Saiba mais sobre o show do Draconian no Brasil - Ultraverso

Foi um momento único para todos presentes no Fabrique Club. Foto: Leandro Stenland / Ultraverso

‘Draconian’ faz apresentação memorável com direito a coraçãozinho de Lisa Johansson

Leandro Stenlånd

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28 de agosto de 2023

Desde que o mundo é mundo, a música é algo que conecta as pessoas. Seja nichada ou não, uma banda sempre terá seus fãs e independe de onde seja. No entanto, lidar com a frenesi dos público brasileiro é algo além do esperado. Esperada sua vinda pela primeira vez no Brasil desde sua iniciação em 1994, ainda com nome de Kerberos, o Draconian, enfim chegou à terra tupiniquim.

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Não é uma tarefa fácil trazer uma banda Sueca, com público bem nichado a um custo no mínimo plausível. Não havia nada que parasse a casa de superlotar; nem mesmo os ‘módicos’ R$ 400,00 do primeiro lote. Ter o Fabrique Club entupido de gente foi fácil e a banda ajudou nessa missão. Aliás, não eram apenas pessoas, haviam os ensandecidos ou melhor dizendo, fanáticos que gritando a todo momento “LISAAAAA”, referiam-se à vocalista feminina Lisa Johansson que deixou o grupo em um momento de sua vida, mas retornou e, com louvor. Não que Heike Langhans fosse uma má escolha, pelo contrário. No entanto, é o que todos queriam ver: A Loira aqui no Brasil cantando os sucessos do grupo.

Fanatismo ou não, Draconian foi recebido com casa cheia beirando 1000 pessoas. Os ingressos esgotaram e tiveram que abrir uma segunda data no La Iglesia, em Pinheiros no dia 27 de Agosto.

Uma nova era

A apresentação deu-se início com a faixa The Sacrificial Flame e dando sequência à apresentação com Lustrous Heart e, nem há o que dizer sobre como os fãs ficaram. Atordoados e ao mesmo tempo gritavam sem parar, mas não pela música em si, mas por não crerem que viviam a realização de um sonho ao vivo e a cores há muito esperado.

Adiante deste inimaginável acontecimento, algo que comoveu também os ‘ainda descrentes’ era a possibilidade de verem, com uma certa frequência além do crível, Lisa Johansson fazendo coraçãozinho para a galera. Consideremos que, apesar de seres humanos, o povo nórdico não demonstra muito seu afeto para com sua legião. Não é comum e parecia ser único. Contabilizamos pelo menos umas seis vezes em que a vocalista gesticulava coração com suas tenras e suecas mãozinhas.

“The world is dreaming, (and) Your god is a demon, And mine is a mountain of souls’ screaming”. Foto: Leandro Stenland / Ultraverso

Anders Jacobsson mostrou ao público porque ainda é o fundador do grupo e front-man. Seguindo seu setlist com a faixa The Sethian, a proposta era mais intensa: um Death Doom melódico. O domínio de palco de Jacobsson é soberbo e soube envolver a legião que cantava em uníssono, os trechos da sonante. E Lisa obviamente não ficou atrás quando cantou a última estrofe da música: “The world is dreaming, (and) Your god is a demon, And mine is a mountain of souls’ screaming”.

Parecia platônico e inverossímil, mas era real

Seguia-se então a apresentação com “Sleepwalkers” e “Stellar Tombs”. Mas foi quando a sexta música viria a tona, intitulada “Sorrow of Sophia” que, o grupo enfrentou um problema técnico que perdurou-se por quase 7 minutos. Problema este que aparentava ser referente ao Sampler. Eletrônico este onde havia os backings e teclados do grupo de modo gravado. Enquanto isso, um dos guitarristas interagia com os admiradores.

Após o problema ser sanado, a tão aguardada Sorrow of Sophia levava mais soturnidade ao Fabrique Club. Elysian Night, do álbum A Rose for the Apocalipse, deu sequência à apresentação. Passando por  Seasons Apart, Draconian acabou desenterrando clássicos que há muito sequer tocavam ao vivo e isso incluiu títulos do primeiro disco, Where Lovers Mourn, lançado em 2003. The Cry of Silence inaugurou a sequência. Scenary of Loss do segundo disco intitulado Arcane Rain Fell também apareceu. Adiante vieram Dishearten, do sexto disco, The Morning Star do terceiro, Pale Tortured Blue, The Amaranth (1º Disco) e Daylight Misery.

encerramento extraordinário. Foto: Leandro Stenland / Ultraverso

Mas quando chegou a canção que dava fim à apresentação do grupo, houve então um abalo sísmico na casa: Death, Come Near Me, maior faixa do grupo, com estimados 15 minutos de duração encerrou a apresentação. Haviam anos que Draconian não tocava ela ao vivo. O próprio vocalista deu a entender que o que estava por vir era algo, naquele momento, verossímil e que há muito sequer via-se tocando em seus inúmeros concertos. Afinal, era a primeira vez que vinham ao Brasil. Então não haveria como negar ao público esse encerramento extraordinário.

Apresentação momorável

Foi um momento único para todos que estavam presentes no Fabrique Club. O show teve duração de aproximadamente duas horas e meia e a casa estava lotada. Assim, certamente, em algum momento, Draconian retornará ao Brasil após calorosa boas-vindas. Não há duvidas disso. A banda fez uma apresentação memorável, com alguns erros técnicos tanto dos guitarristas quanto da própria cantora, mas nada que macule sua primeira vinda à América do Sul.

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Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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