Ursinho Pooh: Sangue e Mel é tão ruim que se torna risível
Bruno Oliveira
Ursinho Pooh: Sangue e Mel foi lançado no início desse ano lá fora e causou um certo burburinho. O seu terror trash rapidamente caiu nas graças dos amantes dessa arte duvidosa. Esse sucesso fez com que o longa estreasse por aqui, pois se não fosse isso, nunca sonharia em sequer ser lançado. O título lembra um pouco o recente Terrifier: terror semiamador com as cenas de morte mais nojentas possíveis e atuações bem duvidosas. Ou seja, um péssimo filme que pode render sucesso dentro do seu nicho.
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Ursinho Pooh: Sangue e Mel é uma releitura de terror do grande clássico infantil. Após Christopher Robin (Nikolai Leon) crescer e ir para a faculdade, nunca mais voltou para visitar os seus queridos amigos Pooh (Criag David Dowsett) e Leitão (Chris Cordell). Esse abandono fez com que nossos queridos personagens se transformassem em seres selvagens que juraram nunca mais falar e odiar os humanos para sempre. A visita tardia de seu antigo amigo desperta uma ira neles que causará uma matança deliberada em quem estiver por perto.
Tão ruim que se torna minimamente risível
Adoro começar de forma franca e tirar do meu peito aquela ânsia faminta de dizer que essa obra é muito ruim. Vai ter quem ache isso uma obra de arte, nem ouso julgar, porém, é preciso colocar o pé no chão e frisar que estamos diante de algo tenebroso. E nem é pelo terror em si, mas por todo o seu valor de produção. Pooh e Leitão eram para ser seres bestiais que parecessem reais e monstruosos, mas é claro que os atores estão usando uma máscara de borracha fajuta que compramos em grandes mercados populares por aí. As feições são sempre as mesmas, não mudam e isso só fortifica o meu argumento.
Diria até que esse é o menor dos problemas. Temos um roteiro tosco com frases óbvias e imbecis que parecem ter sido escritas por iniciantes. Uma direção quase amadora que gosta de ver mulheres sendo mortas das formas mais brutais imagináveis e se possível, mostrando um peitinho por ali. Atuações muito fracas que até me animaram a pensar que tenho alguma chance de atuar em certas produções do tipo por aí. Ele parece um grande projeto final de um recém-formado em cinema. Se fosse isso, acredito que o resultado seria melhor.
Direção
Rhys Frake-Waterfield é o grande responsável por essa obra. Ele dirige, escreve e produz tudo o que vemos no longa. Assim, ao pesquisar sobre o diretor, para conferir se realmente é iniciante no cinema, para minha surpresa, não é. No entanto, ao checar seu currículo vemos que ele é um amante de filmes do tipo: pouco dinheiro, pouco valor de produção e muita “trasheira”. Para entender melhor colocarei o nome de alguns filmes que ele já produziu e entre eles temos: Dinosaur Hotel, Firenado, Summoning Bloody Mary, Return of Krampus, Demonic Christmas Tree, entre outras pérolas que devem ser o máximo – ou não.
Conclusão
Fique longe desse filme, a não ser que você seja um amante tresloucado de obras do tipo. O título é bem nichado e dificilmente agradará o grande público. Mesmo que ele tenha pouquíssimas cenas inspiradas, o seu todo é de arrepiar. Falo isso no pior sentido possível da palavra. Algumas pessoas podem até mesmo girar a chave e se divertir, o que não foi o meu caso. Para quem gostar, já informo que uma continuação está garantida e o nosso querido Ursinho Pooh retornará.
Curiosidade
Era para esse filme trazer o Tigrão, porém, direitos autorais da Disney não deixaram que isso se tornasse realidade.
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Trailer do filme Ursinho Pooh: Sangue e Mel
Ficha Técnica do filme Ursinho Pooh: Sangue e Mel
Título original: Winnie-the-Pooh: Blood and Honey
Direção: Rhys Frake-Waterfield
Roteiro: Rhys Frake-Waterfield e A. A. Milne
Elenco: Nikolai Leon, Maria Taylor, Natasha Rose Mills, Amber Doig-Thorne, Danielle Ronald, Natasga Tosini, May Kelly, Paula Coiz, Danielle Scott, Criag David Dowsett, Chris Cordell
Onde assistir: Cinemas
Data de estreia: 10 de agosto de 2023
Duração: 84 minutos
País: Reino Unido
Gênero: Terror
Ano: 2023
Classificação: –