Apesar do tédio, ‘Vozes do Passado’ traz um bom final
Bruno Oliveira
Vozes do Passado (Reunion) é um filme neozelandês de 2020 que estreou nesse mês de maio na Netflix. Cuidado para não confundir, pois tem um longa-metragem com o mesmo nome datado de 2007 e não tem absolutamente nada a ver com esse. Não é nenhum reboot ou remake, apenas falta de criatividade de quem escolhe os nomes. Para diferenciar, o título original desse é Reunion, enquanto o outro se chama Still Small Voices.
Aqui, conhecemos Ellie (Emma Draper), uma mulher grávida que retorna para a casa de seus avós recém-falecidos. Nesse lugar, ela reencontrará sua mãe Ivy (Julia Ormond), que manteve afastada por anos de sua vida. O que começa como uma reunião nostálgica acaba se tornando um convívio em que as memórias do passado voltarão e que um terrível segredo está por ser descoberto.
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Promissor, tedioso e bizarro
Vozes do Passado começa bem com um ar pesado de suspense, mas descamba para o tédio e acaba esparramado no bizarro. Eu não sabia direito sobre o que tratava ele, não tinha lido nem a sinopse. Fui com a cara e a coragem. Nesse espírito, comecei a imaginar que seria algo sobrenatural. Afinal, o longa-metragem dá a entender várias vezes que entraria nessa vereda, mas foi tudo uma ilusão proposital para não sabermos direito aonde ele estava indo.
Todo o clima para um bom suspense está em cena. Uma casa velha, cheia de entulhos e com uma mãe se metendo em tudo o que a protagonista faz ou deixa de fazer. Aos poucos, imagens do passado começam a aparecer e iniciamos a nossa jornada para entender o que está devidamente acontecendo. É uma pena dizer que Vozes do Passado parecia um filme promissor, mas acaba sendo altamente tedioso e até mesmo confuso. A película vai ficando chata, pois as cenas parecem que vão se repetindo e você pensa que já viu isso.
O mais impressionante é que a produção vai para o bizarro em um piscar de olhos. Em algumas cenas, fiquei me perguntando o que estava acontecendo. Apesar de toda sua condução ser monótona e confusa por diversas vezes, o final do filme acabou se mostrando satisfatório. Estava entediado, mas comprei a sua resolução. O grande problema é que se você der uma piscada mais longa, é capaz de perder o que acabou de ser revelado. Se for o caso, “rebobine”.
Conclusão
Vozes do Passado é um longa tedioso, mas com um desfecho interessante. Pareceu muito promissor no início com sua carga de mistério junto com um viés sobrenatural que não vem à tona. A parte bizarra me tirou um pouco do filme, mas não a vejo como a principal razão de não ter gostado. A sua repetição de cenas junto com momentos monótonos são os principais motivos. Pode ser que a produção agrade a um público menos exigente e, nesse caso, fica por conta e risco de quem se arriscar a assisti-lo.
Onde assistir ao filme Vozes do Passado?
A saber, o filme Vozes do Passado já se encontra para todos os assinantes da Netflix. Aliás, vai comprar algo na Amazon? Então apoie o ULTRAVERSO comprando pelo nosso link: https://amzn.to/3mj4gJa.
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Trailer do filme Vozes do Passado, da Netflix
Vozes do Passado (Netflix): elenco do filme
Julia Ormond
Emma Draper
Cohen Holloway
Ava Keane
John Bach
Ficha Técnica (Vozes do Passado, Netflix)
Título original do filme: Reunion
Direção: Jake Mahaffy
Roteiro: Jake Mahaffy e Tim Van Dammen
Duração: 94 minutos
País: Nova Zelândia
Gênero: terror
Ano de produção: 2020
Classificação: 16 anos