Crítica de Série | Agente Carter (1ª Temporada)

Leandro Stenlånd

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1 de março de 2015

Não adianta olhar para o futuro (Marvel Agents of Shield), o melhor pode estar ocorrendo no passado. Após a fatídica primeira temporada de Marvel Agents of Shield, era menos promissor quaisquer seriados provindos do mesmo estúdio. Mas ai, você encontra um possível acerto como Agente Carter e claro, torcendo muito para que as séries que virão da Netflix possam realmente decolar.

A Marvel num todo tem seu poderio no cinema, enquanto definha na TV. Sorte que o passado pode salvar o presente e até mesmo consertar o que pode estar por vir. Interessante como todos aguardavam esta série, não necessariamente por ela em si, mas por que havia algo que viria antes da mesma: o trailer do Homem-Formiga! Com a chegada do trailer, foi possível ver o próximo lançamento da Marvel Studios no cinema, com toda sua pompa e circunstância.

Após o famigerado trailer, chegou a vez da belíssima atriz Hayley Atwell incorporar ninguém menos que Agente Carter. Sua primeira aparição em “Capitão América: O Primeiro Vingador” mostrou que, nem sempre, uma heroína é feita de capa, escudo no peito, força e voo. Agente Carter conta a história Peggy Carter (Hayley Atwell). A série se passa em 1946, e Peggy se encontra marginalizada quando os homens retornam ao lar após a Guerra. Trabalhando para a SSR (Reserva Científica Estratégica, em inglês), Peggy precisa balancear o trabalho administrativo e missões secretas para Howard Stark (Pai de Tony Stark), ao mesmo tempo em que leva uma vida solteira após perder o seu amor, Steve Rogers.

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A série iniciou após o incidente com o Capitão América. Anos antes do agente Coulson e da equipe da S.H.I.E.L.D. prometerem proteger aqueles que não podem proteger a si mesmos de ameaças do mundo, havia a agente Peggy Carter, que fez o mesmo juramento, mas em uma época quando as mulheres não eram reconhecidas como tão inteligentes ou fortes quanto os homens. Se for pega fazendo essas missões secretas para Stark, Peggy poderia ser considerada uma traidora e passar o resto de seus dias na prisão, ou pior. Enquanto mergulha mais fundo em suas investigações, ela pode descobrir que as pessoas para quem trabalha não são quem parecem ser — e pode ainda questionar se Stark é tão inocente quanto diz. O ângulo descrito pela famosa premissa, faz com que cada tom vivido por Peggy se torne mais e mais amplo, desta forma, todos os flashbacks revendo ninguém menos que Steve Rogers, passe a ser uma lembrança impar em cada segundo da série.

Não somente Howard Stark tornou-se um anfitrião da série ao lado de Peggy, mas também a aparição de Anton Vanko, do pai de Ivan Vanko (Chicote Negro – Whiplash) que apareceu no longa Homem de Ferro 2. Possivelmente veremos ele não ser reconhecido e/ou maltratado pela industria Stark, para ter alguma lógica da ira irreversível , afinal Ivan Vanko é o outro lado da moeda de Stark. Seu pai trabalhou com o pai dele para desenvolver a tecnologia que um dia daria vida ao Homem de Ferro, mas enquanto Tony se transformou em um personalidade famosa, Ivan seguiu por outro caminho e acabou preso.

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Com o uniforme diferente de todas as mulheres da época, um batom totalmente vermelho, Hayley chama a atenção em todos os aspectos, de lembrar o charme da época como aconteceu em Drácula (com Jonathan Rhys Myers). Também como se não bastasse a formosura da atriz, também temos a presença de Lyndsy Fonseca (Nikita), o que faz a série ter um tom mais feminino do que o proposto.

O paradigma para a série seria a questão de ”Vamos ver como eles vão reagir, mas estou dentro se quiserem fazer um filme dela”, mas duvido muito, afinal, não teria como ter uma saída lógica para uma mulher que já apareceu em seus momentos finais em um dos filmes da Marvel.

Com apenas oito episódios, o seriado mistura um bocado de tudo. Ação, sensualidade, os mitos contidos na era de Hitler e sem querer querendo, nossa Geraldine Doyle, ganhou um nome diferente nesta série. Agente Carter é uma maravilhosa adição para as ótimas personagens femininas que estão dominando a televisão, independente do furor de sua sensualidade, ou da força e destreza da atriz. Ao longo dos oito episódios da primeira temporada, a personagem segue em uma jornada para superar a perda do seu grande amor não vivido e afirmar sua importância longe da sombra do herói.

Um outro ponto excelente é a famosa relação entre Peggy e Jarvis. Basicamente é o ponto alto da série. Atwell e D’Arcy se apoderam de diálogos rápidos e bem-humorados com uma pompa inglesa devidamente controlada para o público americano. O seriado traz sim uma nova e necessária visão feminina ao universo cinematográfico da Marvel, a criação da série fez bem ao aprimorar a série com um tema mais focado. A talentosa equipe de escritores e roteiristas traz personagens fortes, que são muito bem interpretados pelos atores, além de divertidas, e até memoráveis, cenas de ação.

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O tom fúnebre do último episódio calcando uma âncora para a próxima temporada (somente daqui um ano), fará com que os mais céticos sobre a Marvel nas telinhas, possam ficar mais que ansiosos pelo próximo ano. Agente Carter é o inicio de uma real e bela jornada do Mundo Marvel na Televisão.

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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