Ao Seu Lado
Crítica do filme
Dirigido e protagonizado por John Krasinski (13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi), Um Lugar Silencioso (A Quiet Place, 2018), da Paramount Pictures, foi ovacionado pelo público e agradou a crítica na sua primeira exibição, durante o festival South by Southwest (SXSW), no Texas. Com estreia marcada para o dia 5 de abril, o longa narra a história de uma família que precisa se manter em total silêncio para sobreviver a uma ameaça que pode atacá-los ao menor sinal de barulho. O filme traz Emily Blunt (A Garota do Trem) no papel de Evelyn, uma mãe de família que, ao lado do marido, tenta proteger os dois filhos pequenos e o bebê que está por vir.
Com 100% de aprovação no Rottem Tomatoes, site americano que reúne críticas de cinema e televisão, o filme foi aclamado por especialistas. “’Um Lugar Silencioso’” marca um passo adiante de Krasinski como ator e diretor. Ele encontrou um material ideal para um recomeço, oferecendo uma experiência eletrizante, onde os sustos não vêm dos estrondos, mas dos sussurros e do silêncio. Na era em que vivemos hoje, do ‘caos da informação’, é libertador ficar imerso num filme silencioso onde o menor sinal de barulho pode matar você – opina Eric Kohn, do Indiewire.
– Por mais que nem sempre a gente compre a ideia que vemos no filme, Krasinski é um cineasta suficientemente talentoso para esconder nossas objeções. Ele dirige com todos os seus sentidos – elogia Owen Gleiberman, da Variety. “A (boa) premissa é de autoria de dois jovens roteiristas (Bryan Woods e Scott Beck), que assinam o texto final com Krasinski. E não deixa de ser um desafio, afinal, Krasinski e cia. não podem contar aqui (pelo menos, não plenamente) com o apoio do diálogo. Sobretudo nos dois terços iniciais, trata-se quase de um filme mudo. Aí, há dois caminhos a serem explorados na construção de clima: o do som e o da trilha. Quando investe no primeiro recurso (som), o resultado é envolvente”, afirma o crítico do Adoro Cinema, Renato Hermsdorff.
Já a crítica da Vanity Fair, Joanna Robinson, elogia a escolha de Emily Blunt para protagonizar o filme. “Embora seja a terceira vez de Krasinski como diretor, é sua primeira vitória, e, grande parte disso, deve-se a ênfase na questão familiar e na sua escolha por dar a sua mulher o papel de protagonista”, revela. “Mesmo os espectadores que não aceitam a metáfora do filme, morrerão de medo”, conclui o crítico John DeFore, do Hollywood Reporter.
Para Krasinski, o fato de ser pai de duas crianças foi um dos motivos que o levaram a fazer o longa. “Eu e Emily acabamos de ter nossa segunda filha, eu já estava em um mundo aterrorizado, então, pensei, por não colocar isso num filme?“, ironizou. “É sobre tentar proteger a família, mais do que sobre assustar as pessoas“, disse no Q&A com o público após a exibição.