Sempre que vemos um jogo ou outro sendo remasterizado, há aquela questão se os gráficos foram melhorados para a geração subsequente. Além de mexer no aspecto visual, muita coisa acaba sendo melhorada e e outras não. Claro que a tentativa de qualquer desenvolvedora é de tentar também trazer essas melhorias mais à tona, ainda sim, claro que em certo momento isso não acontece. Visuais atualizados e um sistema de evolução visto somente na versão internacional do título original que não havia saído do Japão é o que encontramos nessa nova remaster. As melhorias gráficas estão muito evidentes, e além disso todo o áudio do jogo foi remasterizado, além de algumas mudanças terem sido feitas no sistema de combate do jogo, que usará o sistema da versão International Zodiac Job System, ao invés da versão clássica de Final Fantasy XII. Temos diversas reutilizações no mundo de Ivalice, tais como os juízes, que agora fazem parte da trama, os Espers, se referindo aos Totens (Exodus, Adrammelech…)
Estamos diante do maior sucesso da franquia no PS2 que para a época não somente os gráficos empolgaram os mais céticos, além do antigo tema infantil que foi limado de vez assim como tramas insossas. Agora temos em mãos um game com história igualmente interessante, e que certamente são mostras da maturidade da série e uma tentativa de acompanhar a mudança de faixa etária dos fãs que há muito tempo vinha evoluindo, mas o jogo não acompanhava.

A maior novidade no jogo certamente é o sistema de classes. Temos uma progressão muito contundente intitulada License Board  e seu personagem terá a disposição certas habilidades e equipamentos. Temos em The Zodiac Age uma bela adição: A possibilidade de selecionar dois jobs para cada personagem. No fim de tudo, a razão pela qual o nome é A Era do Zodíaco, é simplesmente por termos à disposição doze classes sendo elas Foebreaker, Knight, Machinist, Uhlan (Dragoon), Archer, Bushi (Samurai), Time Battlemage, Red Battlemage, Black Mage, White Mage, Monk e Hunter (Shikari).

Originalmente o jogo tinha apenas o nome de Final Fantasy XII, e isso de ‘Zodiac Age‘ não existia diretamente. Existia sim, mas era o chamado Final Fantasy XII: International Zodiac Job System. Era uma atração do game com 12 profissões que os personagens podem seguir para evoluir seus golpes, magias e formas de lutar. Não fica muito distante do mencionado acima, onde as profissões são inspiradas em um sistema presente em outro jogo da franquia, chamado Final Fantasy Tactics e outros capítulos mais clássicos da franquia.

Outra novidade é a presença do Trial Mode, modo que permite lutar contra monstros em 100 batalhas consecutivas e subir de nível mais rapidamente. Também é uma opção que já havia sido implementada lá atrás no International Zodiac Job System, mas agora podemos usar os itens que dropam dos monstros em nosso jogo normal, ou seja, esse drop acaba sendo bem generoso e sua progressão consequentemente melhorará.

Se 95% do jogo está presente na versão International Zodiac Job System, em Speed Mode, temos uma versão que assume a tradução ao pé da letra e de imediato acelera o game em até 4x mais do que o de costume. E isso é para quem quer aproveitar mais de sua história e não ficar capengando em fases grandes demais, tornando o jogo em algo enjoativo.

Aqui vemos uma posição do game onde é indiscutível deixar de mencionar que ele possui uma longa narrativa não cansativa, acompanhando o desenvolvimento da tecnologia nos consoles e sempre procurando aproveitar o máximo da capacidade das plataformas onde foi apresentado. Não é atoa que alguns jogos acabam sendo relançados, mas não por falta de oportunidades para novos títulos, mas se um nome teve seu lugar no nascer do sol, a Square Enix acaba dando uma nova vida ao título, sempre procurando inovar e apresentar algo original a cada duas ou três versões. Há detalhes nesta que não haviam sido reaproveitadas nos títulos subsequentes e então foi a hora de ressuscitar um game de respeito.

Somos induzidos pela famosa sensação de que será mais um Final Fantasy, e isso ficou claro quando vi o título disponível na PSN. Mesmo com tanta novidade disponível, o enredo que é grandioso e não possui tantas alterações assim, mantendo os assassinatos, as guerra, a dominação, traição e questionamentos morais nas decisões de líderes. Neste quesito o game se mantém fiel à sua primeira versão que estava disponível duas gerações anteriores.

O VEREDITO

Final Fantasy XII recebeu uma remasterização de alto padrão, suficiente para mostrar que, o jogo tem suas limitações da época, mas se mantém atual. Em uma era tecnologicamente remota, certamente sugou o máximo do Playstation 2. Aos amantes do gênero J-RPG, The Zodiac Age é um prato cheio!

Final Fantasy XII Zodiac Age foi analisado pela equipe do Blah Cultural no console PlayStation 4. O game foi gentilmente cedido pela Square Enix.

TRAILER