Ao Seu Lado
Crítica do filme
Olha a Marvel de novo! Então você passou da fase inicial e tem sua carteirinha de “Marvetinho” iniciante. Mas conhecer os Vingadores principais não é o bastante. Stark, Rogers… essa galera é passado. Você quer conhecer os novos heróis que foram apresentados nas fases 2 e 3 do MCU.
Então, sente-se confortável, pegue seu cartão de crédito, monte sua pilha de leitura e vamos para o segundo episódio do guia definitivo para ler-se Marvel no Brasil.
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Enfim, como dizer por onde começar a ler um herói de passado misterioso? Por muitos anos, a criação de Len Wein ficou sem um passado bem definido, gerando milhões de teorias entre os fãs. Frank Miller e Chris Claremount foram os primeiros a estar à frente de uma revista solo do personagem, onde serviria como grande ponto de partida para novos leitores do Carcaju.
Anos depois, em 1991, Barry Windsor-Smith iria além no passado da fera, mostrando como foi o processo que o deixou com as letais garras de adamantium. A HQ, aliás, teve uma recepção bastante aplaudida entre os fãs que tinham aquilo como o marco zero oficial do herói. Mas não durou muito tempo.
Em 2002, Paul Jenkins, Bill Jemas, Joe Quesada, Andy Kubert e Richard Isanove decidem mostrar a origem de Logan, desde sua infância. Sim, um cara sozinho fez algo que todos adoraram, enquanto cinco fizeram uma obra duvidosa.
A saber, com o “criativo” nome de “Origem”, a HQ acompanha o jovem rapaz fazendeiro e suas desventuras até se tornar a feira imortal mutante. As três histórias da Marvel saíram tanto pela coleção de graphic novels da Salvat quanto em encadernados da Panini Comics.
Homem-Aranha, Homem-Aranha, nunca bate, sempre apanha. O amigão mais querido da vizinhança é uma das criações mais queridas da Marvel. Sendo um dos personagens mais populares do mundo, o cabeça de teia esbanja uma gama de clássicos em sua trajetória.
Apesar de ter tido sua versão Ultimate (revista que inclusive inaugurou o selo) de forma muito bem aclamada e longeva, seria um sacrilégio da parte deste que vos escreve se não indicasse começar… pelo começo.
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Sim, eu sei. Nós tivemos uma conversinha nos últimos textos, dizendo que começar do início nem sempre seria uma boa opção por conta de histórias datadas, arte mais simples e uma falta de contextualização. Mas o teioso foge desse aviso.
Isso porque sua origem na revista “Amazing Fantasy”, em sequência de sua revista própria “O Espetacular Homem-Aranha”, traz um início fantástico pelas mãos eternas de Stan Lee, com o traço icônico de Steve Ditko (mais tarde substituído por John Romita Sênior). Com a introdução orgânica de todos os elementos de sua mitologia, a revista do Aranha é o retrato do que há de melhor na Era de Prata dos quadrinhos.
Aliás, recentemente a editora Salvat iniciou uma coleção inteiramente dedicada ao personagem e seus clássicos e, claro, não podia faltar sua origem primária. A edição #16 da coleção, intitulada “Origens”, traz as seis primeiras edições da revista, além de seu surgimento em “Amazing Fantasy 15”.
Mas caso você seja um jovem leitor à procura de algo mais contextualizado e atualizado para uma geração mais próxima à sua, aventure-se na versão Ultimate do teioso, na edição #22 da coleção de Graphic Novels Marvel, da mesma editora, “Poder e Responsabilidade”.
Em paralelo à situação do Homem-Aranha, temos o caso da primeira família da Marvel. Seguindo uma cronologia belíssima e emocionante, com meio e fim, o Quarteto Fantástico sempre respeitou bastante seu início.
A dupla imbatível Lee e Kirby criaram, nos anos 60, a primeira grande super equipe dos quadrinhos. Essa família fantástica segue com um run de 103 edições seguidas com a dupla estando à frente e um grande número de clássicos. Parte da fase Lee/Kirby pode ser encontrada nas edições da “Coleção Histórica Marvel: Quarteto Fantástico”.
Mas… se quiser ver algo mais pé no chão, atualizada e com uma arte mais cotidiana, o universo Ultimate trouxe sua versão do grupo em “O Fantástico”. Uma atualização na história da família agradou vários fãs e conseguiu novos leitores. Suas seis primeiras edições podem ser encontradas no encadernado homônimo da Panini Comics.
Ouga chaka ouga ouga ouga chaka…
Os Guardiões da Galáxia. De fato, a grande febre cósmica da Marvel alavancada pelos cinemas. Entretanto, coroada atualmente como uma das grandes equipes de heróis da editora, a revista nem sempre foi este grande sucesso. Surgindo com uma gama de personagens completamente diferentes (a equipe original aparece como participação no segundo filme), o título chegou a ser cancelado por baixas vendas.
Criados em 1969, somente fomos apresentados à esta nova formação (com Peter Quill, Rocket e companhia) em 2008 pelas mãos de Dan Abnett. Intitulada de Legado, as seis primeiras edições da revista revigoram o grupo, incrementando uma grande guerra de reis e alçando esta equipe cósmica (e cômica) ao devido panteão. A fase de Abnett segue sendo lançada completa em encadernados da editora Panini.
Quem saiu das salas de cinema este ano com vontade de vestir seu manto e gritar Wakanda Forever tem como dever de casa conhecer ainda mais sobre o rico universo do Pantera Negra. Tendo um nome bem sugestivo, a história de Reginald Hudlin, com arte do Romitinha,
Uma nação inteira sendo defendida por um rei recém-coroado abre plano de fundo para histórias fantásticas em Wakanda. A saber, “Quem é o Pantera Negra?” é apenas o pontapé inicial para este mundo, sem deixar de ser uma história bem contada e marcante. Além disso, história do personagem ainda segue com uma excelente fase sobre o selo Nova Marvel e clássicos da década de 70 e 80, que podem ser encontradas na coleção de Graphic Novels da editora Salvat. É a 38ª edição da coleção.
Certamente o mago supremo da Marvel também não fica atrás com suas boas histórias. Mas antes de cair em Shambala, ou em seu crossover com o Dr. Destino, Stephen Strange também teve seus primeiros dias atualizados nos quadrinhos da Marvel.
Brian K. Vaughan escreve a origem do mago nas montanhas ocidentais com a bela arte de Marcos Martins. Sem abusar tanto das psicodélicas aventuras que o herói tinha em seus primeiros anos de publicação, essa recontagem do seu ponto inicial tenta ser mais pé no chão, ficando próxima ao que foi adaptado aos cinemas anos depois.
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“O Juramento” também saiu na coleção de Graphic Novels da Salvat e relançada em um encadernado de capa cartonada pela editora Panini Comics, próximo ao lançamento do filme. Enfim, após lê-la, você estará pronto para ingressar no universo místico do grande mago da Marvel.
Por fim, o grande diabo da cozinha do inferno. O herói cego das ruas de Nova York coroa bem o fator “talvez não seja boa ideia começar pelo começo desse cara”. A saber, o Demolidor iniciou com uma roupa amarela e grande sorriso no rosto.
Mas não vamos nos atentar desta vez ao grande Stan Lee à frente do advogado. De fato, o personagem somente se tornou o herói de grande potencial que vimos na série da Netflix quando Frank Miller assumiu o personagem.
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Iniciado com algumas aventuras junto ao Aranha, Miller ainda demoraria alguns anos até contar sua versão da origem de Matt Murdock. Contudo, como tudo isto foi muito tempo atrás, podemos nos agraciar com “O Homem Sem Medo”.
A história desenhada por John Romita Jr. foi recentemente relançada pela Panini, junto com toda a fase de Miller no herói.Certamente, ler seus primeiros dias, a fase completa (com participação de Elektra, Justiceiro e companhia) e finalizar na “Queda de Murdock”, não só é um ápice para leitores de quadrinhos e fãs da Marvel, como para admiradores de literatura em geral. Goste ou não da série ou do filme, a fase do inglês pelo herói continua uma excelente recomendação.
Agora você já é quase um Marvete amador. Mas não se desespere, pois os X-Men terão um guia reservado só para eles. Aliás, quanto aos demais, quem você quer saber por onde começar a ler? Qual herói merece um guia de leitura completo? Daqui a 15 dias tem mais Marvel e semana que vem, a parte 2 do guia de leitura da DC! Aguarde.