Uma triste notícia envolvendo Katie Leung. A atriz, que deu vida a personagem Cho Chang nos filmes da saga Harry Potter, foi obrigada a negar os ataques racistas recebidos no período por “forças da indústria.

Katie Leung, a saber, é escocesa de ascendência chinesa. Em entrevista ao podcast Chinese Chippy Girl nesta semana ela recordou destes ataques repugnantes. Segundo ela, depois de ver a enxurrada de comentários racistas de alguns fãs de Harry Potter, o pior golpe veio dos seus empregadores. Em suma, de maneira bem casual, eles lhe disseram para negar publicamente que tais coisas estivessem acontecendo.

Katie Leung

“Eu estava me pesquisando no Google e uma hora estava neste fandom de Harry Potter. Lembro de ler os comentários e, sim era muita merda racista”, lamentou com razão. A atriz completa afirmando que foi obrigada a recuar. “Lembro deles me dizendo: ‘Olhe, Katie, não vimos esses sites de que as pessoas estão falando. E você sabe, se alguém perguntar isso, apenas diga que não é verdade. Diga que isso não está acontecendo. ‘”

Na época em que filmou Harry Potter, Katie Leung tinha apenas 16 anos, sem nenhum treinamento formal de mídia. Não é preciso dizer que isso deixou a jovem em uma posição muito vulnerável quando se tratava de falar ou ignorar. “Eu apenas balancei a cabeça”, lembra a atriz. “Estava tipo, ‘Ok, ok’, embora eu mesma tivesse visto com meus próprios olhos. Eu estava tipo, ‘Ok, sim, vou apenas dizer que está tudo ótimo … Eu estava, a princípio, realmente muito grata por estar na posição em que estava.

História que se repete

Infelizmente o que Katie Leung está expressando não é incomum em Hollywood. Em outras palavras, sua história parece fazer parte de um coro crescente de relatos, especialmente de atores iniciantes, sobre como os estúdios não os protegem de ataques racistas e assédio. Ou seja, já vimos esse filme antes, quando a atriz Kelly Marie Tran, de Star Wars: Os Últimos Jedi e Ray Fisher, de Liga da Justiça divulgaram relatos semelhantes de suas tristes experiências como novatos na indústria. É bem provável que existam outros casos semelhantes. Por fim, torcemos que as vítimas tenham forças para denunciar e que os culpados paguem pelos seus crimes até que essa história mude de uma vez por todas.

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