Ao Seu Lado
Crítica do filme
A Alterego Games, juntamente com a Sticky Lock Studios, lançaram Woven para PS4, Xbox One, Switch e PCs em 15 de novembro. Um jogo todo ambientado em um mundo em que tudo é composto de lã, com animais feitos de variados tipos de tecido. Este universo está sendo invadido por insetos de metal que querem dominar tudo. Então, somente Stuffy, um elefante de pelúcia desajeitado que vaga pelo mundo, e seu amigo Glitch, um vagalume de metal que perdeu a memória, podem descobrir a causa e parar a dominação mundial.
Apesar do visual infantil, Woven é um jogo majoritariamente de exploração. O título é repleto de desafios e quebra-cabeças, que podem ser resolvidos ao encontrar projetos que alteram a forma do corpo de Stuffy para a de outros animais. Algo que garante algumas habilidades no processo. A forma de elefante tem um pisão superforte; o tamanduá consegue manusear objetos com suas garras; o coelho pode pular; e por aí vai. Sendo assim, é obrigatório encontrar outras formas para poder prosseguir.
Falando ainda dobre o corpo de Stuffy, é possível misturar partes de animais diferentes ao mesmo tempo e também as cores de cada parte individualmente, personalizando sua aparência. Isso garante visuais interessantes e divertidos, que podem conter habilidades diferentes de acordo com a necessidade. É possível ainda coletar novos padrões de cores durante a exploração do mundo de lã em objetos, animais, plantas etc.
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A jogabilidade é bem simples e exige uma curva mínima de aprendizado, mas, mesmo assim, ficamos presos algumas vezes até descobrir o que era necessário fazer para avançar. Não existem objetivos claros ou mapas visíveis na tela. Ou qualquer tipo de menu. Resta apenas a exploração dos cenários para desvendar o que é necessário fazer e quais caminhos seguir para progredir na campanha.
Woven possui gráficos com visual simples, mas que contêm um certo charme por retratar um mundo todo construído com lã de variadas cores para retratar ambientes com montanhas, praias, cavernas, plantas e animais e etc. O estilo é similar ao que foi feito nos jogos da série Little Big Planet (com um mundo feito de bonecos de pano e objetos do mundo real), Puppeteer (todo construído como se fosse dentro de um teatro de marionetes) e Tearaway Unfolded (onde o mundo e os personagens são feitos de papel colorido), que foram idealizados para dar a impressão de terem sido feitos à mão também.
Além disso, os personagens não falam em nenhum momento e toda a história, bem como seus acontecimentos, são narrados durante a campanha através de rimas e versos por um narrador que dá a impressão de gostar muito da própria voz. Afinal, ele fala por mais de um minuto para tentar dizer algo que devemos fazer naquele momento. Como empurrar uma pedra, jogar uma abóbora na água, mudar a cor de Stuffy, esse tipo de coisa, o que faz com que sua voz se torne chata de ouvir em pouco tempo. Para piorar, o jogo não tem dublagem para o nosso idioma, o que dificulta o entendimento da história, seja adulto ou criança que não domine o inglês.
A saber, Woven tem como alvo o público infantil. Entretanto, pela falta de clareza sobre o que deve ser feito para progredir na história, pode se tornar chato e cansativo com facilidade. Não existem orientações e os objetivos são descobertos com uma demorada procura, quebrando o ritmo da campanha e não sendo tão divertido.