Você Não Tá Convidada pro Meu Bat Mitzvá! (Netflix) - Crítica

Filme está disponível no catálogo da Netflix. Foto: Divulgação / Netflix

Com toda a família Sandler, Você Não Tá Convidada Pro Meu Bar Mitzvá! é o nepotismo que deu certo

Leonardo Duarte

Quando você pensa em um filme de comédia bobo e sem noção, há grandes chances de vir à mente um filme com ele, o queridinho das comédias pastelões, o ator que interpreta quase sempre o mesmo personagem, e o barrigudinho amado que fica com a moça bonita no final: Adam Sandler. Consagrado como um dos maiores comediantes do cinema nas décadas de 2000 e 2010, Sandler protagonizou diversas comédias que ficaram gravadas no imaginário dos fãs do gênero. Mas será que seu talento cômico é de família?

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Produzido por Adam Sandler, o novo filme da Netflix, Você Não Tá Convidada Pro Meu Bat Mitzvá!, traz como protagonista sua filha mais nova, Sunny Sandler, uma garota que sonha com o Bat Mitzvá perfeito – para quem não sabe, é uma festa importante para a comunidade judia, que simboliza a transição da infância para a maioridade. Para complicar a situação, seus planejamentos começam a desandar quando ela e a melhor amiga brigam por causa de um garoto.

Porém, o interessante do roteiro do longa-metragem vai além: não bastasse a filha caçula, o filme produzido por Adam Sandler também conta com sua esposa, Jackie Sandler, e a filha mais velha, Sadie Sandler.  É, assim, uma verdadeira reunião da família Sandler nas telas.

Você Não Tá Convidada pro Meu Bat Mitzvá! (Netflix) - Crítica

Traz uma representatividade importante. Foto: Divulgação / Netflix

Bem equilibrado

No melhor estilo coming of age, o filme sabe muito bem demonstrar aos poucos o amadurecimento da protagonista, ao longo de suas desventuras juvenis. Ademais, Você Não Tá Convidada Pro Meu Bat Mitzvá! consegue manter um bom equilíbrio entre os momentos cômicos e os relances dramáticos, assim como os melhores filmes da carreira de Sandler.

Além do bom humor, o filme também obtém sucesso em ensinar um pouco sobre o judaísmo para os espectadores leigos. Diferente de tantas obras que ignoram completamente a nuance daqueles que não sabem nada sobre a religião, o filme é didático e explica, em meio aos seus diálogos, um pouco sobre as tradições judaicas, trazendo consigo uma representatividade importante e necessária para os filmes de comédia, sem estereótipos e sem forçar a barra.

Com relação aos atores, todos atingem bem aquilo que propõe, sendo claro que os personagens de destaque foram escritos pensando justamente em quem os interpretariam. A família Sandler, de fato, faz jus ao seu sobrenome, brilhando até mais que o patriarca ao longo do filme – mas não se engane, Adam Sandler ainda se destaca, mesmo com poucas falas.

Você Não Tá Convidada pro Meu Bat Mitzvá! (Netflix) - Crítica

Filme está disponível no catálogo da Netflix. Foto: Divulgação / Netflix

Conclusão

Divertido, engraçado e relevante, talvez o filme não seja uma revolução ou, sequer, uma inovação no gênero da comédia, mas com certeza revive aquela sensação gostosa de assistir um filme despretensioso, mas bem-humorado. Com uma protagonista que sabe utilizar o timing cômico muito bem, é possível dizer que Você Não Tá Convidada Pro Meu Bat Mitzvá! é o caso de nepotismo que deu certo.

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Trailer do filme Você Não Tá Convidada pro Meu Bat Mitzvá!

Ficha Técnica do filme Você Não Tá Convidada pro Meu Bat Mitzvá! – Netflix

Título original: You Are So Not Invited to My Bat Mitzvah

Direção: Sammi Cohen

Roteiro: Alison Peck, Fiona Rosenbloom

Elenco: Adam Sandler, Idina Menzel, Jackie Sandler, Sunny Sandler, Sadie Sandler

Onde assistir: Netflix

Data de estreia: 22 de agosto de 2023

Duração: 103 minutos

País: EUA

Gênero: comédia

Ano: 2023

Classificação: 12 anos

Leonardo Duarte

Dos livros aos videogames, e da televisão ao cinema, Leonardo adora histórias que consigam quebrar seu coração em um milhão de pedacinhos. Entusiasta de sitcoms, filmes insanos e coming-of-ages, também é mestre de Dungeons and Dragons e cai de cabeça em quase qualquer jogo de tabuleiro. Acredita que o mundo é um lugar belo, mas certamente fica dez vezes mais fascinante com arte.
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