Crítica de Série: Atlantis (1ª Temporada)

A BBC ultimamente tem sido covarde ao lançar séries tão boas sabe. Foi assim com Merlin, The White Queen, Sherlock, dentre outras mais. E assim, Atlantis não fica atrás não!!!
No dia 28 de setembro, foi ao ar na BBC One o piloto de Atlantis. Quando descobri o sobre o projeto, não vou negar que fiquei empolgado, afinal a promessa era de uma série sobre heróis, deuses e monstros da mitologia grega. E assim foi, mas de um ângulo mais de aventura com pitadas cômicas pra la de interessantes especialmente provindas de Mark Addy que interpreta ninguém menos que Hércules. Sim, o filho de Zeus aca está. Junto de Hércules estão Jason (Jasão) e Pitagoras.

Atlantis começa com Jason (Jack Donnelly) à procura de seus pais, em uma espécie de mini submarino, acaba por se encontrar em uma praia, que aos poucos vai descobrindo que é Atlantis, e de antigamente, com minotauro e tudo.
A série mostrará a cidade de Atlantis, uma cidade estranha e antiga, num mundo diferente do que se está acostumado. Palácios enormes, onde o rei  Minos (Alexander Siddig) ,  é o ator que trabalhou na primeira temporada da maravilhosa série Da Vinci Demons (sendo aquele tutor meio louco do Da Vinci que vivia aparecendo em seus pensamentos lunáticos) sorteia pedras para oferecer pessoas em sacrifício .
Quando o jovem Jason chega na cidade, uma aventura mágica começa, cômica e muito divertida se inicia.

Esta série se trata de um crossover, unindo os 3 personagens mais conhecidos da história grega até então (creio que Jasão nem tanto). O que posso dizer desta série é que Mark Addy carrega o seriado nas costas e sem ele, este seriado muito bom, seria apenas morno e talvez razoável. É como em Merlin, onde Collin Morgan e Bradley James carregavam o seriado todo nas costas.
O famoso herói grego, ganha uma feição de anti-herói. Gordo, beberrão, covarde e nem um pouco humilde, totalmente hilário, de chorar de rir com ele, alias, ele não lembra em nada a lenda que a gente tanto ouviu falar. Representando, então, uma completa inversão de valores. O personagem adora propagar aos quatro ventos sua fama de herói, mas na hora H apresenta-se como um completo covarde haha.

Alias Atlantis é praticamente uma tentativa de substituir Merlin, com um tema bem leve e várias situações cômicas, como mencionado. A forma como o roteiro trabalha os personagens faz de Atlantis algo novo, algo surpreendente, algo com o poder de inovar e reinventar muito a história que fora apresentada durante anos, as lendas e a mitologia grega. Todas essas possibilidades me deixam animado, principalmente, se envolve viagem no tempo. Atlantis tem em mãos as ferramentas necessárias para fazer entretenimento de qualidade, e se se mantiver nos padrões da BBC, o show é mais uma atração imperdível.

O seriado utiliza muitos nomes da mitologia grega e os deuses são altamente exaltados, especialmente Poseidon, entretanto, cadê isso tudo? Praticamente vemos uma história qualquer usando os nomes gigantes da mitologia, mas ainda sim, é possível se divertir para quem adora comédia e um seriado muito legal.
Os diretores não poupam nos efeitos especiais bem trabalhados, cenários muito bem arquitetados.

Toda a série se baseia na busca pelo poder de Pasiphae em conseguir o trono para sí mesma, alias, ela inclusive tenta matar nosso amado rei Minos (que não flor que se cheire também).
E assim, toda a encrenca é feia, é possível ver de tudo, Minotauro, Medusa, o Oraculo, e muito mais.
Por fim, não me exaltarei mais, pois spoilers podem ser mencionados, e assim Atlantis é uma série revigorante e interessante ao meu ver e recomendo caso você precise dar umas boas gargalhadas e assistir uma bela aventura. 🙂