Crítica de Filme | Marco Polo – Cem Olhos

Leandro Stenlånd

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15 de janeiro de 2016

Como todos sabem, o Brasil foi o primeiro país a ter a exibição da série Marco Polo, da Netflix.

Marco Polo foi o primeiro drama épico com produção própria do canal da internet. O seriado tem sido chamado pela crítica como o “Game of thrones do Netflix” e, também pudera, com tamanho investimento em efeitos especiais, figurinos e cenários. “Amo Game of thrones e acho que é uma das melhores séries atualmente. Só acho que é como comparar Django e O último samurai. O que acho interessante em Marco Polo é que uma história real, com personagens e lugares verdadeiros”, defende o protagonista Lorenzo Richelmy.

Se você não assistiu à série, tem que por em mente que, Marco Polo: Hundred Eyes, é especial que conta a história de como o personagem Cem Olhos começou a servir o imperador Kublai Khan, ou seja, não tem a menor lógica assistir a este filme sem sequer ter visto à série. A produção é meio que um “pedido de desculpas” porque a produção da segunda temporada da série atrasou. No filme, também mostra como os Cem Olhos ficou cego e por que o nome dele é este. As atrações da Netflix costumam estrear sempre na mesma época todos os anos, mas Marco Polo, que devia ter chegado em dezembro, não tem sequer data para ser lançada (provavelmente em Março de 2016).

Há muito aspectos elogiáveis nesse filme que mais parece um curta (duração de 30 minutos), onde transcrever toda a história do lendário Cem Olhos é algo que pode ser complicado. O estímulo em escrever sobre esse filme dá-se menos pelas suas indiscutíveis qualidades de técnica cinematográfica que pelas ricas possibilidades de interpretação da sua narrativa. Existe sim, aquela sábia diferença entre a série e este especial de natal, com elementos simples. Esses elementos, uma vez reunidos, compõem a estrutura básica de um roteiro perspicaz, apesar de curto, que parte de um caso onde ficar cego seja a saída para enxergar mais do que os demais; um sexto sentido. Sentido este que vai muito além do senso de justiça, do desejo de colocar atrás das grades o criminoso violento que ceifou a vida de muitos, ao menos é o que o neto de Gengis Khan diz.

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A forma como o monge perde sua visão é digna, já que o personagem não teme sequer a morte e desafiou Khan. Outro ponto importante é o discurso de Khan sobre um pássaro raro de cor preto e branco, discursos poéticos como o que ele proferiu lembram as diversas cenas que o mesmo disse na primeira temporada.

Os elementos vão surgindo aos poucos, o que é uma velocidade constante e abalável, afinal, trata-se de um filme curto, então tudo que parece surgir lentamente, na verdade está rápido até demais. É um telefilme de pouco senso de coerência, pois ainda que, mostre a origem do personagem, ainda crê-se que não foi exemplarmente explicada.

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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