Ao Seu Lado
Crítica do filme
Começa, nesta terça-feira 9 de abril, a 21ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris. Durante uma semana, no cinema L’Arlequin, localizado no Quartier Latin, serão exibidos 23 longas, entre ficção e documentário, títulos inéditos na França, sessões com debate, e um fórum voltado para o mercado audiovisual.
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O filme de abertura deste ano será O Beijo no Asfalto, de Murilo Benício, adaptação da peça de Nelson Rodrigues, que está na competição. Marighella, de Wagner Moura, a cinebiografia de Carlos Marighella, ex-deputado, poeta e militante comunista; e o documentário Amazônia Groove, de Bruno Murtinho, que revela os artistas da região do Norte do país, encerram o festival.
Além de O Beijo no Asfalto, a mostra competitiva inclui filmes consagrados em festivais no Brasil e no Mundo como Tinta Bruta, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon (vencedor do prêmio Teddy no Festival de Berlim e eleito melhor filme no Festival do Rio, entre outros), Aos Teus Olhos, de Carolina Jabor (que arrematou quatro prêmios no Festival do Rio 2017 e o prêmio de melhor longa ficção nacional na Mostra São Paulo no mesmo ano, entre outros), Deslembro, de Flavia Castro (melhor longa pelo voto popular e pela FIPRESCI no Festival do Rio e prêmio do Sindicato Francês dos Críticos de Cinema no Festival Biarritz América Latina, todos em 2018), Temporada, de André Novais Oliveira (vencedor do Festival de Cinema de Brasília de 2018), Todas as Canções de Amor, de Joana Mariani, e Sócrates, de Alex Moratto.
A programação inclui ainda sessões fora de competição com quatro ficções: Elis, de Hugo Prata, Los Silencios, de Beatriz Seigner, que estreou na Quinzena dos Realizadores do 71º Festival de Cannes, na França, e já passou por diversos festivais nacionais e internacionais, a premiada animação Tito e os Pássaros, que já percorreu 180 festivais no mundo, entre eles, o Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy e o Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), além do já citado Marighella, de Wagner Moura, que teve sua estreia mundial no Festival de Berlim.
Nesta edição foram selecionados 11 documentários de diversas temáticas. Alguns abordam questões sociais e políticas como A Última Abolição, de Alice Gomes, e Torre das Donzelas, de Susanna Lira (premiado como melhor documentário no Festival do Rio 2018); e outros são retratos culturais do Brasil como My name is now, Elza Soares, de Elizabeth Martins Campos, e Orlamundo, de Orlando Morais.
Visando incentivar o intercâmbio entre os dois países no setor audiovisual, acontecerá ainda, na Embaixada do Brasil em Paris, o 2º Fórum Audiovisual França-Brasil, no dia 16 de abril de 2019, quando serão realizadas master classes, painéis e encontros profissionais com a presença de representantes de entidades, criadores, produtores e executivos brasileiros e franceses.
Em 20 anos, o festival permitiu que cerca de 530 filmes fossem vistos na França, diante de uma plateia de mais de 73.000 espectadores que puderam debater com quase 500 convidados.
Confira a programação de filmes:
FILMES EM COMPETIÇÃO
Deslembro
Sócrates
Temporada
FILMES FORA DE COMPETIÇÃO
Marighella
Tito e os Pássaros
DOCUMENTÁRIOS
A Última Abolição
Amazônia Groove
Codinome Clemente
Frans Krajcberg: Manifesto
Marcia Haydée
My Name is Now, Elza Soares
Orlamundo
Pastor Cláudio
Querido Embaixador
Torre das Donzelas