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‘Um Ano Inesquecível: Outono’ é um romance bem agradável de ser ver

Bruno Oliveira

Seguimos fazendo a resenha da coletânea de ‘Um Ano Inesquecível’. A primeira foi ‘Verão’, baseado na obra de Thalita Rebouças, e agora é a vez de ‘Outono’, que é baseado na obra de Babi Dewet. Se eu achei o primeiro quase como uma história de fantasia, esse aqui já me agradou muito mais por ter o pé no chão. Não só isso, ele ainda tem o tom inteiro musical, e isso me agrada exponencialmente. A breguice ainda está no ar, porém, acho ele muito mais resolvido.

Muito mais pé no chão e agradável

Esse filme me agradou muito mais do que seu antecessor, ‘Verão’, e não só porque Outono é minha estação preferida da vida, mas porque a história é muito mais agradável e muito mais palpável que a anterior. Não que ‘Verão’ tivesse essa obrigação. Minhas comparações se encerram por aqui e vou tentar me centrar mais do porque essa película me agradou tanto. Para começar, devo dizer que a direção de Lázaro Ramos (Medida Provisória) é bem competente, principalmente nos momentos musicais, mesmo que uma ou outra cena soe bem estranha.

A história não possui nenhum dilema inovador e nada que faça esse título ser algo extraordinário, mas ele tem um algo a mais: o coração. Ele é extremamente simpático e compra o público através dessa empatia com os personagens. O grande drama dele é o fato de Anna Julia não gostar de música devido ao passado. Um trauma exagerado, mas que acabei comprando pelo bem da narrativa. Embora fraco, funciona muito bem para o que se propõe no geral.

Agora, vou começar a falar da minha parte preferida dele. Eu não sabia, mas fiquei extremamente feliz dele meio que ser um musical. Não daqueles clássicos em que os mais chatos iriam achar insuportável, mas de um jeito bem popular e que aposto que irá cair no gosto do público. Músicas ótimas e que vão ficar na sua cabeça por um bom tempo. Não sou um conhecedor assíduo da música popular brasileira, mas ainda assim, reconheci várias ali. Só não saberia dizer se existe alguma música original ou se todas são versões.

Conclusão

Esse é um romance bem agradável de ser ver. Não tenta ser difícil e realmente não o é. Assim, acaba sendo de rápida assimilação e acerta em cheio o público cativo do gênero. Acredito que não vá decepcionar. Como todo clichê do gênero, temos também aqueles momentos de breguice eterna que me fizeram ter até um constrangimento maior, mas tudo bem. Isso não o deixa pior, apenas o deixa com mais cara de Sessão da Tarde possível. Sem deméritos nas palavras.

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