Eu não sabia o que eu queria assistir até Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame).
Em 2002, quando Peter Parker foi picado pela aranha, meu corpo também foi atingido, minha pele, meus olhos. Eu achei que era aquilo que eu queria assistir a minha vida toda. A mesma ideia passou pela minha cabeça em 2008, com Robert Downey Jr. chocando o mundo com seu traje de ferro e com sua ironia sem limites. Mais à frente também me choquei com Chris Evans e Chris Hemsworth, dando vida a dois dos mais icônicos heróis da história.
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2012. Vingadores. Homem de Ferro, Capitão América, Thor e Hulk. Eu realmente estava preparado para aquele filme e Joss Whedon o tinha preparado para mim. Para todos nós, na verdade, ele sabia o que tinha que entregar e entregou. Um vilão incrível, um dilema claro, uma briga de gigantes, de deuses, um choque de ações. Era o mais próximo de uma história em quadrinhos até então. Até então.
Em 2014, uma história muito aleatória, sob o comando de James Gunn, se tornou a mais amada da minha vida. Abriu espaço para uma gama de possibilidades, ou melhor, uma Galáxia. Os Guardiões acenderam tochas que eu nem sabia que existiam. Tochas que iluminaram o caminho para encontrar o ápice do que eu queria ver.
Foto: Marvel / Disney / Divulgação
Retribuíram minhas expectativas com uma sequência de bons filmes, Era de Ultron e Guerra Civil. Nenhum dos dois foram perfeitos ou incríveis, mas foram bem planejados.
Guerra Infinita. O título mais forte possível, anunciando a participação da maior quantidade de personagens já vista. A proposta de um espetáculo que me deu a quase certeza de que não teria mais nada tão absurdo quanto esse filme. Um filme sob a ótica do próprio antagonista. Agressivo. Incrível. Eu já estava satisfeito. Ou achei que estava.
Não. Eu não sabia o que eu queria assistir até Vingadores: Ultimato.
Foto: Marvel / Disney / Divulgação
Os irmãos Russo me mostraram que eu queria muito mais. Ainda que meus filmes prediletos continuem sendo Guardiões da Galáxia e Vingadores: Guerra Infinita, existem momentos em Vingadores: Ultimato que nenhum filme esboçou, propôs ou deu qualquer indício de que era possível. Vingança, tempo, risos, amor, saudades, morte, recomeços, representatividade, estratégias, inteligência, força, foco, persistência, crueldade, laços, guerra… Ultimato.
Durante os 182 minutos, fomos agraciados com caminhos surpreendentes, desfechos amargos, doces e agridoces, como um cardápio completo de um banquete bem pensado, bem estruturado e corajoso, sem abrir mão de propor continuações que sejam interessantes para os próximos filmes da Marvel e, por incrível que pareça, um ritmo que faz perdermos a noção do tempo. Eu não consigo acreditar que foram 3 horas e 2 minutos ininterruptos de sessão.
Foto: Marvel / Disney / Divulgação
Não pensem que encontrarão um filme perfeito ou completamente diferente de tudo o que já viram, alguns clichês precisam acontecer, assim como os nossos corações, muitas vezes, anseiam por sentimentos que já conhecemos. Vá preparado para rir, como em Thor: Ragnarok, se impressionar, como em Pantera Negra e, principalmente, sofrer, como em Guerra Infinita.
Vocês não sabem o que realmente querem assistir até verem Vingadores: Ultimato. O que eu disser mais, será puro spoiler. Apenas vão.
::: TRAILER
::: FICHA TÉCNICA
Título original: Avengers: Endgame
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFelly
Elenco: Robert Downey Jr., Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Chris Evans, Scarlett Johansson, Benedict Cumberbatch, Don Cheadle, Tom Holland, Chadwick Boseman, Paul Bettany, Elizabeth Olsen, Anthony Mackie, Sebastian Stan, Letitia Wright, Dave Bautista, Zoe Saldana, Josh Brolin, Chris Pratt, Jeremy Renner, Evangeline Lilly, Jon Favreau, Paul Rudd, Brie Larson, Bradley Cooper, Vin Diesel, Michael Douglas, Michelle Pfeiffer, Tessa Thompson, Cobie Smulders, Samuel L. Jackson, Katherine Langford
Distribuição: Disney
Data de estreia: qui, 25/04/19
País: Estados Unidos
Gênero: ação
Ano de produção: 2015
Classificação: 12 anos