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Violence Action 2022 crítica do filme live-action da Netflix

‘Violence Action’ é ótimo, mas só para os fãs do mangá original

Jorge Feitosa

Deslizando o dedo por um catálogo de garotas com feições adolescentes, um homem ansioso pede por uma que faça de tudo a uma agência com o sugestivo nome de “Garotas Flexíveis”. Ato contínuo, a mirrada Kei (Kanna Hashimoto) aparece na porta de um quarto de hotel com uma mochilinha nas costas, fazendo o tipo de tantos caras libidinosos e seus sonhos indescritíveis.

Porém, em Violence Action, filme que acaba de estrear na Netflix, Kei não está lá pra satisfazer os desejos de ninguém, mas sim pra cortar, furar e estraçalhar um grupo que mantém uma mulher presa no quarto. E ela o faz com uma desenvoltura estarrecedora.

Para fãs do mangá

Adaptado do mangá homônimo, o filme do diretor Tôichirô Hutô tem todos os elementos que vão agradar aos fãs de produções do gênero, com seu colorido vibrante e sua violência gráfica. Além dos personagens que parecem ter saído das páginas do original, como a protagonista, que Hashimoto vive com uma doçura ímpar ao tentar conciliar seu trabalho violento com o curso de contabilidade.

Já outros, ainda que visualmente interessantes, acabam inflando a história como o chefão da Yakuza cheio de piadinhas infames. O que atrasa a resolução da trama com quase duas horas de duração e a torna enfadonha entre uma cena de ação e outra.

Ao fim, fica a impressão de que Violence Action poderia ser muito melhor sem a preocupação de colocar tantos personagens em cena pra atender os fãs do mangá. Mas fã que é fã com certeza não vai perder.