Carl Lucas, ou Luke Cage, um homem negro comum do Harlem, acaba sendo injustamente levado à prisão por um policial corrupto. Sendo maltratado na cadeia pelo mesmo policial, Luke é recrutado pelo Dr. Noah Burstein para uma série de experimentos similares ao soro do super-soldado. Tendo o experimento sabotado pelo policial, que havia sido rebaixado por seus atos, em busca de vingança, Luke acaba ficando mais poderoso do que o esperado e retornando para as ruas.

CRÍTICA | ‘Luke Cage – 2ª Temporada’ [COM SPOILERS]

Luke Cage foi um dos primeiros heróis negros dos quadrinhos numa aurora de Pantera Negra, John Stewart e demais influenciados pelo blaxploitation americano. Com sua icônica camiseta amarela, braceletes e tiara prateados, e a duvidosa índole de cobrar pelos seus serviços, o herói de aluguel da Marvel coleciona histórias icônicas.

CRÍTICA | Luke Cage | 2ª Temporada [SEM SPOILERS]

Iniciada com a série Herói de Aluguel (Hero for Hire), as primeiras 16 edições de Luke Cage, lançadas em 1972, trazem sua origem e constroem uma mitologia própria interessantíssima. Consideradas algumas das melhores primeiras edições já lançadas nos quadrinhos, Archie Goodwin e George Tuska apresentam ao público um herói que expande o vigilantismo de rua em Nova York. O embate com Willys Cascavel, o romance com Claire e o clássico embate do herói com o Dr. Destino junto ao Quarteto Fantástico coroam este primeiro ano do personagem como um tesouro da editora.

No ano seguinte à sua criação, Gerry Conway e John Romita Jr. juntam o Poderoso com o amigão da vizinhança. Em The Amazing Spider-Man #123, o herói adentra de vez no universo Marvel com interação diversa com os heróis. Em sua revista solo, Cage era chamado de Power Man até a edição #49, onde ele começava a ter parcerias com um outro herói que o acompanharia por anos.

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A partir da edição #50, a revista muda para Power Man and Iron Fist, com a grande cooperação entre o herói do Harlem e o imortal Punho de Ferro, durando até a edição #126, 13 anos após a criação do herói. Após os grandes roteiros de Chris Claremount e Kurt Busiek, era hora do herói retornar para sua revista solo.

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Mas não. Não estamos falando da dispensável primeira fase de Cage lançada no início dos anos 90, com roupas de couro e roteiros genéricos. Mas sim da excelente Cage Vol. 2, lançada em 2002 por Brian Azzarello em cinco edições. Trazendo de volta a sujeira nova-iorquina, a revista revive a dureza das ruas com um personagem diferente de tudo do universo dos quadrinhos. Stripclubes, investigações e muita porradaria coroam esta nova era de ouro do herói.

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Funcionando sempre melhor como coadjuvante, assim como nas séries, Cage nos alegra com suas participações pelas mãos de Brian Michael Bendis em Alias (revista de Jessica Jones pelo selo Marvel Max) e na icônica fase pelo Demolidor e na revista paralela The Pulse.

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Em 2005, os Vingadores Caídos decidem se reunir em uma nova e renovada equipe. Foi então que Luke Cage pôde mostrar seu potencial na revista principal da editora, ao lado de Capitão América e companhia. Desde a formação, queda e revolução, a participação de Cage no grupo é essencial para a nova equipe. Foi em Os Novos Vingadores que Luke Cage se casou com Jessica Jones na primeira revista anual de 2006, e onde o casal se separou na edição #38 dois anos depois.

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Luke Cage já liderou os Thunderbolts, enfrentou ninjas de uma terra de sombras, participou da formação de mais uma equipe de Vingadores, teve sua versão Noir em 2009, sua luta do século em 2010 e até uma versão cartunesca em 2016. Não é a toa que o poderoso herói do Harlem foi escolhido para ter uma série própria na Netflix. E se você quer se preparar para o que vem por aí nesta segunda temporada, visite-o nos quadrinhos.

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