Ao Seu Lado
Crítica do filme
Muita coisa acontece em pouco tempo. É difícil ver que em três anos vimos Loki, o primeiro grande vilão dos Vingadores morrer e, logo em seguida, ganhar uma sobrevida com sua versão de 2012. Pouco tempo depois, o mesmo teria uma série confirmada para chamar de sua. Assim, com a estreia, milhões de ramificações de teorias e expectativas foram sendo geradas fora de controle.
Seis semanas depois, cá estamos. Com novos heróis, vilões e coadjuvantes favoritos. Conhecemos Mobius e seu desejo por jet skis; nos apaixonamos por Sylvie; fugimos de Alioth; e aplaudimos o propósito glorioso com as versões mais bizarras e divertidas de Loki.
Uma fotografia cinematográfica, uma química implacável, uma atuação acima da média e efeitos especiais de deixar muita produção gigantesca no chinelo criaram uma legião de fãs em uma série que salta a régua de qualidade para produções de TV em um nível estratosférico.
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O episódio final de Loki, série do deus nórdico da trapaça, chegou às plataformas da Disney+ nesta quarta-feira (14) em uma apoteose que resume o grande caos gerados em sua curta temporada. Em um grande clima de O Mágico de Oz, passamos por todo o caminho de tijolos, furacões, amigos e ameaças para, enfim, chegar ao homem por trás da cortina.
Para quem acompanhou semanalmente as estreias e repercussões das séries da Marvel Studios, dificilmente não vai lembrar das expectativas geradas – e não concluídas – em ver o Mephisto em Wandavision ou o Wolverine em Madripoor (Falcão e o Soldado Invernal), mas sempre com a dúvida de: seria realmente algo bom de se ver ali?
Bem, eis que a surpresa final veio de uma expectativa criada sendo concretizada. Jonathan Majors (Lovecraft Country), que já estava confirmado em Homem-Formiga: Quantumania, dá as caras como o grande criador da AVT, de forma anônima, mas que fez os grandes nerds de quadrinho surtarem e arrancar seus cabelos.
Um vilão espalhafatoso, contagiante, carismático e, assim como muitos do MCU, com objetivos nobres e que podem ser categorizados em diversos tons de cinza, bate completamente de frente com os antagonistas monocromáticos das séries antecessoras, e cria uma expectativa de ver suas novas versões e variações de formas mais malucas possíveis.
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Kang, o conquistador, surge na reta final da série Loki como uma ameaça que permeará tanto nos cinemas quanto na próxima temporada. Apesar de nos quadrinhos ter seu poder de conquista atrelado à viagem no tempo, sua adaptação audiovisual abraçou o conceito de múltiplas realidades se passando em tempos diferentes, acumulando conquistas e causando uma guerra no multiverso.
Essa decisão mostrou-se necessária ao analisar o peso que vinha sendo criado pela produção, ao rebaixar Thanos, deuses e joias do tempo ao nada, diante da grandiosidade desta agência protetora do tempo. Assim, seu criador estaria em uma linha tênue de se tornar uma ameaça que realmente revolucionasse o MCU, ou fosse apenas um novo Mandarim de Homem de Ferro 3.
O final da série Loki abre de forma literal o multiverso Marvel e abraça o que virá a seguir com Homem-Formiga, Dr. Estranho: Multiverso da Loucura, e, quem sabe, Homem-Aranha 3: Sem Volta Para Casa e Quarteto Fantástico. Tais amarras cada vez mais apertadas entre as produções de séries e filmes, podem causar um certo desconforto para quem não teve interesse ou condições de consumir ambos os formatos, mas certamente é um prato cheio e caloroso para os fãs mais assíduos.
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Com seu final, Loki se despede do primeiro ano da série com inúmeros ganchos e pontas soltas para a segunda temporada, já anunciada na cena pós-créditos. Ravonna Renslayer (Gugu Mbatha-Raw) sai para “garantir o livre arbítrio”; Sylvie (Sophia Di Martino) segue, provavelmente foragida, após matar uma das versões de Kang; B-15 (Wunmi Mosaku) e Mobius (Owen Wilson) foram aparentemente “resetados” após a mudança de realidade; enquanto Loki (Tom Hiddleston) foi mandado para uma AVT em que Kang assume seu posto como o criador e agente do tempo.
Em meio a estas amarras, não há ainda informação de quando teremos uma nova leva de episódios de Loki, nem quão a participação de Kang no terceiro filme do Homem-Formiga vai influenciar no status quo da AVT. O que nos resta é esperar e, claro, conforme tanto amamos: teorizar.
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Tom Hiddleston, Sophia Di Martino, Gugu Mbatha-Raw, Wunmi Mosaku, Eugene Cordero, Sasha Lane, Tara Strong, Owen Wilson, Jack Veal, DeObia Oparei, Richard E. Grant, Jonathan Majors
Título original da série: Loki
Temporada: 1
Episódios: 6
Criação: Michael Waldron
Onde assistir à série ‘Loki’: Disney+
Gênero: ação, aventura, fantasia, super-herói
Ano: 2021
País: Estados Unidos
Classificação: 14 anos