The Last of Us episódio 1 crítica da série primeira temporada HBO Max

Foto: HBO Max / Divulgação

Primeiras impressões de ‘The Last of Us’: confira como foi a estreia da série

Taynna Gripp

Sucesso tremendo da Sony Computer Entertainment, lançado pela primeira vez para o console PlayStation 3 em 2013, o game The Last Of Us ganhou vida na tela em uma série de nove capítulos, cujo episódio 1 da primeira temporada foi lançado neste domingo (15) na HBO Max.

Abraçado com certo receio por seu público, existia o medo de que a adaptação deixasse a desejar, uma vez que o jogo é extremamente bem roteirizado, com personagens marcantes e cut scenes (a parte do jogo em que não se tem controle dos personagens, eles apenas vivem a história) que garantem lágrimas.

Para alívio de cada fã da franquia, o episódio 1 de The Last Of Us (“When You’re Lost in the Darkness”) é um deleite aos olhos e ao coração do fã, preenchendo lacunas deixadas em branco pelo jogo e sendo bastante fiel aos momentos mais chocantes do mesmo.

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Qual a história de The Last Of Us?

De modo bem didático, é colocado ao público leigo a explicação: anos antes de qualquer indício de que poderíamos ter uma pandemia, de como poderíamos ser vítimas de um ataque fúngico. Conhecemos, no jogo, o fungo que transforma as pessoas normais em seres completamente não humanizados, Cordyceps, do filo Ascomycota, um fungo presente, inclusive, no Brasil. Ele se desenvolve no seu hospedeiro consumindo suas estrutura musculares até atingir o sistema nervoso central.

Ali, na tela, no episódio 1 de The Last Of Us, ganhamos uns minutos antes da história começar a se desenvolver. Diferente do jogo, que só nos apresenta tudo isso aos poucos, depois da narrativa já encaminhada. Primeiro acerto do capítulo, que já contextualiza e capta a atenção de quem nunca jogou antes.

The Last Of Us: diferenças da série para o jogo

Muitos anos se passam e, então, estamos em 2003. Conhecemos nosso grande protagonista, Joel (Pedro Pascal), um pai zeloso e amoroso, ao seu modo, para Sarah (Nico Parker), sua filha adolescente. Ele está fazendo aniversário e, apesar de não parecer ser o tipo de pessoa que comemora muito, demonstra felicidade por ter por perto sua filha e seu irmão Tommy (Gabriel Luna).

Tudo que o episódio com tamanho de filme traz é importante porque ajuda na construção de quem o personagem vai ser no futuro. Se no jogo sabemos cada motivo que leva Joel a se tornar frio e violento porque jogamos com ele, na série, faz-se necessário criar essa empatia do zero. Quando os eventos vão se desencadeando e Sarah fica cada vez mais em perigo, já adotamos seu pai como herói, independente do que vier pela frente.

Referências do jogo na série The Last Of Us

Dirigida por Craig Mazin e pelo próprio roteirista do jogo, a série contextualiza muito bem cada evento, como a ida de Sarah à cidade para consertar o relógio do pai; a primeira imagem do fungo agindo no sistema muscular de um hospedeiro; e a ausência total de sentimentos de Joel (já devastado pela perda) quando precisa incinerar o corpo de uma criança. Acréscimos que dão à história um ponto a mais de compreensão da jornada de seus personagens.

Outro ponto incrível é a facilidade com que cenas vistas no jogo são reproduzidas na tela, gerando uma imensa nostalgia. A fuga de carro de Joel, Tommy e Sarah é prova disso. O recurso de direção que faz a luz deixar os poros dos atores mais abrandado, conferindo às cenas, ainda, um aspecto de game, é também um presente aos mais críticos.

Estão nesse primeiro episódio explicações para questões que ninguém cogitou levantar enquanto jogava, como, por exemplo, o motivo de Tess estar machucada já na sua primeira aparição e a causa de Marlene e os Vagalumes estarem em Boston. A trilha sonora também pode ser mencionada como perfeita. Assinada pelo mesmo artista do jogo, Gustavo Santaolalla traz a mesma sensação de desespero e abandono que vamos construindo no decorrer da jornada de Joel e Ellie (Bella Ramsey).

Melhor episódio já adaptado de um jogo

Sobre Ellie, que finalmente conhecemos no terceiro ato, podemos ver como foi acertada a escolha de Ramsey. Nossa protagonista é curiosa, articulada e com indícios de que compreende a violência do mundo em que vive (diferentemente de Sarah, que, ao presenciar, a primeira morte causada por Joel, chora. Ellie se deslumbra vendo o ataque do mesmo quando tem um flashback de seu maior trauma).

Após esse episódio 1, é impossível prever o quanto The Last Of Us vai acertar como série, mas também é impossível não avaliar esse como o melhor capítulo já adaptado de um jogo. Tudo aqui se encaixa para produzir a melhor experiência em quem já conhecia a história e em quem acabou de chegar, para ambos os públicos foi entregue o melhor episódio do ano, já indicando que mais uma vez a HBO vai levar todos prêmios que concorrer com essa série.

Foram minutos que passaram voando. Boa parte do público ainda optou por assistir novamente na versão dublada, já que as vozes emprestadas ao jogo são as mesmas que à série. Portanto, serão nove semanas de deleite e uma longa espera pela segunda temporada. Essa certeza é garantida.

Onde assistir à série The Last of Us (2023)?

A saber, The Last of Us estreou neste domingo, 15 de janeiro de 2023, no catálogo da HBO Max.

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Trailer da série The Last of Us (2023), da HBO Max

https://www.youtube.com/watch?v=VHNzi1CjDb0

The Last of Us (2023): elenco da série da HBO Max

Pedro Pascal

Bella Ramsey

Gabriel Luna

Merle Dandridge

Ficha Técnica do episódio 1 da série The Last of Us (2023), da HBO Max

Temporada: 1

Episódio: 1

Duração: 80 minutos

Direção: Craig Mazin

Roteiro: Craig Mazin, baseado no roteiro de Neil Druckmann

País: Estados Unidos

Gênero: ação, drama, aventura

Ano: 2023

Classificação: 16 anos

Taynna Gripp

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