Escolhido para representar o México na corrida pelo Oscar 2015 de melhor filme estrangeiro, Cantinflas – A Magia da Comédia fala da vida e obra do humorista Mario Moreno (1911-1993) que passou por vários percalços até alcançar o estrelato.
O Longa versa sobre a os problemas de produção do campeão de bilheteria e ganhador do Óscar de Melhor Filme em 1956, “A volta ao mundo em 80 dias”, do produtor da Broadway Mike Todd (Michael Imperioli). As histórias de vida de Mario Moreno, o Cantinflas (Oscar Jaenada), e Todd se cruzarão quando o comediante, já famoso, for convidado para ser uma das estrelas do filme.

A superação, tanto de Todd como de Cantinflas, a maior estrela do humor mexicano de todos os tempos, que morreu aos 81 anos de idade, é tratada neste longa. O humorista conquistou o público hispânico ao abusar do improviso, lançando mão da rapidez e sagacidade de seu raciocínio. Assim conseguiu se tornar um ícone da cultura popular em seu país. Se fôssemos compará-lo a algum artista nacional, certamente Oscarito seria parâmetro. Assim como o talento de Cantinflas foi dito por muitos equivalente ao do Chaplin – que aparece na produção dando uma mãozinha ao Todd.
Para se ter ideia da popularidade de Moreno, basta citar que ele esteve em mais de 50 filmes e construiu um verdadeiro império econômico, dando-se ao luxo de recusar várias produções hollywoodianas. No entanto, o jeito de falar de seu personagem principal não era muito apreciada pela América, mas isso não o impediu de alcançar todo o sucesso impensável nos tempos em que não sabia o que fazer da vida. Em Hollywood ele teve apenas dois filmes: o sucesso “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, no qual faturou o prêmio Golden Globe Award para Melhor Ator (comédia ou musical), e “Pepe”, um fracasso de público.
Esta cinebiografia, que mostra o início da carreira do comediante no teatro, desde a criação do personagem Cantinflas, passando pelo seu casamento com Valentina Ivanova Zuvareff até a consolidação do seu pequeno império. É uma pequena viagem intercalada por idas e vindas no tempo, enquanto o produtor Todd sai em busca do que falta para fazer seu filme.

Não que a produção tenha sido mal feita; apenas é cansativa. Aliás, cabe aqui o destaque para o trabalho de fotografia muito bem feito de Carlos Hidalgo. Talvez o roteiro tenha falhado por não conseguir transparecer como de fato Cantinflas era engraçado. O ator Jaenada não teve êxito ao tentar exprimir a mesma simpatia ou poder de comunicação de Moreno.
O fato é que o desafio era grande em representar este astro mexicano nas telas. Seja como for, o longa se arrasta, é superficial e não consegue prender a atenção de quem assiste devidamente.
BEM NA FITA: a fotografia do filme e o esforço dos atores em cumprir bem os seus papéis.
QUEIMOU O FILME: a falta de ritmo do longa atrelado ao roteiro construído em cima de flashbacks, que não conseguiu levar para a tela a grandiosidade de Mario Moreno.
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
Título Original: Cantinflas
Diretor: Sebastián del Amo
Roteiro: Edui Tijerina
Elenco: Óscar Jaenada, Michael Imperioli, Ilse Salas, Luis Gerardo Méndez, Teresa Ruiz, Gabriela de la Garza, Ana Layevska, Joaquin Cosio
Fotografia: Carlos Hidalgo
Duração: 106 min
Gênero: Biografia / Drama