Ao Seu Lado
Crítica do filme
As Cores do Amor (Colors of Love), novo filme romântico que foi incluído recentemente no catálogo da Netflix, já começa errado pelo nome. Afinal, qual o sentido do substantivo cores no título da obra? Esse poderia até ser um problema na tradução do inglês para o português, mas não foi o caso, visto que a transposição é completamente literal.
Quem assiste ao filme pode alegar que as cores são uma metáfora para as nuances que o amor proporciona. Mas, convenhamos, que é uma tentativa enorme de forçar a barra, não é mesmo? Além disso, para um filme que tem esse título, a própria diversidade do elenco é baixíssima, com 90% (ou mais) de atores brancos. Entretanto, se esse fosse o único problema da produção canadense, até seria algo sem relevância. Só que não é isso que acontece.
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Na trama, Taylor (Jessica Lowndes) é uma bibliotecária que, de repente, perde o seu emprego. Ela, então, resolve voltar para Montana, sua cidade natal, onde se envolve para ajudar a salvar o hotel de seu irmão Craig (Dennis Andres) do magnata Joel (Chad Michael Murray), que quer renová-lo e construir um empreendimento mais moderno. Só que a jovem mal sabia que essa ‘briga’ ganharia outros contornos.
A partir dessa trama nada inovadora, podemos concluir que já vimos esse filme antes. E já assistimos mesmo. Temos como exemplo “Amor À Segunda Vista” (2002), com Sandra Bullock e Hugh Grant, e até mesmo um episódio da série “How I Met Your Mother”, onde Ted é o arquiteto responsável por desenvolver o projeto de um novo prédio em substituição ao antigo Arcadian, cuja namorada luta para manter de pé.
Entretanto, essas duas produções citadas anteriormente têm muito mais charme e um roteiro mais bem acabado do que As Cores do Amor. Com um texto raso, situações previsíveis e dois protagonistas sem carisma algum, o longa-metragem da Netflix é nitidamente um daqueles filmes produzidos para a TV que víamos (e ainda vemos) preenchendo os espaços da TV aberta para suprir algum espaço na programação.
Com uma produção capenga, que, inclusive, abusa de transições das mais ultrapassadas possíveis, e diálogos dignos de um Framboesa de Ouro, As Cores do Amor pode até ser um passatempo agradável para quem não exige muito. Mas é praticamente impossível você não se pegar às vezes mexendo do celular ou conversando com alguém enquanto o filme rola. Afinal, perder qualquer parte da projeção não vai fazer diferença nenhuma no resultado final. Uma obra insossa que cai no esquecimento logo assim que assistimos.
A saber, Esperando Bojangles estreia nesta quinta-feira, 3 de novembro de 2022, exclusivamente os cinemas brasileiros.
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Não deixe de acompanhar o UltraCast, o podcast do ULTRAVERSO:
Chad Michael Murray
Jessica Lowndes
Dennis Andres
Título original do filme: Colors of Love
Direção: Bradley Walsh
Roteiro: Emily Golden, baseado no romance de Jane Porter
Duração: 89 minutos
País: Canadá
Gênero: romance
Ano: 2021
Classificação: livre