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Um Ano Inesquecível: Primavera ativa o modo “copia, mas não faz igual”

Bruno Oliveira

Depois de uma pequena maratona, enfim, chegou a vez de falar do último filme da coleção ‘Um Ano Incrível’, baseado no livro de mesmo nome contando com um conto para cada estação do ano e escrito cada um por uma autora diferente.

Já passamos pelo ‘Verão’, ‘Outono’ e ‘Inverno’. Agora, é a vez de um conto em plena ‘Primavera’. Época que metaforicamente pode representar o renascimento, revolução ou até mesmo crescimento. Esse conto foi escrito por Bruna Vieira e conta com a direção de Bruno Garotti (Ricos de Amor) e Jamile Marinho (em sua primeira vez na função).

Copia, mas não faz igual

‘Primavera’ peca por ter sido o último dos 4 filmes a estrear. Ele não chega a ser o pior de todos, porém, a impressão de que essa história já foi contada é enorme. Querendo ou não, chegar até aqui e ver algo muito parecido me deu uma fatigada a ponto de querer acelerar a projeção. Os mesmos dilemas entre pais e filhos são apresentados e mais uma vez vemos a nossa protagonista crescer e ter que provar que é digna de seu sonho.

Isso me fez perceber que esse é o grande mote dessa série de filmes: se livrar dos sonhos de seus pais para viver o próprio. Tudo é bem bonitinho e feito na medida para o seu público cativo que tenho certeza que não encontrará grandes problemas nele. O modo “copia, mas não faz igual” pode ser representado aqui e isso o rebaixa a ser uma obra extremamente passageira e nada memorável. Se a ordem dos filmes fosse diferente, provavelmente estaria falando a mesma coisa de outro filme dessa coleção.

um ano inesquecível filme

A melhor coisa dele é ver como o nosso casal de protagonistas desenha a sua história de amor. Seu desfecho também não é exatamente como o público poderia esperar. Isso dá um ar de novidade em um mar de clichés. A relação dela com a mãe vira um problema por falta de diálogo. Seguir o sonho dos seus pais e não o seu próprio pode ter implicações grandes mais para a frente em sua vida e até acho justo que tal tema seja discutido.

Conclusão

Finalmente findei essa coleção de filmes. O que posso dizer é que todos são bons filmes água com açúcar. Recomendado amplamente para os mais apaixonados e para quem gosta de algo bem morno para se ver em uma tarde tediosa. Estão longe de ser terríveis, mas definitivamente, possuem o seu valor, e o público-alvo não vai me deixar mentir quanto a isso.

Sendo assim, o grande problema da saga é ter uma ordem natural do que vai acontecer no roteiro. Uma fórmula seguida por todos, o que não deixa nenhum deles como uma grande obra. Termino dizendo que o meu preferido foi o ‘Outono’. Não por acaso, é minha estação do ano preferida.

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