Avatar crítica do filme 2009

Foto: Disney / Divulgação

‘Avatar’ eleva a experiência cinematográfica

Agenor Florentino

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23 de setembro de 2022

Lançado em 2009, o filme Avatar, dirigido por James Cameron, se tornou um fenômeno mundial, tanto por sua qualidade técnica quanto por apresentar o primeiro filme gravado em sua totalidade com a tecnologia 3D. Seu sucesso foi imediato e, por muitos anos, foi a maior bilheteria de todos os tempos.

Treze anos depois, o filme volta ao circuito em sessões exclusivas, tanto para promover o novo longa-metragem que sai em dezembro de 2022, quanto para dar a oportunidade que quem não viveu a experiência de ver a obra em uma sala de cinema. Além disso, sempre vale a pena ver de novo. Mas será que, após mais de uma década, a produção realmente faz jus à sua repercussão?

História de Avatar

Na história acompanhamos o ex-fuzileiro Jake Sully (Sam Worthington), integrado ao programa governamental Avatar, que consiste transmitir a consciência de um ser humano para um corpo criado em laboratório idêntico aos dos Na’vi. Estes são seres habitantes do planeta Pandora que possui muita riqueza em minerais que interessam ao governo. Através do projeto “Avatar”, eles tentam criar uma maneira pacífica de fazer essa extração. Mas as verdadeiras intenções parecem que escondem planos mais sombrios.

Jake, então, consegue se infiltrar na tribo dos Na’vi e começa a viver como um deles. De início, aparentemente, para roubar informações. Mas depois, ele vai entendendo o verdadeiro significado de sua existência, o levando a um confronto que culminará na luta por sua sobrevivência e pelo futuro de Pandora.

Direção de James Cameron

Avatar, desde seu anúncio de lançamento, já se tornou um fenômeno por vários aspectos. Um deles é sua direção, que conta com o brilhante James Cameron, um dos diretores mais consagrados do mundo. O cineasta é conhecido por dirigir filmes de grande escala, os famosos “blockbusters”. E Avatar é seu projeto de 14 anos de produção. Isso porque ele dizia que ainda não tinha tecnologia suficiente até 2009 para poder contar a história da maneira que queria.

3D de Avatar

O segundo ponto foi o então filme feito completamente em 3D, pois Avatar, diferentemente de obras com a tecnologia lançados até aquela época, foi filmado já com esse recurso, enquanto os outros passavam por uma adaptação para chegar no efeito desejado.

E este ponto do 3D gerou muita curiosidade no público, que já estava encantado com as incríveis imagens que tinham saído nos trailers. Elas seriam mais espetaculares ainda na tela de cinema. A obra, claro, teve um alto custo. A aposta, no entanto, deu muito certo e, logo, Avatar agradou tanto o público quanto a crítica, trazendo uma história relativamente simples, mas que ainda assim encantava. Além disso, contava com um primor tecnológico que mudou os panoramas de filmes de sua época, mesmo hoje em dia o 3D não tendo vingado tanto.

Trama simples, mas emocionante

E quando digo que o filme possuiu uma história simples, isso não deve ser levado de maneira negativa. Afina, uma das maiores dificuldades no ramo de cinema e de filmes que se propõem a serem grandes sucessos, é saber ou não como contar uma história. E Avatar tem uma trama história com uma narrativa que vem sendo utilizada desde os tempos de Akira Kurosawa, mas que tem todo o toque e paixão por cinema de James Cameron.

É a clássica história de invasão de um povo que se julga superior. Então enviam um espião para coletar informações, mas ele termina tendo mais afeição por este novo povo do que pelo seu de origem e entende o verdadeiro propósito e seu lugar. Parece que essa história já foi contada milhares de vezes.

Mas, como dito acima, a diferença é como ela é contada. A maneira com que os personagens são apresentados é muito fluida e o filme não perde tempo dando explicações, fazendo isso ao longo da jornada, na maioria das vezes utilizando Jake como um espectador. Afinal, ele vai aprendendo casa vez mais junto com quem assiste.

Fauna e flora

E sua jornada é magnífica. Entendemos, de fato, seus desejos e o que o move. Até mesmo sua ida para a tribo dos Na’vi é justificada, pois parece que ali ele encontra a vida que jamais teve como “humano”. Isso o faz optar por escolhas cada vez mais complexas dentro do mundo de Pandora.

O poder que o filme tem de criar um universo é magnífico. Tudo em Pandora parece estar conectado, flui e tem muito brilho com tons de neon. A fauna e a flora se assemelham muito a que nós já conhecemos, mas sempre com um detalhe extravagante, que dá um ar de diferente. Isso tanto nas plantas, mas, principalmente, nos animais, que, aqui, têm papel fundamental no seu último ato, quando a guerra é iminente.

Religião e ciência

Questões como religião e ciência são pautadas de maneira muito suave e própria. E isso tanto do lado dos humanos quando do lado dos Na’vi. À medida em que somos apresentados à toda essa nova cultura, que, de início, parece primitiva, mas se mostra muito mais evoluída tanto física quanto psicologicamente. E essas lições permeiam o filme, que, de maneira muito inteligente, vai dando várias dicas visuais indicando o que pode e vai acontecer em seguida. Assim, quando algo é mostrado, o público visualmente lembra daquilo dando um melhor entendimento.

Tecnicamente, não somente no efeito 3D Avatar beira a excelência. A captura de movimentos dos personagens também fez total diferença. Afinal, praticamente o filme inteiro é computação gráfica. Então seria primordial dar vida e alma a esses personagens. E isso se reflete desde a maneira que falam ou até mesmo no modo de olhar, que são impactantes.

Tudo no mundo de Pandora é lindo. O filme não tem medo de mostrar sua magnitude e revelar que apenas um ponto foi explorado, abrindo margens para continuações que já estão marcadas por vir.

O ato final é uma batalha incrível que utiliza todos os elementos que fazem deste mundo incrível. A trilha sonora, então, acontece em sintonia com o filme. Uma mistura de coral com tambores e música clássica que envolve o espectador, tanto nas horas mais eloquentes de ação quanto em um canto uníssono em volta de um item religioso que possui várias interpretações e significados.

Sem sombra de dúvida, Avatar consegue ser um filme cheio de signos e significado, e ao mesmo tempo ser um filme extremamente simples e divertido. Talvez por isso tenha tido o sucesso que teve e ainda tem. E agora, voltando às telas, pode retornar ao topo e com uma margem muito grande para que sua continuação tome este lugar. É diversão garantida para toda a família.

Onde assistir ao filme Avatar (2009)?

A saber, Avatar retornou aos cinemas nesta quinta-feira (22).

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Trailer do filme Avatar (2009)

Avatar (2009): elenco do filme

Sam Worthington

Zoe Saldana

Sigourney Weaver

Ficha Técnica do filme Avatar (2009)

Título original do filme: Avatar

Direção: James Cameron

Roteiro: James Cameron

Duração: 162 minutos

País: Estados Unidos

Gênero: aventura, ficção científica, fantasia

Ano: 2009

Classificação: a definir

Agenor Florentino

4

Créditos Galáticos: 4

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