‘Dawn FM’ apresenta o reino sonoro de The Weeknd
Cadu Costa
Após explodir com ‘Blinding Lights’, vindo do álbum fenômeno, ‘After Hours’, The Weeknd, também conhecido como produtor e escritor canadense Abel Makkonen Tesfaye, retorna com seu quinto álbum de estúdio, Dawn FM. Nele, apresenta um reino sonoro nunca visto antes pelo público em geral.
Em agosto de 2021, quando The Weeknd lançou “Take My Breath”, nós do Ultraverso estávamos tão empolgados que avaliamos o single com uma nota 8 de respeito. E ainda avisamos que pelo andar da carruagem, viria muito mais de onde veio essa. Não estávamos enganados.
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A vibe do álbum
O som da era disco, anos 80 e o futuro se conectam em Dawn FM de uma forma tão consistente para esta época que faria Michael Jackson ficar de boca aberta. Aliás, o eterno Rei do Pop teria aplaudido The Weeknd por conta de uma produção rica, as transições sem esforço entre as músicas, seus vocais celestiais e suas letras de primeira linha. Algo em que nosso saudoso Michael caminhava tranquilamente no campo da sua genialidade.
E The Weeknd está genial. Mas não é um álbum fácil. Se você está cansado de ouvir ‘Blinding Lights’, seria prudente passar um pouco distante de Dawn FM. O disco soa como uma ótima continuação de ‘After Hours’. É sonoramente bonito e pop com um tema mais escuro incorporado.
“Você está agora ouvindo 103.5 Dawn FM”, chama a voz de Jim Carrey (sim, ele mesmo!) do vazio, dando-nos as boas-vindas ao purgatório na forma de uma estação de rádio adulta contemporânea. “Você esteve no escuro por muito tempo; é hora de caminhar para a luz” , diz ele na primeira faixa, fazendo o papel de anfitrião e arcanjo assustador na jornada conceitual de The Weeknd.
As composições
E tudo começa com “Gasoline”, que já se conecta com a seguinte “How Do I Make You Love Me?” numa mistura de vocalizações com sons estranhos e maravilhosos, mas, ao mesmo tempo, soando novo, como se os anos 80 nunca tivessem acontecido. Abre-se então o caminho para as sensacionais “Take My Breath” e “Sacrifice” tomarem conta das pistas ao redor do mundo. O vídeo da última, por exemplo, já bateu mais de 7 milhões de visualizações no YouTube. Sucesso inegável!
Após isso, somos brindados com a fala de ninguém menos que o atemporal compositor Quincy Jones. E como chamar um encontro com essa lenda da música? “A Tale By Quincy” é claro! Após esse breve interlúdio, chegam as baladas radiofônicas “Out Of Time” e “Here We Go…Again” onde The Weeknd apresenta o rapper americano Tyler, the Creator como convidado nos vocais.
A influência de Michael Jackson segue permeando todo o álbum como se The Weeknd quisesse não só homenagear uma influência mas se lembrar de onde veio e para onde ainda poderia ir.
Velho conhecido nos beats
Em Dawn FM, The Weeknd trabalhou novamente com Daniel Lopatin, produtor e compositor estadunidense de música eletrônica. Que, a saber, grava sob o pseudônimo de Oneohtrix Point Never. Da mesma forma, foi recrutado o superprodutor pop sueco Max Martin. Com essa confluência de mentes, Dawn FM equilibra o charme excêntrico de The Weeknd com a eficiência da música pop.
Conclusão
Toda a experiência é uma celebração esperta e corajosa da atual era de ouro e termina com “Less Than Zero” numa reflexão sensível, antes de Jim Carrey terminar sua transmissão com uma poderosa citação: “Você está ouvindo bem de perto?
“O Paraíso não é isso. É a profundidade deste momento. Você não alcança a felicidade , Deus sabe que a vida é um caos. Mas Ele fez uma coisa verdadeira. Você tem que relaxar sua mente. Treine sua alma para alinhar. E dance até encontrar aquele ‘boogaloo’ divino. Em outras palavras, você tem que ser o Céu para ver o Céu. Que a paz esteja com você”.
Por fim, ouça Dawn FM, o novo álbum de The Weeknd
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