Ao Seu Lado
Crítica do filme
O filme Vingadores: Era de Ultron, dirigido pelo renomado Joss Whedon é tido por quem assiste seus filmes como extremamente astuto naquilo que faz. O cineasta não mede esforços para levar ao público suas ideias bem legais, filmes inteligentes e cheios de ação. O longa chega hoje aos cinemas de todo país em sua pré-estreia.
A estratégia do filme se mostra igual a formula do primeiro filme, sendo desenvolvida no cinema e na TV com Agents of SHIELD, numa interessante narrativa crossmedia.
Confira as opiniões de Leandro Stenlånd e Bernardo Sardinha, ambos com suas opiniões quase que similares quanto à produção criada por Joss Whedon. Alias, chegue você a sua própria conclusão.
Desde quando filmes de heróis atacaram as TV’s décadas atrás, vilões vem se tornando mais conhecidos e mais intimidadores do que os próprios heróis. Alguns com carisma demais, como o Loki, e outros com carisma bem menor do que o que se propõem, como O Soldado Invernal. O estigma assertivo colhido por eras, onde menciona que a cada película um vilão mais poderoso venha a aparecer é uniforme.
Seus roteiros que migram dos gibis para as telonas, e depois para as telinhas, em parte seguem-se cada vez mais com erros insuportáveis. Se o filme é bom ou não, em certos casos a adaptação que se dane, o que importa é que o longa é ótimo, excelente dentre outras qualidades.
Mas nem tudo são flores e, diferente do que deveria acontecer, assim começa uma trajetória deturpada em Vingadores: Era de Ultron. Não chega a ser algo que remova pontos da crítica, mas é preciso frisar que a tecnologia Ultron não foi criada por Tony Stark. Não existe multiverso, não existe convergência, não existe nada que ponha Tony como criador do vilão, A Marvel criou um Universo que destoa das HQ’s. O vilão robótico foi criado por Henry Pym, que é o primeiro Homem-Formiga (fundador dos Vingadores), e que será vivido por Michael Douglas no filme do herói. Isso deve deixar os fanáticos por gibis – e ‘old school’ – para lá de frustrados.
Há de se convir que a empáfia contida por alguns fãs pode atrapalhar a real sensação que o filme nos leva. Que a película é boa, aliás, excelente, todos sabemos. Porém, relatar suas experiências anteriores com filmes da Marvel, pode ser algo relativo.
Diretamente de onde parou o filme do Capitão América – Soldado Invernal, agora chegou a hora do longa começar já com ação, onde o grupo de heróis invade a base da Hydra, liderada por ninguém menos que Barão Von Strucker. A invasão à base tem como objetivo recuperar o cetro de Loki que está nas mãos dos capangas, que aparecem no final do último longa do primeiro vingador.
A invasão de imediato lida com conflitos. Enquanto na primeira produção a Viúva Negra tinha um certo medo do “Gigante de Esmeralda”, aqui, a heroína sem poderes, frágil (diante do Hulk), consegue acalmar a fera. A mesma usa paradoxos das canções de ninar, além de oferecer ternura, carinho e atenção direta para com a fera ferida. É ai que a cena que caiu por ai, vai direto ao ponto e mostra o doutor Bruce Banner “deshulkando”.
A relação (Hulk-Viúva Negra) é inóspita. Há uma certa insegurança e incoerência, pois onde reina a raiva ao limite, não deveria haver uma forma tão fácil assim, baseado no tesão-romance, de acalmar uma segunda fera. Para eles existem muitos pontos que os fizeram se aproximar e durante todo o decorrer da primeira metade do filme, ter uma experiência tão incrível assim.
A introdução de Wanda e Pietro (Feiticeira Escarlate e Mercúrio) respectivamente, é quando a equipe de heróis tenta invadir a base mencionada acima e se vê diante de um novo perigo iminente. Mais unidos e poderosos do que nunca (em termos), os Vingadores se encontram diante de uma nova ameaça, dessa vez decorrente de seus próprios atos. Sabemos que tanto a Feiticeira Escarlate quanto o Mercúrio são Vingadores nos quadrinhos e que começaram como vilões. O mesmo acontece aqui. Eles serão inimigos dos Vingadores em conluio com a Hydra, mas depois acabam que se unindo ao grupo de herois, porque eles são Vingadores afinal e porque, claro, há evidências disso no trailer e ninguém aqui é tão inocente assim.
Desarmados por um vilão ‘semi-caricato’, com centenas de piadas meio que sem graça, ainda que sendo supostamente uma “inteligência artificial desenvolvida” e com um breve erro. Stark criou tal tecnologia, por que não desenvolver o ponto fraco em caso de rebeldia da mesma?
O roteiro tem premissa até interessante, mas não funciona tão bem assim pelo menos em metade do longa, alias de certa forma, na maior parte do tempo. Ultron é um grande vilão que deveria ser cruel, poderoso e complexo, mas não chega nem perto da confusão que o Loki causou na Terra. Há exageros demais na trama, forçando diversas situações que, em outros casos, poderiam ser evitadas, especialmente quanto ao Ultron, que é realmente mais cômico do que temeroso. A dinâmica do grupo chega a ser estranha na primeira parte da película, onde qualquer desavença vira motivo para os heróis se enfrentarem e discussões morais que poderiam ser ótimas, como acontecem no primeiro filme, são descartadas em prol de cenas de ação cheias de efeitos. Os heróis são derrotados e caem num desânimo total, como no primeiro (com a morte do Agente Coulson, que nem sequer dá as caras neste filme), o que é suportável. Apesar de derrotados, o vilão está longe de ser algo esmagador como Hulk. Não são derrotados diretamente por ele, mas por alguém que se mostra até com mais poder que ele.
Enquanto tudo isso acontece, muitos aguardam a famosa luta entre Hulkbuster e Hulk. Tudo ali é culpa de alguém e, como podemos ver num breve featurette antes do filme, Tony Stark sendo incumbido de parar a fera, o mesmo diz: “That is the witch messing your mind. You are stronger than her, you are smarter than her. You are Bruce Banner”, ou seja: “É a bruxa mexendo com sua cabeça. Você é mais forte que ela, mais inteligente. Voce é Bruce Banner”. Assim, todos acabam sabendo o porquê do bafafá e no fim a porrada estancar. A luta entre ambos é bem épica e lembra muito Superman vs Zod em O Homem de Aço. Há destruição para tudo que é canto.
Na verdade a curiosidade de muitos é, afinal, há mesmo um herói de última hora? Na verdade, pode ser mencionado que há quatro. Três novos e um que já apareceu em algum filme da Marvel. Em Vingadores: Era de Ultron, temos a aparição de uma das Joias do Infinito, que provém do Centro do Loki, que, por sinal, possui um papel fundamental que a torna uma peça chave na história. Em um determinado momento, Thor fala sobre as Joias do Infinito e somos apresentados às quatro joias que já apareceram até o momento: o Tesseract que é a Joia do Espaço, o Aether que é a Joia da Realidade, o Orbe que é a Joia do Poder e a Joia do filme (sem muitos spoilers!). Também é mencionado que não é uma coincidência que as joias estejam sendo despertadas e que algo terrível está para vir por ai, e que por sinal, é mencionado pelo próprio Thor. Vale lembrar que, em Guardiões da Galáxia foi-se possivel ter uma certa noção do poder de uma joia do infinito, que foi desejada por Ronan O Acusador. Muitos também tem se perguntado sobre o Visão. A aparição dele é um elemento chave para a segunda metade do filme, onde sem ele, o desfecho ”feliz” da película não seria realizado. O fã também terá a oportunidade de ver o Maquina de Combate (War Machine) no filme, e que também é peça chave para a última cena do filme antes dos créditos.
Além de tanta informação, tivemos a oportunidade de conhecer o futuro vilão Garra Sônica, que é inimigo direto de ninguém menos que o Pantera Negra. Como todos sabem, o adamantium não pode ser usado pela Marvel para ser o metal que forma o corpo de Ultron, então, consequentemente, ele será feito de Vibranium, o metal do escudo do Capitão América. Tal metal provém de Wakanda, reino fictício na África conhecido por ser governado por T’Challa, o Pantera Negra.
A sequência da equipe de heróis mais famosa atualmente no mundo do cinema, distribui de forma muito mais competente sobre as participações de cada personagem na história, apesar de ainda haver uma clara dependência de Tony Stark para o desenrolar dos eventos da trama. Para resumir, Vingadores: Era de Ultron é bem divertido, muito bom, mas tem seus erros. A batalha final deixa a desejar, pois a luta contra o Ultron nem chega ser tão boa assim.
BEM NA FITA: Efeitos especiais e bastante ação!
QUEIMOU O FILME: Os efeitos especiais ao redor da Feiticeira Escarlate, e o roteiro meio que jogado ao público sem dó. O filme começa muito rápido e não há muito tempo para explicar as coisas. O roteiro acaba se tornando algo meio que travado.
Finalmente chegou a hora. Amanhã, dia 23, estreia a muy esperada sequência (?) Os Vingadores: Era de Ultron. Após o grande sucesso do filme de 2012, a Marvel Studios apostou seguro e colocou mais uma vez Joss Whedon assinando o roteiro e a direção e bem… Temos um filme que não deve nada ao primeiro. É tão bom quanto possuindo até mesmo as mesmas falhas, o que não é nenhuma surpresa já que é praticamente a mesma equipe do primeiro.
O roteiro possui tudo que tinha o original: diálogos engraçados, cenas de ação e cada um da super equipe tem o seu momento ao sol. Mas, em alguns momentos, o filme parece truncado e certas partes simplesmente não encaixam bem (o que foi aquela cena do Thor na “piscina”? Desnecessário. Vai ver que precisavam de um motivo para mostrar o Chris Hemsworth sem camisa).
James Spader dá a voz Ultron, uma inteligência artificial criada por T.Stark para proteger o mundo e garantir uma aposentadoria definitiva para o grupo, mas surpresa! Ultron decide que o melhor jeito de salvar o planeta é destruir a humanidade. Woohoo.
Ultron é um excelente vilão. Ameaçador como Loki e com a malicia do criador Tony Stark é dele sem dúvida as melhores falas. O resto do elenco, inclusive as novas adições, Elizabeth Olsen e Aaron Taylor-Johnson, estão bem. Somente Paul Bethany, que interpreta o androide Visão, me parece desconfortável no inicio, mas depois que engata a primeira, melhora sua atuação.
Quanto à direção, bem, Joss Whedon se contorce da melhor maneira o possível para criar cenas de ação, mas dessa vez elas ficaram um pouco sujas e uma cena em particular ficou uma zona. Parecia que estava vendo um filme dirigido pelo Michael Bay. Era tanta coisa acontecendo na tela que o espectador se perde e não sabe para onde olhar. Ainda mais em 3D. Mas há apenas um “bayismo”, de resto o filme está ok.
E quanto ao 3D? Não vale a pena, para variar…
Resumindo: Gostou do primeiro filme? Com certeza você vai gostar de Os Vingadores: Era de Ultron tanto quanto.
BEM NA FITA: VINGADORES! Ação, diálogos divertidos.
QUEIMOU O FILME: “Bayismos” e roteiro truncado.
FICHA TÉCNICA:
Direção: Joss Whedon
Produção: Kevin Feige
Roteiro: Joss Whedon
Elenco: Robert Downey, Jr., Chris Hemsworth,Mark Ruffalo , Chris Evans, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Aaron Johnson, Elizabeth Olsen, Paul Bettany, James Spader, Samuel L. Jackson
Gênero: Ação,Ficção Científica
Música: Brian Tyler,Danny Elfman
Edição: Jeffrey Ford, Lisa Lassek
Estúdio: Marvel Studios
Distribuição: Walt Disney Studios Motion Pictures