‘Top Gun: Maverick’ é épico e intenso
Nathália Sorrini
Gostando ou não Top Gun virou um filme clássico, toda a essência “oitentista” de Hollywood está lá, as cores quentes, aquela luz do sol e sequências repletas de praticamente um videoclipe. Naquela época, ele foi um filme mais chapado sem tanto desenvolvimento de personagens e mais focado no romance e, principalmente, no personagem que dá título a esta sequência.
Top Gun: Maverick segue um Pete Maverick (Tom Cruise) que ao mesmo tempo em que está preso ao passado, ele também quer progredir para o futuro. Pete é um homem que quer ser útil, não quer ser substituído pelas máquinas e luta arduamente para isso não acontecer. No entanto, os fantasmas do passado o atormentam e o filme transgride por essas duas camadas intensas do personagem e posso dizer que é trabalhado de uma forma até que poética.
- ‘Uma Voz Contra o Poder’, uma boa história com o desenrolar fraco
- ‘Bull: Hora da Vingança’ é simples e eficaz
- ‘Thor 4: Amor e Trovão’: trailer mostra primeiro vislumbre do vilão Gorr
Questões pessoais
O novo Top Gun é um filme que trabalha muitas questões pessoais internas de nosso protagonista. Isso precisa ser trabalhado por ele para seguir em frente e o ponto de partida para isso é o romance com Penny (Jennifer Connely). Além disso, ele precisa resolver o rancor com Rooster (Miles Teller), o filho de seu falecido parceiro de trabalho Goose (Anthony Edwards). Já digo com tranquilidade que a relação entre eles podia ainda ser mais trabalhada, colocando ainda mais desenvolvimento no personagem de Teller, pois queria saber mais da vida dele antes de tudo.
Hoje em dia, a maioria dos filmes de Hollywood é gravado em uma tela verde e colocado em vida na pós produção. O CGI virou hábito e o tom realista está ficando de fora, mas o que deixa Top Gun: Maverick tão rico é que todas as cenas, inclusive dos aviões em combates, são reais. Óbvio que ter o Tom Cruise pilotando deixa tudo ainda mais realista. É lindo assistir no cinema algo tão primoroso.
A trilha sonora
Uma coisa que me chamava muita atenção no primeiro filme é a trilha sonora. Ela era bem característica da época e nesta continuação, mesmo que remeta à nostalgia, ela tem uma pegada bem atual. Isso se deve graças a adição de “Hold My Hand”, de Lady Gaga que toca inúmeras vezes durante o filme na sua versão original e instrumental. Ouso dizer que vão ter que escrever uma excelente música pra tentar desbanca-la no Oscar 2023.
Val Kilmer
A participação de Val Kilmer preenche o coração de alegria. Trata-se de uma aparição respeitada e com muita bagagem. Nem precisa ser tão ligado no primeiro filme para se emocionar com cenas tão lindas. O diálogo entre Ice e Maverick é o melhor do filme.
Top Gun: Maverick é épico, intenso e além de honrar o original ele é trabalhado com o máximo de respeito ao Tony Scott. Por se tratar de um filme de 2022, ele é feito para nossa época sem perder a essência da década de 1980. É um filme digno de cinema, e, se for possível, assista em IMAX para aproveitar cada momento que ele te oferece.
Onde assistir ao filme Top Gun: Maverick?
A saber, Top Gun: Maverick estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (26).
Aliás, vai comprar algo na Amazon? Então apoie o ULTRAVERSO comprando pelo nosso link: https://amzn.to/3mj4gJa.
Por fim, não deixe de acompanhar o UltraCast, o podcast do Ultraverso:
Trailer do filme Top Gun: Maverick
Top Gun: Maverick: elenco do filme
Tom Cruise
Jennifer Connelly
Miles Teller
Val Kilmer
Jon Hamm
Miles Teller
Anthony Edwards
Ficha Técnica
Título original: Top Gun: Maverick
Direção: Joseph Kosinski
Roteiro: Ehren Kruger, Eric Warren Singer, Christopher McQuarrie
Data de estreia: qui,264/05/2022
Duração: 131 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: ação, drama
Ano: 2022
Classificação: 12 anos