Arquivos S.S. Rajamouli

Na história moderna, o homem branco se acha a bússola do novo mundo e isso ainda piora quando se é um europeu. Responsáveis pelos maiores genocídios e etnocídios da humanidade. Colonização e neocolonização são bons exemplos de como europeus não respeitam culturas e limites. Sempre sob a desculpa de “levar os costumes da civilização para outros povos”. Assim como aconteceu na América, isso também ocorreu na Índia, pelas mãos da suja Inglaterra. Com esse pano de fundo de pré-independência, estreia o novo filme da Netflix RRR: Revolta, Rebelião, Revolução (RRR – Rise Roar Revolt).

A trama nos leva como dito para a Índia pré-independência, onde dois revolucionários lutam contra a opressão do reino britânico. Tudo começa quando uma garota de uma tribo é levada pela colonizadora, como uma mercadoria. Visto isso, o líder se prepara e vai para capital salvar a garota. Além disso, ele terá que enfrentar um policial indiano, que serve à Inglaterra, porém, as aparências enganam.

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Vale a pena?

RRR: Revolta, Rebelião, Revolução tem três horas de pura ação, drama e reflexão. Além disso, o filme conta com nomes conhecidos em Bollywood, como: Alia Bhatt (que está em A Voz do Emponderamento), Ram Charan e N. T Rama. Mas saindo um pouco da sua ficha técnica e falando do filme, ele vale sua longa duração, mas podia ter facilmente duras horas.

A película indiana tem ação para dar e vender, contudo, peca no excesso. Em uma cena onde uma bala faz carro capotar, nesse meio tempo, o personagem consegue pegar o rifle e disparar. São condições que tão absurdas que acabam ficando legais, mas em momentos pontuais. O problema é que isso acontece com frequência no filme, o que acaba tirando o brilho.

A amizade entre Komaram Bheem (N. T. Rama Rao Jr.) e Alluri Sitarama Raju (Ram Charan) é algo a se considerar, ainda mais no início. Fica algo bem filme adolescente norte-americano, o que achei interessante, além, claro, dos musicais que surgem do nada. Enfim, RRR é um longa interessante, mas que, por vezes, se arrasta com algumas tramas esquecíveis. Ainda assim, vale o passatempo.