NIGHTFLYERS -- Season:1 -- Pictured: (l-r) Eoin Macken as Karl D'Branin, Angus Sampson as Rowan, Jodie Turner-Smith as Melantha, Brian F. O'Byrne as Auggie, Maya Eshet as Lommie -- (Photo by: Jonathan Hession/Syfy)
CRÍTICA | ‘Nightflyers’ (1ª Temporada)
Marko Costa
|4 de março de 2019
A Netflix chegou bombando em 2019. Diversos gêneros de séries, filmes e documentários foram inseridos no serviço de streaming durante estes primeiros dois meses do ano em seu catálogo original. Mas a pergunta é: “Será que o excesso de conteúdo pesa mais do que a qualidade de cada um deles para agradar ao público?”. O motivo desta pergunta é devido ao mais novo lançamento da plataforma em parceria com o canal SyFy, Nightflyers.
A série adaptada do livro homônimo escrito pelo grande autor George R.R. Martin (Game Of Thrones) se passa no ano de 2093 onde estão acontecendo alguns problemas climáticos na terra, e um grupo de cientistas espaciais são enviados para uma pesquisa à explorar a existência de vida alienígena, acreditando que a única forma de solucionar os possíveis problemas na terra será ao conectar-se com o mundo extraterrestre, os Valkrins, como são chamados na série.
https://www.youtube.com/watch?v=pTvhai4EM9Q
Eoin Macken (Karl D’brain) é o protagonista do seriado e o cientista responsável por liderar a missão, e o mais convicto que há vida alienígena no universo. Além de lidar com o trabalho afinco em suas pesquisas, Karl precisa encarar a saudade da esposa e superar a morte da filha, que em toda a série isso é mantido em suspense.
A trama da tripulação composta pela equipe de cientistas Dra. Agatha (Gretchen Mol); Roy (David Ajala); Lommie (Maya Eshet); Rowan (Angus Sampson); Melantha (Jodie Turner-Smith) e Auggie (Brían O’Byrne) inicia quando alguns acontecimentos paranormais começam a acontecer dentro da nave e o objetivo na busca do desconhecido torna-se paralelo ao descobrimento dos fenômenos incomuns que acontecem dentro da Nightflyers.
Nightflyers / Netflix / Divulgação
A narrativa da série – que não se enquadra em apenas um gênero – gira em torno dessa incerteza que consegue prender o telespectador até a metade da série, quando é desvendado o motivo pelo qual toda essa anomalia artificial perturba a tripulação: a Nigthflyers possui uma inteligência artificial e comanda todos os controles da nave perturbando e assombrando a equipe.
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Dessa perceptiva envolvente na série, toda descrição corresponde ao que foi apresentado durante os três primeiros episódios. A apresentação da história, a vida pessoal dos personagens, a fixação pelo descobrimento… No entanto, o desandar na trama passa a acontecer precisamente no roteiro da série, pois o cenário construído em cima das falas dentro desse universo, torna-se confuso e incoerente, visto que o suspense predomina desde o primeiro episódio. Por outro lado, quando a série começa a encaminhar para o terror, o contexto fica cômico e caótico.
As interpretações dos personagens convencem ao nos atrair para dentro da história em razão de, a todo momento, eles não terem tranquilidade dentro da nave devido às perturbações causadas pela anormalidade. O implacável esforço da equipe dentro da Nightflyers é frenético e incansável, porém, o diálogo entre os personagens são confusos a ponto de precisarmos voltar algumas cenas para entender a história que, em alguns momentos, omite fatos ou fica nas entrelinhas.
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Nightflyers / Netflix / Divulgação
Com tudo cooperando para ser uma tremenda bagunça, o cenário gráfico da série é um ponto positivo. Não foram poupados investimentos para este universo espacial onde se passa toda a história em um ambiente futurístico e com tecnologias avançadas.
A série é classificada como suspense, mas tem leves momentos de tentativas de terror. Não é de todo ruim, mas faltou mais do que agradou. A adaptação de Nightflyers promete uma sequência assim como o livro, mas, até o momento, não houve nenhuma confirmação de sua continuação.
::: TRAILER
Título original: Nightflyers
Temporada: 1
Direção: Jeff Buhler
Criação: George R. R. Martin
Elenco: Gretchen Mol, Eoin Macken, David Ajala, Sam Strike, Maya Eshet, Angus Sampson, Jodie Turner-Smith, Brían F. O’Byrne
Gênero: Ficção científica, Drama
País: Estados Unidos
Ano: 2018
Classificação: –
Marko Costa
