Bruna Viola cantora sertanejo raiz

Foto: Reprodução

Bruna Viola e o futuro do sertanejo raiz

Wilson Spiler

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24 de junho de 2022

Com 18 anos de carreira e reconhecida como uma representante jovem do sertanejo raiz, a cantora Bruna Viola, atualmente, está trabalhando a canção “Bença”, que retrata a história de quem deixa a casa dos pais e a vida simples na roça em busca de novos sonhos, mas sempre carrega no coração a saudade do abraço, da comida especial, da família reunida e o desejo de renovar a Bença.

Com 18 anos de carreira, a exímia violeira, excelente performer e carismática, Bruna Viola conquistou espaços levando a música sertaneja para os palcos em todo o Brasil e valorizando a vida caipira. Além dos shows, os fãs podem esperar por muitas novidades neste ano, inclusive no cinema.

Aproveitando os lançamentos e as novidades na carreira, Bruna Viola conversou com o ULTRAVERSO sobre o que vem por aí, em um bate-papo descontraído e revelador! Confira!

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ULTRAVERSO: ‘Bença’ retrata a história de quem deixa a vida simples no campo em busca de novos sonhos. Foi assim o seu início de carreira? Conte-nos um pouco sobre seus primeiros passos.

Bruna Viola: A paixão pela viola caipira começou com a influência da minha família. O meu bisavô Publio Villas Bôas (com parentesco com os irmãos Villas Boas, célebres sertanistas e indianistas) tinha o costume de receber em sua fazenda o violeiro Tião Carreiro. O meu avô Benedito Villas Bôas relembrava sempre o dia em que participou de uma roda de violeiros com a presença de Inezita Barroso. Com 11 anos eu ganhei a primeira viola e logo estava participando de encontros de violeiros para tocar modas tradicionais do sertanejo de raiz. Sempre tive a “bença” da minha família, a minha mãe foi a minha empresária até 2021, mais ou menos.

Você ganhou sua primeira viola aos 10 anos e logo já participava de encontro de violeiros. Foi amor à primeira vista?

Bruna Viola: Como comentei, acho que a viola está no sangue. É um amor de gerações na minha família. Desde pequena eu me encantei pelo instrumento. Não sei se foi um amor à primeira vista, acho que foi um “amor arranjado”, daqueles que seus amigos já te apresentam sabendo que tem tudo para dar certo.

Seu estilo foge do sertanejo universitário, lembrado mais o ‘raiz’, com uso de viola (levando até o nome do instrumento) e valorizando a ‘vida caipira’. Ainda há espaço para esse ritmo no país?

Bruna Viola: Com certeza! Eu sou a prova disso, muitas pessoas me consideram a representante desta nova geração de sertanejo raiz e eu fico muito honrada. Por onde passo os shows estão lotados, com pessoas de diferentes gerações. Estamos chegando cada vez mais longe, em lugares que outros ritmos predominam, como o Rio de Janeiro, que, de modo geral, é muito forte com o funk, Bahia, que é reconhecido pelo axé, estilos muito diferentes. Recebo crianças que são apaixonadas por viola, por sertanejo raiz.

Ouvindo a sua voz, logo me lembrei de Roberta Miranda. Ela é uma de suas principais referências? Quais são os artistas que mais influenciam nas suas composições?

Bruna Viola: Eu não componho, só canto mesmo. Sou muito fã da Roberta, ela, com certeza, é uma referência não apenas para mim, mas para todas as mulheres que cantam sertanejo. Trilhou este caminho muito antes de nós! Além dela me inspiro muito na Inezita Barroso, por quem tenho um carinho muito grande e que viu potencial em mim quando ainda era uma criança, o Tião Carreiro e Ronaldo Viola também são referências muito importantes no meu trabalho.

Em breve veremos a Bruna Viola estreando também nos cinemas no filme ‘Sistema Bruto’. Você já tinha experiência como atriz? Como foi atuar fora do campo que você domina?

Bruna Viola: Foi um convite muito especial! O Gui Pereira, diretor e roteirista do filme, criou a personagem e muitos trechos da história pensando em mim como protagonista. Foi desafiador, um frio na barriga pela novidade, mas também foi muito divertido. Me senti à vontade e o filme já tem muito do meu universo, muita música, vida no campo, tudo o que eu gosto.

O filme é uma comédia de ação que promete despertar o lado aventureiro dos brasileiros. O diretor Gui Pereira disse que o roteiro foi escrito pensando em você. Fale um pouquinho do longa-metragem pra gente!

O Sistema Bruto é uma comédia de ação que eu faço a protagonista, que também se chama Bruna, e atuo muito com a Rosa, que é interpretada pela Bruna Altieri. Nós somos duas amigas que gostamos muito de festas, bares e também somos apaixonadas por velocidade. Fomos desafiadas por amigos para uma competição de caminhonetes e aí é pura adrenalina. Todo mundo que assistir vai se divertir! Tem muitos artistas sertanejo cantando, interpretando, está muito bom! O filme será lançado neste segundo semestre.

‘Mulher do Agro’ tem como tema central a força da mulher do campo e de todos os cantos. Com diz a canção, ‘lugar de mulher é aonde ela quiser’. Você se considera uma feminista? Se sim, pretende levantar sempre essa bandeira na sua carreira?

Bruna Viola: Não é questão de levantar bandeiras, eu acredito que tem espaço para todo mundo. No agro é mais difícil encontrar mulheres atuando, mas elas estão lá e são muito competentes. Essa música é pra valorizar todas elas.

No álbum ‘Sem Fronteiras’ você gravou uma música com César Menotti e Fabiano. Como foi essa experiência e com quem você mais sonha em fazer parceria?

Bruna Viola: Nós gravamos juntos a música “Se você voltar”, foi uma experiência incrível. Eles são excelentes, sou muito fã do trabalho deles. É sempre bom quando podemos nos aproximar profissionalmente de outros artistas, porque temos muito a aprender e a ensinar juntos. Ainda quero muito gravar com o Daniel, gosto muito do trabalho dele, sou fã!

Você já lançou três álbuns, sendo que dois deles são ‘ao vivo’ e um de estúdio no já longínquo ano de 2015. Podemos esperar algum EP ou disco novo por aí?

Bruna Viola: Rapaz, esse ano voltamos com tudo, a agenda de shows está bombando, graças à Deus. Acabei de lançar a música “Bença”, o Sistema Bruto sai em breve, o que não falta nesse ano é novidade. Estamos preparando surpresas, sim!

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Além disso, claro, o (a) cantor(a) ou a banda precisa ter algo gravado com uma qualidade razoável. Afinal, só assim conseguiremos divulgar o seu trabalho. Enfim, sem mais delongas, entre em contato pelo e-mail guilherme@ultraverso.com.br! Aquele abraço!

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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