A ficção científica de 2020 por um ecofalante
Alvaro Tallarico
Não há somente um universo. Há tantos e tantos universos paralelos que é preciso sobreviver num ultraverso. E aqui estamos nessa ponte em meio a uma pandemia. Acabei pensando em um filme que vi essa semana cujo nome é “O Vento Muda” (Le Vent Tourne). A cineasta Bettina Oberli traz um olhar delicado sobre as mudanças na vida de uma mulher acostumada com uma rotina na fazenda. Mas o vento anuncia transformações e leva para novos rumos.
Tomar um novo rumo necessita coragem, é sempre uma aposta. E nunca sabemos qual será o resultado. E talvez essa seja a graça: em qual caminho do ultraverso você vai cair? Em qual irá levantar? Aliás, a série de ficção científica que mais gostei de ver esse ano foi uma da Amazon, chamada “Tales From The Loop“. Ela mostra um universo que mistura passado e futuro. Parece os anos 80 com robôs. Tem aquela cara que eu adoro de “Além da Imaginação”. É como se o mundo tivesse tomado outro rumo logo ali atrás.
Armadilha do Tempo
Nessa pegada, vi também “A Caverna” (Time Trap), na Netflix. Uma galera fica presa numa caverna enquanto lá fora o tempo passa rapidamente. E aí quando você sai, eita! Indubitavelmente perdeu muita coisa, mas tem um novo começo pela frente. A premissa é ótima, a película talvez nem tanto, mas entretém.
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Ainda tive a oportunidade em 2020 de ver uma curiosa ficção científica brasileira no festival Fantasporto em Portugal, que não tem data ainda para sair nos cinemas tupiniquins. Claro, estamos em pandemia. O filme tem o nome de “Loop” e mistura viagem no tempo com filme de detetive, porém, as coisas parecem não dar tão certo. Afinal, tentar mudar o passado pode ser meio perigoso… Pode ser melhor só aceitar e seguir em frente. Entretanto, que possamos aprender as lições que se apresentam. Sigamos, mas evoluindo como seres humanos e cuidando da mãe natureza que nos envolve. Mudar o futuro a partir do presente.
Bônus
Ou seja, para que o mundo não vire um filme de futuro distópico num cenário de ficção científica é importante respeitar essa natureza. Então, aproveite e acompanhe a relevante 9ª Mostra Ecofalante (https://ecofalante.org.br/) com diversos filmes e debates gratuitos para que você possa estar mais consciente e fazer sua parte pelo meio ambiente. Vai até 20 de setembro.
Além disso, o filme “O Vento Muda”, que citei lá em cima, vai passar no 8º Panorama de Cinema Digital Suíço. O evento acontece de 27 de agosto a 6 de setembro e busca aproximar brasileiros da sétima arte suíça. Os filmes serão exibidos gratuitamente na plataforma Sesc Digital. O festival é uma realização do Consulado da Suíça em São Paulo e do Sesc São Paulo, em parceria com a agência de cinema Swiss Films.