Crítica de Série | Humans (Episódio Piloto)
Vinicius Castro
|24 de junho de 2015
Na “vibe” ficção científica venho apresentar a vocês a série de Sci-fi HUMANS que lida com aquele velho pensamento sobre o futuro da humanidade. Será que em breve estaremos cercados de robôs tendo uma vida como a nossa? Isso presentaria um perigo? Como a sociedade lidaria com essa convivência e interação com a tecnologia?
Na trama, Humans se passa num presente paralelo em que o gadget mais cobiçado do momento é um Synth – um servo robótico altamente desenvolvido estranhamente similar ao seu homólogo humano. Na esperança de transformar a maneira como vive, uma família suburbana compra um Synth remodelado e descobre que compartilhar a vida com uma máquina tem consequências arrepiantes e de grande extensão.
A série é um Remake de Real humans/Äkta Människor criada por Lars Lundström na Suécia, foi adaptada por Sam Vincent e Jonathan Brackey por encomenda do Channel 4 da Inglaterra, em parceria com AMC, dos EUA. Humans chegou com uma história renovada e um design mais atual, diferente de seu roteiro original esse prende mais a atenção na tela, tem uma trilha sonora melhor, os personagens são construídos de forma melhor e de uma maneira mais realista do que o original sueco.
A História começa em um período em que os robôs, os Synth, já estão inseridos no convívio com os seres humanos, prestando serviços domésticos, cuidando de idosos, crianças e realizando trabalhos que poderiam gerar riscos, tudo sustentado pela premissa de que as pessoas estavam sendo tratadas como maquinas, deixando de lado suas vidas e qualidades humanas, e agora, com o trabalho dos robôs isso poderia ser resgatado pois ao invés de gastar tempo com trabalhos domésticos, compras no supermercado, aparar a grama etc. As pessoas teriam mais tempo com a família, passeios, viagens, realmente curtir a vida. Os Robôs iriam melhorar a qualidade de vida e ajuda-las a aproveitar o que realmente importa. Esse é o lema de toda a iniciativa Sinth. Porém nem todos concordam com isso, e então surgem grupos preocupados com essa interação tecnológica manifestando-se contra sua fabricação tentando mostrar para as pessoas os riscos que essa nova realidade pode causar e o quanto essa qualidade de vida esta sendo superestimada.
O remake apresenta a vida de diferentes personagens que se cruzam ao longo da história. Entre eles, George Millican (William Hurt, de Damages), um viúvo que mantém uma relação de pai e filho com o Synth Odi, um modelo que apresenta problemas por ser antiquado; Laura (Katherine Parkinson, de The IT Crowd e The Honourable Woman) uma advogada, que aparentemente não tem tempo suficiente para conciliar a família e o trabalho, casada com Joe (Tom Goodman-Hill, de Mrs. Selfridge), com quem tem três filhos. Na tentativa de ajudá-la, Joe adquire Anita (Gemma Chan), um Synth servil que vez ou outra demonstra ações humanas.
Os Synth foram feitos para servir e obedecer, sem consciência, sem pensamento, sem sentimentos, mas alguns demonstram ser diferentes, provocando a curiosidade, e preocupação de seus criadores, despertando questionamentos por onde passam: como saberemos até que ponto são só maquinas e podemos dominá-los? E se alguns deles possuem emoções isso pode representar perigo? Dúvidas que serão abordadas ao longo da temporada.
E você, como se sentiria se habitasse em um mundo onde os humanoides são parte do convívio social? Será isso coisa apenas de filme de ficção?
Ótima Serie!