Ao Seu Lado
Crítica do filme
Falou em musical, falou o meu nome. Acaba de chegar na Netflix o filme 13: O Musical (13: The Musical), longa baseado na peça de mesmo nome que estreou em 2008 na Broadway. Confesso que não conhecia e, por isso, todas as músicas para mim foram inéditas. Não tinha nenhum embasamento anterior para começar julgando antes mesmo de ter visto. A única coisa que sabia é que Ariana Grande estrelou o musical lá no seu início. Por coincidência ou não, a versão nacional estreou esse ano, no início de abril em São Paulo.
Evan Goldman (Eli Golden) é um menino de 12 anos que mora em Nova York e que anseia dia e noite por seu Bar Mitzvá (o momento em que o menino se torna homem e com direitos as leis judaicas). Seus planos de ter a melhor festa que já imaginou vão por água abaixo quando seus pais se divorciam. Com isso, ele parte com sua mãe para Indiana, um lugar completamente diferente de onde morava, onde não possui nenhum amigo. A partir desse momento, o jovem corre contra o tempo para fazer novas amizades ao mesmo tempo em que experimenta o amadurecimento que retrata os altos e baixo da pré-adolescência.
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Assisti a alguns trechos da peça e, nela, atores adultos acabam fazendo o papel das crianças. Aqui, eles optaram por crianças de verdade. Ao meu ver, isso é muito melhor, pois dá uma credibilidade a mais. Entendo a escolha da peça, mas em um filme ficaria muito estranho. As crianças escolhidas dançam bem e, aparentemente, são boas cantoras também. Mas, quando se trata da atuação, é melhor passar longe. Nem me refiro ao nosso protagonista, mas aos coadjuvantes que fazem parecer algo bem amador.
As músicas também não são lá essas coisas. Poderia dizer que apenas duas conseguiram me animar um pouco – e olhe lá. Em um todo, 13: O Musical se torna um filme bem infantil. Não que a premissa já não determinasse isso, mas acabaram exagerando. Eu diria que é uma produção boba. Coloco toda essa culpa no colo da direção, que se mostra fraca e incapaz de criar um número musical memorável. Não diria que seria uma obra maravilhosa com alguns ajustes, mas poderia entregar um resultado muito melhor.
O seu tom me lembrou demais algo feito pela Disney. Por um momento me perguntei se não era a empresa do Mickey a grande responsável por esse filme. Se fosse, entenderia mais o resultado final. Esperava um pouco mais da Netflix nesse sentido. Por mais que eu esteja falando mal de 13: O Musical, não acho que seja algo totalmente terrível e que seja incapaz de ser visto. Apenas ficou muito abaixo da expectativa quando estamos falando de um padrão Broadway de qualidade.
Se pudesse indicar uma peça para você ver na Broadway, 13: O Musical não estaria nem nas 20 primeiras opções. Capaz de simplesmente esquecer que ela existe em pouco tempo. Sendo assim, fica óbvio que não recomendo essa produção para a grande maioria. Primeiro, porque boa parte do público já não gosta do gênero mesmo; segundo, porque, não é tão bom mesmo. Vale para os fãs assíduos de musicais e para a criançada que talvez consiga se identificar em alguns momentos.
A saber, 13: O Musical já está disponível para os assinantes da Netflix. Aliás, está de olho em algo na Amazon? Então apoie o ULTRAVERSO comprando pelo nosso link: https://amzn.to/3mj4gJa.
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