Tatá Werneck e Cauã Reymond mostram afinidade total em coletiva de ‘Uma Quase Dupla’
Giovanna Landucci
Os jornalistas foram recebidos, na última quarta-feira (4), para a coletiva de imprensa do filme Uma Quase Dupla, no Hotel Maksoud Plaza, em uma ambiente que se tornou divertido e descontraído, além de muito rico em termos de informações sobre a elaboração do longa-metragem que estreia dia 19 nos cinemas. Estavam presentes no encontro os atores Tatá Werneck, Cauã Reymond, Alejandro Claveaux e Daniel Furlan, além do diretor Marcus Baldini e da produtora Bianca Villar.
“Uma Quase Dupla”, estrelado por Tatá Werneck e Cauã Reymond, divulga cartaz e trailer oficiais
Logo no início, a assessora da produção pede para que os repórteres levantassem a mão para fazerem as perguntas e, quando ninguém toma a iniciativa, Tatá logo solta um: – Que climão, hein…?, arrancando gargalhadas de todos e quebrando o gelo da sala.
Como era de se esperar, por ter humoristas no elenco, a tarde foi repleta de risadas, mas o que chamou a atenção foi a capacidade de Cauã de também entrar no clima e brincar o tempo todo com todos, contrapondo a primeira pergunta feita com relação à dificuldade que seria trabalhar com alguém que improvisa tanto e desenvolver um personagem em meio a uma comédia.
Tatá revela que, há algum tempo, eles já queriam trabalhar juntos, que queriam fazer alguma coisa juntos, quando é interrompida por Cauã: – Sexo Tântrico!, brincou o ator. A comediante não deixa por menos: – Podia ser uma noite, mas foi um filme!, fazendo toda a imprensa rir.
Ela continua que acredita muito mesmo no processo de trabalho do Cauã, que é muito oposto ao dela, mas que não deixa de complementá-lo. Diz que ele é um cara muito disciplinado e que não consegue deixar as piadas de lado, dizendo outros atributos dele (depilado, higienizado, muito “tuuudo”) mas que tem muita precisão, sabe bastante de câmera, de luz, e que isso facilita a vida de todos os que trabalham com ele. A artista por sua vez, seria um pequeno “Taz-Mania”, que roda pelo set e que você só pega se conseguir.
Cauã, claro, agradeceu os elogios e retribuiu dizendo que Tatá é brilhante. O ator menciona que era fã dela antes mesmo de conhecê-la pessoalmente, fazendo brincadeiras com relação a vê-la nua cantando. Deixando as brincadeiras de lado, ele conta como nasceu a ideia de Uma Quase Dupla:
“O filme foi idealizado por mim e pela Bianca (produtora). Tive ideia de fazer a dupla de policiais junto com Tatá Werneck para ter a veia de comédia. Aí, a Bianca marcou um jantar para a gente se conhecer, pois já havia trabalhado com ela anteriormente e sabia que seria interessante essa mistura. Já o (Marcus) Baldini era uma escolha óbvia para dirigir, pois já tínhamos feito três projetos juntos: “Psi”, “Bruna Surfistinha” e “Os Homens São de Marte… E É Pra Lá que eu Vou”, comentou o ator.
Para Daniel Furlan, esse jornalista “bem escroto” interpretado por ele é mais fácil de fazer “porque é só deixar vir, que vem (…) acaba sendo mais divertido”. Com Alejandro, os atores brincam que a Tatá fez o teste do sofá e que já ficou com todo o elenco.
Alejandro Claveaux, por sua vez, fala que a “dificuldade inicial era não transparecer algumas coisas referentes ao personagem”. Ele revela que tentou trabalhar e desconstruir imagens iniciais dos seus momentos e demonstrar outra personalidade.
Elogiando a minha pergunta sobre desconstrução de personagem, Cauã disse que a cena foi “puro talento” e o Marcus (Baldini) contou que foi twist da cena como ele se revela “foi sensacional”, sendo completamente surpreendente, pois trabalharam muito o texto com receio de cair em uma caricatura pejorativa do personagem, comum e banal.
Referências do filme
Em Uma Quase Dupla, Tatá Werneck e Cauã Reymond são dois policiais que não têm nada em comum, mas se veem obrigados a trabalhar juntos na pacata cidade de Joinlandia. Ela é uma investigadora competente que acha que pode resolver tudo sozinha. Ele é um subdelegado boa praça e nada eficiente. Os dois formam uma dupla improvável e, juntos, tentam capturar um habilidoso assassino em série. O diretor Marcus Baldini contou um pouco sobre a sua inspiração para o longa:
“Uma Quase Dupla brinca um pouco com todos esses clichês de filmes de investigação, de ação, as mortes. Uma das coisas que assisti muito foram os filmes de David Fincher, que eu gosto. Filmes como ‘Seven’, a linguagem dos seriados das décadas de 70… você percebe na trilha sonora, ‘Kojac’, essas coisas. O humor é uma coisa que, na verdade, eu acho difícil narrar as piadas. Eu deixo um pouco nas mãos dos atores a criação do humor, e, na trama, eu faço o longa como eu enxergo. Tento levar o filme a sério, a história a sério, e deixar o nonsense vir da interpretação”, revelou o cineasta.
Por fim, Cauã Reymond termina dizendo que construir essa relação entre o seu personagem e com o da Tatá Werneck foi como brincar de “siga o mestre”. Foi um verdadeiro choque de estilos, mas que saíram muito amadurecidos pois paravam para conversar como construiriam as cenas. Os dois tiveram muitas crises de risos e esse foi um ponto de “dificuldade”: se concentrar e gravar.
A comédia Uma Quase Dupla, estrelada por Tatá Werneck e Cauã Reymond, estreia dia 19 de julho. Produzido pela Biônica Filmes e Paris Entretenimento, e dirigido por Marcus Baldini, o filme tem roteiro assinado por Ana Reber e Leandro Muniz, com colaboração de Tatá Werneck, Fernando Fraiha e Daniel Furlan. Veja abaixo a galeria de imagens da coletiva de imprensa. As fotos são de Giovanna Landucci:
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