Tears For Fears e a auto-homenagem do álbum ‘The Tipping Point’
Cadu Costa
Sucesso nos anos 80, o Tears For Fears está de volta com seu primeiro novo álbum em 18 anos, The Tipping Point. O grupo é mais uma das várias bandas veteranas que lançam músicas novas após longas pausas. Neste caso, o disco não poderia ser melhor. Vem que o ULTRAVERSO te conta.
Formado pelo duo britânico Roland Orzabal (voz, guitarra, teclados) e Curt Smith (voz, baixo, teclados), o Tears For Fears foi um sucesso incontestável nos anos 80. Principalmente no Brasil, onde ganharam o apelido de “Tias Fofinhas”. E no Rock In Rio de 2017 fizeram um show com hit atrás de hit, com destaque para sucessos mundiais, incluindo “Shout”, “Head Over Heels”, “Everybody Wants to Rule the World” e “Sowing the Seeds of Love”.
Talvez para tentar reviver esses momentos históricos, a dupla do Tears For Fears parecem fazer uma volta no tempo com The Tipping Point. O disco é bom, não entendam mal, mas parece uma homenagem da banda para ela mesma!
Diferenças e semelhanças
Talvez a música que soe um tanto diferente da receita de sucessos do duo seja “No Small Thing”, música que abre o álbum. Um folk-rock lírico com pitadas modernas de new wave. Mas, a partir da faixa-título, tudo é absolutamente a fórmula Tears For Fears de se criar hits. O último single lançado, “Break The Man”, ou “Rivers Of Mercy” poderiam seguramente estar em Songs From The Big Chair, de 1985, clássico disco que transformou o som do Tears For Fears em algo extremamente único.
Um dos melhores da carreira
No entanto, é importante ressaltar que The Tipping Point é brilhante. O tempo dirá se este é o melhor álbum deles, mas – no mínimo – está entre os melhores. Tem mais alcance emocional e musical onde as canções progridem em direções interessantes e inesperadas enquanto contêm algumas das composições mais pessoais de Curt e Roland.
Ao final com “Stay”, temos a sensação de termos escutado verdadeiras emoções pop pulsantes como veias e com uma catarse do tamanho de uma arena, tão comum em seus shows. Talvez essa auto-homenagem seja exatamente isso. É um estilo que refina seu som distinto, em vez de enfeitá-lo com sonoridades que não caberiam. Os fãs do Tears For Fears encontrarão lembranças mais do que suficientes de seus dias de glória.
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