque e desembarque: Rua da Consolação, 228 (Ed.Zarvos) e Rua da Quitanda, próximo à entrada do CCBB.