Wytchwood review

‘Wytchwood’ é um jogo que corrompe alguns princípios religiosos

Leandro Stenlånd

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23 de março de 2022

Hoje em dia, para quem não sabe, títulos do gênero crafting geralmente se mostram simpatizantes do formato de sobrevivência. Afinal seja lá quem desenvolve, tenta diminuir o tempo no qual quem estiver jogando vai perder ou não horas em locais por vezes vazios, terrenos estéreis.

Ainda assim, quem nunca ficou feliz de encontrar aquele item precioso? Para quem está acostumado e é simpatizante de ambos os gêneros, Wytchwood prova que a criação pode se sustentar por conta própria e apresenta uma história encantadoramente sombria ao executá-la.

A FÓRMULA E A NARRATIVA

Na verdade, como de praxe, essa fórmula e formato, são evitados desde eras. Afinal é um título indie, que possui poucos simpatizantes. Porém, contudo, entretanto, todavia, nossa protagonista é uma anciã adorável, de corpinho miúdo e um pote como cabeça e os desenvolvedores da Alientrap se divertiram muito com essa premissa. Assim, sua principal função será coletar almas rebeldes devidas ao bode velho – ou cabra – que aparece se mostrando em uma das telas. Cada um deles acaba sendo uma pessoa terrível, então é legal.

Esse ser, supostamente demoníaco, explica que ela foi incumbida de salvar a vida de uma senhora no estilo da Bela Adormecida e a única coisa que ele aceitará como parte do acordo são as almas de 12 vilões locais. De lá, o jogador segue para um mundo aberto e segue uma série de missões para coletar essas almas e salvar a tal mulher em seu sono profundo! Mas de cara é preciso dizer que esse tal esforço demandam de métodos frequentemente monstruosos.

Wytchwood review

CAMINHOS TORTUOSOS

O caminho para obter cada alma possui certas habilidades e também muita inteligência para se pensar no que fazer para seguir adiante. Exemplo disto é que o segundo grupo de almas é um rato que vive em uma igreja abandonada.

Para passar pelo portão trancado, você precisa criar um reagente ácido e um dos ingredientes é algo que parece muito com ectoplasma. Você obtém esse material de um tipo específico de alma que habita no cemitério, mas precisa fazer um feitiço de exorcismo para banir essa entidade e obter o item necessário. O feitiço de exorcismo requer duas asas de morcego e você só tem uma agora. Então, você precisará criar uma armadilha de isca para pegar outro mamífero da ordem Chiroptera.

E assim é o jogo. A função master da mecânica do mesmo é obter ingredientes para criar armadilhas para criaturas e monstros, obter ingredientes para criar outra coisa que um duende ou um unicórnio triste pediu para você criar, para, por fim, aproximá-lo do seu objetivo de roubar uma alma maligna.

PENDURICALHOS E PROBLEMAS NO CONTO

Todo vilão que o jogo apresenta é também longe do esperado. De fazendeiros escravizados que alimentam seus trabalhadores exaustos aos animais, a banqueiros que sabotam seus patrões para que eles deixem de pagar seus empréstimos e percam suas terras.

Desanima até só de ver o que virá pela frente ao enfrentarmos os dois primeiros chefões. Mesmo assim, as ações da bruxa ainda podem parecer horríveis, pois Wytchwood abraça a comédia negra com uma alegria quase inadequada.

Não que Wytchwood seja totalmente legal, veja bem. Afinal, você está coletando almas para Satanás. O game é bem controverso. Enquanto hoje em dia ensinamos aos nossos parentes em como sermos do bem, no game trilhamos o caminho do mal. Uma das almas que você coleta é um Boi que vendeu sua família para um espantalho enfeitiçado em troca de uma boa colheita. Mas é uma versão totalmente inversa do conto de fadas. Da mesma forma que se você der um passo para trás de Chapeuzinho Vermelho você percebe que está lascado. Assim, o rival do Boi na agricultura é um nabo gigante em um chapéu de palha que está cultivando um filho de alface. Claro, para obter seus olhos de lagarto você tem que dispensar o resto do lagarto em uma pequena explosão de vísceras, imaginou?

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VEREDITO

Wytchwood consegue criar uma sensação de aventura e descoberta a cada novo feitiço. O visual é a melhor parte do jogo. No entanto, precisamos lembrar que a cada nova combinação que o jogador consiga resolver, o seu filho estará se unindo ao diabo fazendo com que esse jogo, apesar de ter uma mecânica legal até certo momento, não será bem quisto pelo papai e pela mamãe.

Prós

  • Visual desenhado à mão
  • Puzzles dinâmicos
  • Sistema de crafting

Contras

  • Os vilões são xexelentos.
  • Depois de um certo tempo, os puzzles de como desenvolver o sistema de crafting se tornam enfadonhos.

Por fim, não deixe de acompanhar o UltraCast, o podcast do Ultraverso:

https://app.orelo.cc/uA26

https://spoti.fi/3t8giu7

TRAILER

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
7.2
GRÁFICOS

Créditos Galáticos: 9

JOGABILIDADE

Créditos Galáticos: 6

ÁUDIO

Créditos Galáticos: 6

HISTÓRIA

Créditos Galáticos: 8

DIVERSÃO E IMERSÃO

Créditos Galáticos: 7

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