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Traição crítica da série minissérie da Netflix 2022

Suspense policial segue vivo com ‘Traição’!

Taynna Gripp

Quando o jovem e recém promovido chefe do MI6 recebe a ligação de uma ex-agente russa que já esteve no seu caminho, ele não imagina o desenrolar de toda a trama complexa e bem articulada que está por vir, envolvendo pessoas nas quais confiaria a própria vida e até mesmo inimigos que podem se tornar aliados em busca de um bem comum.

Traição (Treason), minissérie recentemente lançada pela Netflix, tem a premissa de um bom suspense de espionagem, sendo um drama policial de primeira qualidade, como os bons filmes de “007” e da saga “Bourne” podem ser.

Estrelada por Charlie Cox (“Demolidor”), a trama se desenvolve a partir de um atentado que coloca em risco a vida do até então chefe do serviço britânico, Sir Martin Angelis (Ciarán Hinds, de “Harry Potter – As Relíquias da Morte”).

Arquitetado e executado milimetricamente por Kara (Olga Kurylenko, de “Oblivion”), uma ex-espiã russa, o atentado leva à ascensão de Adam Lawrence (Charlie). Kara estava escondida maquinando todas essas ações há 15 anos, buscando que através do novo chefe do MI6, obtivesse uma resposta sobre um atentado que devastou sua equipe, organizado por um agente duplo chamado Dorian.

Episódios passam voando

Em meio a chantagens e troca de informações sigilosas, os cinco episódios passam voando. Os créditos devem ser dados principalmente para o terceiro e quarto, quando finalmente máscaras começam a cair e vamos da empatia ao ódio por alguns personagens.

Com elenco destacável, aqui temos ainda Oona Chaplin (neta de Charlie Chaplin, conhecida por sua participação em “Game of Thrones”) e Kurylenko, a produção tem destaque também para a direção, não caindo no clichê policial de troca de tiros a todo instante, indo mais pelo labirinto de uma trama inteligente, cativante e ardilosa. Muitas informações, inclusive, são apenas mencionadas, ganhando tempo na narrativa, destacando quase sempre a história em prol de um ou outro personagem.

Traição consegue te prender nos episódios e fazer chegar ao fim da minissérie com alguma surpresa. Seu final não é algo tão original assim, mas, dado o desenrolar dos fatos e o modo como tudo foi construído, ao subir dos créditos sentimos mais desejo de uma continuação do que alívio pelo fim. O suspense policial segue vivo, ainda bem!